2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Relatório nº9_12ºAno_2015/2016

Lições nº 19 e 20
6/10/2016
Sumário: Breve análise dos locais para a realização da FCT.
Apresentação dos critérios de seleção dos locais de estágio de acordo com o artigo 217 do regulamento interno da Esalv.
Controlo do processo da esterilização: testes físicos, químicos e biológicos.
Condições de armazenamento na CME e nos serviços: prazo de validade de esterilização.

A professora começou esta aula por fazer uma pequena análise dos locais onde iremos realizar a FCT.
Lemos e respondemos, em grupos, ás questões das fichas que se encontram publicadas a seguir.
O sumário foi cumprido.



LescolaEscola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas-57 Tempos    Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira
CONTROLO DA ESTERILIZAÇÃO

Um programa de controlo de esterilização, incluindo métodos físicos, químicos e biológicos deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do processo. Todos os itens esterilizados devem conter o nome do material, identificação do esterilizador usado, o número da carga, a data de validade da esterilização, horário da esterilização, nome do responsável pelo empacotamento. Devem ser registrados todos os testes realizados. A supervisão de todas as cargas por um responsável é uma prática obrigatória para que os materiais sejam libertados com maior segurança.
TETESTES FÍSICOS

Testes de desempenho do equipamento envolvem a observação dos parâmetros apresentados pelo mesmo durante o processo de esterilização. Recomenda-se a leitura da temperatura e pressão regularmente durante a fase de esterilização propriamente dita em autoclaves. Manómetros e registradores do equipamento devem ser validados periodicamente.
TETESTES QUÍMICOS

Constam de tiras de papel impregnadas com tinta termo crómica que mudam de cor quando expostas à temperatura por tempo suficiente. Podem ser classificados como indicadores específicos de temperatura ou indicadores de múltiplos parâmetros do processo (tempo, temperatura e vapor), os últimos denominados de integradores. Estes indicadores não devem ser utilizados como critério único de eficiência de esterilização. A sua utilização rotineira fornece leitura imediata de falhas no equipamento com relação à penetração do vapor ou concentração do óxido de etileno. Existem diferentes tipos de indicadores internos, de acordo com o processo de esterilização. Devem ser utilizados dentro dos pacotes, em locais de difícil acesso à penetração do vapor ou dificuldade de remoção do ar em autoclaves. Os indicadores externos são fitas autoadesivas utilizadas unicamente para diferenciar os pacotes processados dos não processados.
TETESTE DE BOWIE AND DICK


É um teste utilizado para determinar a eficácia do sistema de vácuo na autoclave pré-vácuo. Este teste deve ser realizado a cada dia em que a autoclave será usada, antes da primeira carga processada. Em pacotes preparados pelo hospital podem ser utilizados campos recentemente lavados e dobrados, um em cima do outro, de modo a formar uma pilha de 25-28cm de altura. Várias fitas com indicador químico são aderidas em papel não encerado em forma de cruz ou diagonais e o papel inserido dentro do pacote de campos, o qual deverá ser colocado no centro da câmara interna, acima do dreno, com a autoclave vazia. O ciclo recomendado é de 3,5 – 4 minutos a 134°C, podendo ser omissa a secagem. Após o processo, este papel é examinado a fim de verificar se há homogeneidade na revelação das fitas químicas. Se apresentar área não revelada indica que há formação de bolsões de ar e que o equipamento deve ser revisto.
TETESTES BIOLÓGICOS

Um indicador biológico é uma preparação padronizada de esporos bacterianos contendo em torno de 106 esporos por unidade de papel de filtro. O uso de indicadores biológicos é o único meio de assegurar que o conjunto de todas as condições de esterilização está adequado, porque os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não após a aplicação do processo. Comumente encontram-se indicadores biológicos preparados para comercialização, porém também podem ser preparados no laboratório hospitalar, desde que esteja licenciado para isto. As preparações comerciais devem indicar o número de esporos por veículo, número do lote, data de expiração, condições de armazenamento, valores D e Z característicos e as condições da determinação de resistência térmica, indicações de uso, incluindo o meio de subcultura e condições de incubação. Para o calor húmido e OE existem preparações que podem ser incubadas na própria central de esterilização. Após a esterilização o indicador biológico processado será incubado juntamente com um indicador controlo que não tenha sido esterilizado. Deve-se aguardar o tempo necessário para o crescimento da cepa. Normalmente o crescimento ocorre em torno de 24 horas, mesmo assim deve-se aguardar até 07 dias (indicadores de primeira geração) de incubação para conhecer o resultado final. Tempos menores (indicadores de segunda geração) são recomendados por alguns fabricantes (48horas) e podem ser usados se o processo for devidamente padronizado. Já existe no mercado um indicador biológico de terceira geração com leitura rápida (de 1 a 3 horas), o qual foi considerado adequado para uso quando comparado com indicadores biológicos tradicionais e indicadores químicos. As etapas da realização dos testes biológicos devem seguir as orientações do fabricante.

A frequência mínima indicada de uso dos indicadores biológicos é semanal. A AORN orienta a realização diária dos testes biológicos para autoclaves. Existem recomendações de uso em todas as cargas com próteses (AORN, 1997) e que estas não sejam utilizadas até o resultado final da incubação. No caso de óxido de etileno o teste deve ser feito a cada carga (AORN, 1997).

Atenção! Na situação de falha de algum método de controlo da esterilização recolher toda s as cargas relacionadas aos teste químico ou biológico e solicitar manutenção do aparelho.


COCONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

O material estéril deve ser armazenado separadamente dos materiais não estéreis, a fim de reduzir o nível de contaminantes externos. A distância entre os pacotes deve ser aproximadamente superior a 30cm do piso e inferior a 50cm do teto. É desejável que sejam armazenados em ambientes com humidade relativa (30 a 60%) e temperatura (25°C) controladas de modo a não favorecer o crescimento microbiano. O local de armazenamento não deve exceder a 75% de humidade relativa, porém a baixa humidade é também indesejável porque pode produzir danos nos tecidos por resseca. Prateleiras com portas mantêm por mais tempo a esterilidade do artigo, mas se isto não for viável, é importante restringir o acesso e movimentação na sala de armazenamento

PRAZO DE VALIDADE DA ESTERILIZAÇÃO

O prazo de validade da esterilização é independe do processo ao qual o artigo foi submetido. Diversos autores divergem quanto aos prazos de validade da esterilização. Alguns autores consideram que o prazo de validade deve ser estabelecido por cada serviço de acordo com o tipo de invólucro, condições de armazenamento (prateleira aberta ou fechada, limpeza, temperatura e humidade), número e condições de manipulações dos pacotes antes do uso, uso de cobertores para poeiras e método de selagem das embalagens. No nosso serviço estabelecemos que o prazo de validade para materiais embalados com tecido de algodão é de 30 dias, papel Kraft 14 dias e para os outros invólucros de 6 meses. O prazo de validade para os outros invólucros não está determinado na literatura e o fabricante deve ser consultado. Estes prazos podem ser alterados de acordo com uma melhor definição da literatura. A permanência do material esterilizado nos setores deve ser a menor possível.
TRTRANSPORTE DE MATERIAL

Materiais contaminados devem ser transportados em veículos limpos, os quais devem sofrer desinfecção c/ álcool a 70% no final do dia. Devem ser protegidos com técnica de duplo empacotamento ou ser transportado dentro de recipientes rígidos com tampa. Os materiais esterilizados devem ser distribuídos de maneira a não contaminá-los.
Observações:
Esterilização de instrumentos cirúrgicos
- Processar os instrumentos cirúrgicos de acordo com as normas em vigor (considerar a classificação de Spaulding para o processamento do material, as suas características e as instruções do fabricante).
-  A metodologia de limpeza dos materiais de microcirurgia, deve ser complementada com a utilização de tinas de ultrassons.
- Não utilizar por rotina a esterilização “flash” (esterilização rápida em esterilizador de bancada, para material não embalado), apenas por conveniência como alternativa para a compra de mais um conjunto de instrumentos ou para poupar tempo. Este sistema de esterilização só é aceitável apenas para os artigos que vão ter utilização imediata e não é válido para material com espaços ocos. O material esterilizado por este sistema deve ser manuseado pelo elemento da equipa instrumentista. A utilização indevida deste sistema não cumpre as diretivas da CEE para a área da Esterilização.
Vestuário e Campos Cirúrgicos
- Utilizar máscara que cubra totalmente a boca e o nariz nas áreas restritas, se entrar na sala durante uma intervenção ou durante a preparação das mesas ou em qualquer altura em que os instrumentos estão expostos. Manter a máscara colocada durante toda a intervenção.
- Utilizar barrete que cubra totalmente todo o cabelo e cobertura para a barba em todas as áreas restritas e não restritas.
- Não utilizar cobertura nos sapatos com o objetivo de prevenir as infeções (o Bloco deve ter calçado próprio que deve ser sujeito a lavagem/desinfecção térmica diária em máquina
 - A utilização de luvas deve ser feita de acordo com o protocolado. Utilizar luvas estéreis se integrar a equipa cirúrgica. Calçar as luvas depois de vestir a bata.
- Utilizar batas e campos que sejam barreiras eficazes quando molhadas
- Utilizar materiais que constituam uma boa barreira bacteriana.
 - Respeitar a técnica asséptica na colocação de campos. Não reposicionar os campos
- Substituir os fatos quando molhados, contaminados por sangue ou outras matérias potencialmente infeciosas –
Depois de ler e analisar o texto responda às seguintes questões:
1-      Indique os métodos utilizados para controlo de cada carga de esterilização.
R:

2-      Distinga entre teste físicos, testes químicos e biológicos.
R:

3-      Indique para que é utilizado o teste de TESTE DE BOWIE AND DICK.
R:


4-      Indique quatro regras importantes para um bom armazenamento dos materiais esterilizados.
R:



5-      Indique o fator que mais influencia a data de validade dos materiais esterilizados.
R:



6-      Explique por que razão o material esterilizado deve permanecer o mínimo tempo possível nos setores de utilização.
R:

                                                                                                                                     
7-       Indique duas regras a ter em conta no transporte de materiais contaminados e outras duas no transporte de materiais esterilizados.
R:


8-      Indique um cuidado especial a ter em conta na lavagem de material microcirúrgico.
R:

9-      Indique cinco regras a seguir em locais restritos à utilização de materiais esterilizados como num bloco operatório


Sem comentários:

Enviar um comentário