6/10/2016
Sumário: Breve análise dos locais para a realização da FCT.
Apresentação dos critérios de seleção dos locais de estágio de acordo com o artigo 217 do regulamento interno da Esalv.
Controlo do processo da esterilização: testes físicos, químicos e biológicos.
Condições de armazenamento na CME e nos serviços: prazo de validade de esterilização.
A professora começou esta aula por fazer uma pequena análise dos locais onde iremos realizar a FCT.
Lemos e respondemos, em grupos, ás questões das fichas que se encontram publicadas a seguir.
O sumário foi cumprido.
Lemos e respondemos, em grupos, ás questões das fichas que se encontram publicadas a seguir.
O sumário foi cumprido.
Escola
Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º
ano
Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas-57 Tempos Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira
|
CONTROLO DA ESTERILIZAÇÃO
Um programa de controlo de esterilização, incluindo
métodos físicos, químicos e biológicos deve ser utilizado para demonstrar a
eficiência do processo. Todos os itens esterilizados devem conter o nome do
material, identificação do esterilizador usado, o número da carga, a data de
validade da esterilização, horário da esterilização, nome do responsável pelo
empacotamento. Devem ser registrados todos os testes realizados. A supervisão
de todas as cargas por um responsável é uma prática obrigatória para que os
materiais sejam libertados com maior segurança.
TETESTES FÍSICOS
Testes de desempenho do equipamento envolvem a observação
dos parâmetros apresentados pelo mesmo durante o processo de esterilização.
Recomenda-se a leitura da temperatura e pressão regularmente durante a fase de
esterilização propriamente dita em autoclaves. Manómetros e registradores do
equipamento devem ser validados periodicamente.
TETESTES
QUÍMICOS
Constam de tiras de papel impregnadas com tinta termo
crómica que mudam de cor quando expostas à temperatura por tempo suficiente.
Podem ser classificados como indicadores específicos de temperatura ou
indicadores de múltiplos parâmetros do processo (tempo, temperatura e vapor),
os últimos denominados de integradores. Estes indicadores não devem ser
utilizados como critério único de eficiência de esterilização. A sua utilização
rotineira fornece leitura imediata de falhas no equipamento com relação à
penetração do vapor ou concentração do óxido de etileno. Existem diferentes
tipos de indicadores internos, de acordo com o processo de esterilização. Devem
ser utilizados dentro dos pacotes, em locais de difícil acesso à penetração do
vapor ou dificuldade de remoção do ar em autoclaves. Os indicadores externos
são fitas autoadesivas utilizadas unicamente para diferenciar os pacotes
processados dos não processados.
TETESTE DE BOWIE
AND DICK
É um teste utilizado para determinar a
eficácia do sistema de vácuo na autoclave pré-vácuo. Este teste deve ser
realizado a cada dia em que a autoclave será usada, antes da primeira carga
processada. Em pacotes preparados pelo hospital podem ser utilizados campos
recentemente lavados e dobrados, um em cima do outro, de modo a formar uma
pilha de 25-28cm de altura. Várias fitas com indicador químico são aderidas em
papel não encerado em forma de cruz ou diagonais e o papel inserido dentro do
pacote de campos, o qual deverá ser colocado no centro da câmara interna, acima
do dreno, com a autoclave vazia. O ciclo recomendado é de 3,5 – 4 minutos a
134°C, podendo ser omissa a secagem. Após o processo, este papel é examinado a
fim de verificar se há homogeneidade na revelação das fitas químicas. Se
apresentar área não revelada indica que há formação de bolsões de ar e que o
equipamento deve ser revisto.
TETESTES
BIOLÓGICOS
Um indicador biológico é uma preparação
padronizada de esporos bacterianos contendo em torno de 106 esporos
por unidade de papel de filtro. O uso de indicadores biológicos é o único meio
de assegurar que o conjunto de todas as condições de esterilização está
adequado, porque os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu
crescimento ou não após a aplicação do processo. Comumente encontram-se
indicadores biológicos preparados para comercialização, porém também podem ser
preparados no laboratório hospitalar, desde que esteja licenciado para isto. As
preparações comerciais devem indicar o número de esporos por veículo, número do
lote, data de expiração, condições de armazenamento, valores D e Z
característicos e as condições da determinação de resistência térmica,
indicações de uso, incluindo o meio de subcultura e condições de incubação.
Para o calor húmido e OE existem preparações que podem ser incubadas na própria
central de esterilização. Após a esterilização o indicador biológico processado
será incubado juntamente com um indicador controlo que não tenha sido
esterilizado. Deve-se aguardar o tempo necessário para o crescimento da cepa.
Normalmente o crescimento ocorre em torno de 24 horas, mesmo assim deve-se
aguardar até 07 dias (indicadores de primeira geração) de incubação para
conhecer o resultado final. Tempos menores (indicadores de segunda geração) são
recomendados por alguns fabricantes (48horas) e podem ser usados se o processo
for devidamente padronizado. Já existe no mercado um indicador biológico de
terceira geração com leitura rápida (de 1 a 3 horas), o qual foi considerado
adequado para uso quando comparado com indicadores biológicos tradicionais e
indicadores químicos. As etapas da realização dos testes biológicos devem
seguir as orientações do fabricante.
A frequência mínima indicada de uso dos indicadores
biológicos é semanal. A AORN orienta a realização diária dos testes biológicos
para autoclaves. Existem recomendações de uso em todas as cargas com próteses
(AORN, 1997) e que estas não sejam utilizadas até o resultado final da
incubação. No caso de óxido de etileno o teste deve ser feito a cada carga
(AORN, 1997).
Atenção! Na situação de falha de algum método de controlo
da esterilização recolher toda s as cargas relacionadas aos teste químico ou
biológico e solicitar manutenção do aparelho.
COCONDIÇÕES DE
ARMAZENAMENTO
O material estéril deve ser armazenado separadamente dos
materiais não estéreis, a fim de reduzir o nível de contaminantes externos. A
distância entre os pacotes deve ser aproximadamente superior a 30cm do piso e
inferior a 50cm do teto. É desejável que sejam armazenados em ambientes com
humidade relativa (30 a 60%) e temperatura (25°C) controladas de modo a não
favorecer o crescimento microbiano. O local de armazenamento não deve exceder a
75% de humidade relativa, porém a baixa humidade é também indesejável porque
pode produzir danos nos tecidos por resseca. Prateleiras com portas mantêm por mais tempo a esterilidade do artigo, mas se isto não
for viável, é importante restringir o acesso e movimentação na sala de
armazenamento
PRAZO DE
VALIDADE DA ESTERILIZAÇÃO
O prazo de validade da esterilização é independe do
processo ao qual o artigo foi submetido. Diversos autores divergem quanto aos
prazos de validade da esterilização. Alguns autores consideram que o prazo de
validade deve ser estabelecido por cada serviço de acordo com o tipo de
invólucro, condições de armazenamento (prateleira aberta ou fechada, limpeza,
temperatura e humidade), número e condições de manipulações dos pacotes antes
do uso, uso de cobertores para poeiras e método de selagem das embalagens. No
nosso serviço estabelecemos que o prazo de validade para materiais embalados
com tecido de algodão é de 30 dias, papel Kraft 14 dias e para os outros
invólucros de 6 meses. O prazo de validade para os outros invólucros não está
determinado na literatura e o fabricante deve ser consultado. Estes prazos
podem ser alterados de acordo com uma melhor definição da literatura. A
permanência do material esterilizado nos setores deve ser a menor possível.
TRTRANSPORTE DE
MATERIAL
Materiais contaminados devem ser transportados em
veículos limpos, os quais devem sofrer desinfecção c/ álcool a 70% no final do
dia. Devem ser protegidos com técnica de duplo empacotamento ou ser
transportado dentro de recipientes rígidos com tampa. Os materiais
esterilizados devem ser distribuídos de maneira a não contaminá-los.
Observações:
Esterilização de instrumentos cirúrgicos
- Processar os
instrumentos cirúrgicos de acordo com as normas em vigor (considerar a
classificação de Spaulding para o processamento do material, as suas
características e as instruções do fabricante).
- A metodologia de limpeza dos materiais de
microcirurgia, deve ser complementada com a utilização de tinas de ultrassons.
- Não utilizar por
rotina a esterilização “flash” (esterilização rápida em esterilizador de
bancada, para material não embalado), apenas por conveniência como alternativa
para a compra de mais um conjunto de instrumentos ou para poupar tempo. Este
sistema de esterilização só é aceitável apenas para os artigos que vão ter
utilização imediata e não é válido para material com espaços ocos. O material
esterilizado por este sistema deve ser manuseado pelo elemento da equipa
instrumentista. A utilização indevida deste sistema não cumpre as diretivas da
CEE para a área da Esterilização.
Vestuário e Campos Cirúrgicos
- Utilizar máscara
que cubra totalmente a boca e o nariz nas áreas restritas, se entrar na sala
durante uma intervenção ou durante a preparação das mesas ou em qualquer altura
em que os instrumentos estão expostos. Manter a máscara colocada durante toda a
intervenção.
- Utilizar barrete
que cubra totalmente todo o cabelo e cobertura para a barba em todas as áreas
restritas e não restritas.
- Não utilizar
cobertura nos sapatos com o objetivo de prevenir as infeções (o Bloco deve ter
calçado próprio que deve ser sujeito a lavagem/desinfecção térmica diária em
máquina
- A utilização de luvas deve ser feita de
acordo com o protocolado. Utilizar luvas estéreis se integrar a equipa
cirúrgica. Calçar as luvas depois de vestir a bata.
- Utilizar batas e
campos que sejam barreiras eficazes quando molhadas
- Utilizar
materiais que constituam uma boa barreira bacteriana.
- Respeitar a técnica asséptica na colocação
de campos. Não reposicionar os campos
- Substituir os
fatos quando molhados, contaminados por sangue ou outras matérias
potencialmente infeciosas –
Depois de ler e analisar o texto responda às
seguintes questões:
1- Indique
os métodos utilizados para controlo de cada carga de esterilização.
R:
2- Distinga
entre teste físicos, testes químicos e biológicos.
R:
3-
Indique para que é utilizado o teste de TESTE DE BOWIE AND DICK.
R:
4-
Indique quatro regras importantes para um bom
armazenamento dos materiais esterilizados.
R:
5-
Indique o fator que mais influencia a data de
validade dos materiais esterilizados.
R:
6-
Explique por que razão o material esterilizado
deve permanecer o mínimo tempo possível nos setores de utilização.
R:
7-
Indique
duas regras a ter em conta no transporte de materiais contaminados e outras
duas no transporte de materiais esterilizados.
R:
8-
Indique um cuidado especial a ter em conta na
lavagem de material microcirúrgico.
R:
9-
Indique cinco regras a seguir em locais
restritos à utilização de materiais esterilizados como num bloco operatório
Sem comentários:
Enviar um comentário