Lições nº 25, 26 e 27
09/10/2015
Sumário:
- Análise de um documento da ARS do Norte - realização sobre uma ficha de trabalho sobre o assunto;
- Conclusão dos trabalhos iniciados em aulas anteriores sobre lubrificação de materiais clínicos.
A ficha que realizámos durante a aula é a seguinte:
Escola
Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso
Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas-57 Tempos Ano letivo 2015/16 |
A docente: Teresa Cunha Pereira
Esterilização
( retirado de Manual de Administração Regional de Saúde do Norte)
Dos agentes esterilizantes (Vapor Saturado,
Óxido de Etileno, Formaldeído, Radiações Ionizantes, Plasma), o mais utilizado
nos Cuidados de Saúde Primários é o Vapor Saturado.
Esterilização por vapor saturado
De todos os métodos disponíveis para esterilizar material, o vapor saturado
sob pressão é o mais largamente utilizado.
A esterilização por vapor
caracteriza-se por ser:
· Não tóxica;
· Barata;
· Esporicida;
· Rápida;
· Fácil penetração
Por estas razões este método deve ser utilizado e preferido sempre que
possível. Exceção feita aos materiais termo sensíveis e materiais com
componentes elétricos.
A esterilização por vapor saturado destrói os microrganismos
por coagulação e desnaturação irreversível das enzimas e proteínas. A presença de água favorece o processo.
O princípio básico de esterilização por
vapor, processado em autoclaves é expor os materiais ao contacto direto com o
vapor à temperatura, pressão e tempo requeridos.
a - VAPOR
O vapor ideal para a esterilização é saturado a 100%.
b -
PRESSÃO
Esta tem como objetivo obter
mais rapidamente as temperaturas ideais para destruir
microrganismos.
c - TEMPERATURA
Existem duas temperaturas para esterilização conforme
os materiais a serem processados – 121º C e 134º C.
Estas temperaturas devem manter-se por um mínimo
de tempo determinado, a fim de destruir todos os microrganismos.
d -
TEMPO
Período durante o qual a temperatura em todos os pontos da carga do esterilizador é mantida na banda da temperatura de esterilização
O tempo determinado depende da temperatura escolhida.
De acordo com a EN 285, o tempo de esterilização não deve ser inferior a 15
minutos e 3 minutos para temperaturas de esterilização de121ºC e 134ºC, respetivamente.
As autoclaves com pré-vácuo são preferíveis para a esterilização de
dispositivos médicos, já que asseguram uma extração eficaz do ar existente na
câmara.
PRÁTICAS PARA UMA BOA ESTERILIZAÇÃO
DOS DISPOSITIVOS MÉDICOS:
Os
Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) têm centralizado, sempre que as
distâncias o permitam, todos os procedimentos de esterilização num local ou
eventualmente dois por ACES, numa Central de Esterilização, localizada num dos
Centros de Saúde do Agrupamento.
Os procedimentos a seguir no processo de
Esterilização são os seguintes:
1.
Recolha de dispositivos sujos nas diferentes unidades
2. Lavagem dos dispositivos médicos
3. Inspeção (verificação e lubrificação dos dispositivos médicos)
4.
Empacotamento
5. Esterilização
6. Entrega de pacotes esterilizados
Recolha de dispositivos sujos nas diferentes
unidades/regras a cumprir após utilização dos
DM
·
Após
utilização do DM simples ou Kit, colocá-lo dentro de um saco plástico,
certificando-se que está completo. Inserir este último dentro de um contentor fechado
·
Proteger o
fio nos instrumentos de corte, assim como as pontas dos DM, para evitar que se
danifiquem no transporte
·
Os Kits de DM
devem estar completos, segundo o mencionado na listagem da sua composição
·
Não enviar
qualquer tipo de DM de uso único
·
Não existe
qualquer limite máximo de tempo desde a utilização até à lavagem dos DM
A recolha de material sujo/contaminado é efetuada em contentores fechados
de cor vermelha ou identificados com cor vermelha, sendo uma caixa por unidade.
Os contentores com dispositivos sujos/contaminados são entregues na Central
de Esterilização e colocadas nas prateleiras com a identificação da unidade
virada para fora.
Os dispositivos médicos utilizados são colocados
nas caixas em seco.
A recolha de uma caixa, implica a colocação de
outra, devidamente limpa.
Processo de Lavagem dos dispositivos médicos
A lavagem
(mecânica ou manual) é a condição primordial para a desinfecção ou
esterilização do material.
A lavagem mecânica implica obrigatoriamente os
seguintes passos:
·
Contagem dos
dispositivos por categoria
·
Colocação nos
cestos de lavagem, de acordo com as seguintes
regras:
ü Material com articulações, obrigatoriamente aberto
e/ou desmontado
ü Cânulas e outro material com lúmen, deverão ser
desmandrilados se tiverem mandril e o seu interior, lavado manualmente com
escovilhão pois as máquinas de lavar não lavam corretamente esse tipo de material
ü Cápsulas, tinas, bacias deverão ser colocadas
sempre com a abertura virada para baixo
ü O material mais pesado deve ser colocado em
primeiro lugar e só depois o mais leve
ü Não colocar muito material por cesto para não
diminuir a eficácia da lavagem
·
Colocar o
detergente apropriado
·
Ligar a máquina:
ü Diariamente verificar o nível de neutralizador,
sal e limpar os filtros
ü Semanalmente colocar um teste de qualidade de
lavagem verificando se os braços rotativos estão desobstruídos.
·
Usar sempre e
obrigatoriamente Equipamento de Proteção Individual (Luvas, avental, touca)
·
Lavar as mãos
·
Efetuar
registos diários das lavagens em folha própria para validação do processo de
lavagem
A lavagem manual está indicada para Dispositivos
Médicos que não possam ser lavados em máquina, com lúmenes e eventualmente em
situações de avaria da máquina de lavar ou situações em que os DM irão ser necessários
dentro de um período de tempo limitado e implica os seguintes passos:
·
Colocar EPI
·
Desmontar,
desarticular e desmandrilar e abrir os DM
·
Imergir
completamente os DM em água morna e detergente desincrustante ou enzimático
·
Deixar os DM
submersos durante 10 a 15 minutos (ver monografia do produto)
·
Lavar todas
as superfícies com escova macia, mantendo o objeto debaixo de água
·
Retirar os DM
e enxaguá-los em água morna corrente
·
Secar muito
bem, utilizando a pistola de ar comprimido ou toalhetes sem fios
·
Descalçar as
luvas e lavar as mãos
Inspeção (verificação e lubrificação dos dispositivos médicos)
Em princípio, o material deverá sair já seco da máquina de lavar.
Caso saia ainda molhado e sobretudo o material com
lúmen, deverá ser seco com pano que não liberte fibras. Os canais podem ser
limpos com pistola de ar comprimido se a houver ou seringa com ar.
Depois de seco deverá verificar-se o material lavado:
·
Material
avariado (pontas partidas ou tortas, má adaptação, com muitos pontos de
ferrugem ou corrosão), deverá ser separado para arranjo ou substituição
·
Material
difícil de abrir deverá ser lubrificado
Identificação dos DM
|
Como fazer
|
Tesouras
|
-
Colocar a
tesoura na vertical sobre uma bancada e colocar um pedaço de látex (de luva)
entre as lâminas
-
Colocar um
dedo junto das lâminas
-
Observar se o corte
é limpo e sem protuberâncias ou deslizamentos do látex entre
as lâminas
|
Articulações amovíveis (espéculos, …)
|
-
Verificar
se existem sinais de desgaste, danos ou corrosão
-
Manipular
as articulações em todas as posições, de modo a verificar se existe rigidez
provocada por sujidade ou detritos
|
Aposição (pinças de kocher, de dissecção, …)
|
-
Verificar
se as pontas úteis estão corretamente alinhadas
-
Verificar
se as pontas constituem uma boa garra
-
Verificar
se as garras coincidem com precisão, não deve ser feita qualquer tentativa
para forçar o alinhamento
-
Testar os
porta-agulhas colocando uma agulha de sutura de tamanho médio na sua ponta
devendo ser fechados até ao segundo dente. Se for possível rodar a agulha com
facilidade com a mão, o DM deve ser retirado de circulação e ser reparado
|
DM com lúmenes (cânulas, …)
|
- Verificar se não existem obstruções
|
Empacotamento
A principal função da embalagem para um
dispositivo médico esterilizado é garantir que o produto mantém a sua
esterilidade até à utilização.
O empacotamento é indispensável para proteção de
um dispositivo esterilizado e destina-se a constituir uma barreira efetiva
contra a contaminação, bem como a oferecer proteção do conteúdo.
O empacotamento envolve não só a proteção do
material para esterilização, mas também a colocação das cargas nos cestos para esterilização.
Após devidamente lavados, secos e inspecionados,
todos os dispositivos que requerem esterilização devem ser empacotados.
O empacotamento do material deve permitir a
penetração do agente esterilizante (vapor) e ao mesmo tempo manter a
esterilidade após a esterilização.
O material de empacotamento utilizado é a Manga mista em vários tamanhos e o Papel Crepe
para os kits de penso ou outros Kits constituídos em cada ACES.
Requisitos de empacotamento
·
Proteger os instrumentos pontiagudos ou com arestas vivas para não provocar
perfurações depois do material estar esterilizado;
·
No material com
preensão (cremalheira) (ex – Pinça de kocker), deve estar fechado apenas no
primeiro dente para melhor penetração do calor
·
O material
com mandril deve ser colocado desmandrilado
·
As tesouras
devem ter as pontas protegidas de modo a não fecharem completamente
·
O material
desmontado deverá ser montado
·
A margem de
termo selagem deverá ser de 3 cm, de modo a permitir a abertura asséptica e
deverá ser feita no local onde vai haver manipulação.
Controlo das cargas
Para facilitar o controlo das cargas colocadas em
cada autoclave todos os pacotes deverão ser identificados com um autocolante
onde estão impressos:
·
Data de empacotamento
·
Identificação
do funcionário;
·
Identificação da autoclave, no caso de haver mais do que um
·
Temperatura de esterilização
·
Prazo de validade
Esta
identificação permite fazer a rastreabilidade do material, isto é, saber o
percurso e em quem foi utilizado determinado dispositivo e também em caso de
reclamação devido a dispositivos deficientemente inspecionados após lavagem,
saber quem foi o/a operador(a). Permite também verificar se o material foi
utilizado dentro do prazo de validade estipulado.
Depois do empacotamento, os pacotes devem ser
colocados nos cestos para esterilização obedecendo aos seguintes princípios:
·
Os pacotes
são colocados sempre papel com papel e sempre na vertical para melhor
penetração do vapor
·
Os pacotes
com cápsulas ou outro material idêntico são sempre colocados com a boca virada
para baixo para evitar que se acumule água no fundo do material
·
Os pacotes
devem ser colocados de forma a não ficarem muito comprimidos
·
Os pacotes
mais pesados são colocados sempre em primeiro
lugar
·
Colocar
sempre em cada carga um integrador classe 6, num lugar central onde a
penetração do calor possa parecer mais difícil
·
Nenhum pacote
pode exceder as seguintes dimensões e peso: 20x20x50cm e 5,4Kg
Em resumo, as cargas devem ser colocadas nas
autoclaves em cestos apropriados e de forma a poderem receber o agente
esterilizante em toda a sua superfície, bem como a poderem permitir a saída de
vapor (75% da capacidade dos autoclaves).
NOTA: Registar diariamente em folha própria as
cargas colocadas no esterilizador e anexar o registo da impressora do autoclave.
Esterilização
Nenhum material pode ser submetido a
esterilização se não estiver limpo e seco, inspecionado e empacotado
Depois de colocado em cestos na câmara da
autoclave, procede-se à seleção da temperatura adequada ao tipo de material a
esterilizar. Desta temperatura depende muito o tempo de esterilização.
Validação do processo de esterilização
Procedimento documentado para obtenção, registo e interpretação dos dados
necessários para evidenciar que um processo está em conformidade com as
especificações pré-determinadas.
Toda a fase de esterilização deve ser
controlada por rotina através da combinação de parâmetros mecânicos, químicos,
físicos e biológicos.
Estes processos avaliam diretamente as condições de esterilização e
indiretamente as condições microbiológicas da
fase.
Controle e monitorização do Processo de Esterilização:
Os responsáveis pela esterilização devem assegurar
que, antes da utilização do esterilizador para produção, existem documentos
comprovativos de que a manutenção, programada ou não, tal como a verificação da
calibração dos instrumentos foram executadas satisfatoriamente, e que o (s) relatório (s) da qualificação do desempenho inclui
(em) o (s) tipo (s) de carga (s) a esterilizar.
A
documentação para cada carga esterilizada deve incluir:
·
uma referência aos registos do esterilizador e do equipamento;
·
uma referência ao resultado de qualquer ensaio
de rotina de pré-produção, por ex. O teste de Bowie & Dick;
·
um registo
permanente das temperaturas e pressões medidas
durante o ciclo de esterilização;
·
o ciclo de
esterilização selecionado;
·
o nome ou o
código de referência do operador;
·
uma descrição
ou o código da carga esterilizada.
Sempre que seja detestado um mau funcionamento do ciclo de esterilização na
carga esterilizada (por ex. carga molhada, embalagens partidas ou alteração
insuficiente da cor nos indicadores químicos, se utilizados), as ações tomadas
devem ser registadas.
Neste sentido o controlo e monitorização do Processo de Esterilização é
evidenciado por:
·
Registo do esterilizador;
·
Referência ao
resultado do teste Bowie&Dick;
·
Registo da
temperatura e pressão;
·
Ciclo de
esterilização selecionado;
·
Nome ou
código do operador;
·
Descrição ou
código da carga esterilizada;
·
Registo dos
restantes testes utilizados.
Diariamente, antes da primeira
esterilização e sem carga deverá ser efetuado o Teste de Bowie&Dick que tem como objetivo conhecer a capacidade
dos autoclaves com pré-vácuo de eliminar o ar, assim como possíveis bolsas de
ar ou gazes não condensáveis. O indicador de Bowie&Dick é uma folha
impressa com tiras de tinta sensível aos seguintes parâmetros:
·
Temperatura;
· Tempo;
· Saturação de vapor;
· Presença de bolsas de ar (especialmente)
A não eliminação suficiente do ar durante a
fase de pré-vácuo, significa que:
·
O vapor que
entra é uma mistura com ar ou gazes não condensáveis;
·
Há fugas de
gazes na câmara.
A
leitura deve obedecer às indicações do fabricante e seguindo a carta de classificação.
Caso haja resultados desfavoráveis à terceira tentativa, dever-se-á desligar
o autoclave e chamar o técnico de manutenção para se saber qual o problema.
Devem ser guardados depois de datados e
identificados por um período de 6 meses.
O teste de Bowie&Dick só deverá ser efetuado
após o programa de pré aquecimento da câmara
2.
Os indicadores mecânicos indicam-nos que a
autoclave está a funcionar corretamente e que as condições dentro da câmara
permitem alcançar os parâmetros da esterilização que são o tempo, a temperatura
e a pressão. Estes parâmetros são-nos fornecidos através de uma fita impressa
em cada ciclo de esterilização, bem como no monitor de cada autoclave. Estas
fitas devem ser arquivadas pelo período de 6 meses, período que se atribuiu à
validade do material esterilizado
3.
Os indicadores químicos são em forma de
tintas que mudam de cor e indicam-nos que determinado pacote já passou por um
ciclo de esterilização. Estes indicadores estão impressos nas mangas mistas,
existindo também fitas (integradoras classe 6) que aliam processos químicos e
físicos. Deverá ser colocada uma tira teste por carga e guardadas durante 6
meses. Por si só não constituem prova de esterilidade.
Entrega de pacotes esterilizados
O armazenamento seguro dos dispositivos médicos esterilizados depende da
porosidade do material de empacotamento e das condições de armazenamento (em
espaço aberto ou fechado).
Nos ACES atribuiu-se um prazo de validade de 6 meses ao material
esterilizado nas Centrais de Esterilização.
Todos os dispositivos médicos esterilizados não
devem ser utilizados após ter expirado o prazo de validade, quando a embalagem
tiver sido furada, rasgada ou estiver molhada ou tiver caído acidentalmente no
chão (risco de microperfurações).
A entrega de material esterilizado deverá obedecer
às seguintes regras:
·
Ser entregue
em caixa fechada, de cor branca ou verde e devidamente identificada com a
unidade
· A entrega de uma caixa com material esterilizado
implica a recolha da caixa vazia e, na eventualidade de não se ter utilizado
todo o material, a reposição apenas do material de reposição
·
O material acondicionado
nas caixas não pode ser comprimido (risco de
perfuração)
· Só é permitida a colocação do material
esterilizado nas caixas depois de estar completamente frio (risco de condensados)
· Cabe à Central de Esterilização a responsabilidade
de preparar as caixas com o material esterilizado, devidamente identificado por
unidade, entregá-lo na unidade onde está sedeada a Central de Esterilização e
comunicar ao motorista que o material das outras unidades está pronto para entrega.
Depois de leres o texto responde às seguintes
questões:
1-
Indique o método
mais largamente usado para esterilização de material clínico.
R:. O método mais largamente usado para
esterilização de material clínico é a esterilização por vapor saturado.
2-
Indique o
significado das siglas ARS do Norte,
ACES e DM.
R:. ARS significa Administração Regional
de Saúde; ACES significa Agrupamentos de Centros de Saúde e DM significa
Dispositivos Médicos.
3-
Apresente as
caraterísticas de uma esterilização a vapor.
R:. As caraterísticas
de uma esterilização a vapor são o facto de não ser tóxico, ser barata,
esporicida, rápida e de fácil penetração.
4-
Apresente as regras a cumprir após utilização dos DM
antes de proceder à lavagem.
R:. As regras a
cumprir após a utilização dos DM antes de proceder à lavagem são:
·
Colocar o DM simples ou Kit dentro de um saco de plástico
vermelho, confirmando que está completo;
·
Inseri-lo dentro de um contentor fechado;
·
Proteger o fio nos instrumentos de corte, assim como as
pontas dos DM, para evitar que se danifiquem no transporte;
·
Os Kits de DM devem estar completos, segundo o
mencionado na listagem da sua composição;
·
Não enviar qualquer tipo de DM de uso único;
·
Não existe qualquer limite máximo de tempo desde a
utilização até à lavagem dos DM.
A recolha de material
sujo/contaminado é efetuada em contentores fechados de cor vermelha ou
identificados com cor vermelha, sendo uma caixa por unidade.
Os contentores com dispositivos
sujos/contaminados são entregues na Central de Esterilização e colocadas nas
prateleiras com a identificação da unidade virada para fora.
Os
dispositivos médicos utilizados são colocados nas caixas em seco.
A
recolha de uma caixa, implica a colocação de outra, devidamente limpa.
5-
Indique os
passos a seguir para o processo de lavagem dos dispositivos médicos.
R:. Os passos a seguir para o processo de
lavagem dos dispositivos médicos são:
·
Contagem dos dispositivos por categoria
·
Colocação nos cestos de lavagem, de acordo com as
seguintes regras:
o Material
com articulações, obrigatoriamente aberto e/ou
desmontado
o
Cânulas e outro material com lúmen, deverão ser
desmandrilados se tiverem mandril e o seu interior, lavado manualmente com
escovilhão pois as máquinas de lavar não lavam corretamente esse tipo de material;
o Cápsulas,
tinas, bacias deverão ser colocadas sempre com a abertura virada para baixo
o
O material mais pesado deve ser colocado em
primeiro lugar e só depois o mais leve
o
Não colocar muito material por cesto para não
diminuir a eficácia da lavagem
·
Colocar o detergente apropriado
·
Ligar a máquina:
o
Diariamente verificar o nível de neutralizador,
sal e limpar os filtros
6-
Enumere as regras
para colocação do material nos cestos de lavagem.
R:. As regras para a
colocação do material nos cestos de lavagem são:
·
Semanalmente colocar um teste de qualidade de
lavagem verificando se os braços rotativos estão desobstruídos.
·
Usar sempre e obrigatoriamente Equipamento de
Proteção Individual (Luvas, avental, touca)
·
Lavar as mãos
·
Efetuar registos diários das lavagens em folha
própria para validação do processo de lavagem.
A
lavagem manual está indicada para Dispositivos Médicos que não possam ser
lavados em máquina, com lúmenes e eventualmente em situações de avaria da
máquina de lavar ou situações em que os DM irão ser necessários dentro de um
período de tempo limitado e implica os seguintes passos:
•
Colocar EPI
•
Desmontar, desarticular e desmandrilar e abrir os DM
•
Imergir completamente os DM em água morna e
detergente desincrustante ou enzimático
•
Deixar os DM submersos durante 10 a 15 minutos
(ver monografia do produto)
•
Lavar todas as superfícies com escova macia,
mantendo o objeto debaixo de água
•
Retirar os DM e enxaguá-los em água morna corrente
•
Secar muito bem, utilizando a pistola de ar
comprimido ou toalhetes sem fios
•
Descalçar as luvas e lavar as mãos
7-
Indique em que
consiste a fase de inspeção dos DM.
R:. A fase de
inspeção dos DM consiste em verificá-los e lubrificá-los.
8-
Indique como é
evidenciado o controlo e monitorização
do Processo de Esterilização.
R:. O controlo e
monitorização do Processo de Esterlização é evidenciado através de:
•
Registo do esterilizador;
•
Referência ao resultado do teste Bowie&Dick;
•
Registo da temperatura e pressão;
•
Ciclo de esterilização selecionado;
•
Nome ou código do
operador;
•
Descrição ou código da carga esterilizada;
•
Registo dos restantes testes utilizados.
9-
Indique em
que consiste a fase de empacotamento.
R:. A fase de
empacotamento consiste em proteger o material e colocá-lo nos cestos de
esterilização.
10-
Indique que documentação deve incluir cada carga esterilizada.
R:. A documentação para cada carga esterilizada deve incluir:
·
Uma referência aos registos do esterilizador e do equipamento;
·
Uma referência ao resultado de qualquer ensaio
de rotina de pré-produção, por ex. O teste de Bowie & Dick;
·
Um registo permanente das temperaturas e pressões medidas
durante o ciclo de esterilização;
·
O ciclo de esterilização selecionado;
·
O nome ou o código de referência do operador;
·
Uma descrição ou o código da carga esterilizada.
Sempre
que seja detestado um mau funcionamento do ciclo de esterilização na carga
esterilizada (por ex. carga molhada, embalagens partidas ou alteração
insuficiente da cor nos indicadores químicos, se utilizados), as ações tomadas
devem ser registadas.
11-
Indique como
é feito o controlo das cargas colocadas em cada autoclave.
R:. Para
facilitar o controlo das cargas colocadas em cada autoclave todos os pacotes
deverão ser identificados com um autocolante onde estão impressos:
·
Data de empacotamento
·
Identificação do
funcionário;
·
Identificação da
autoclave, no caso de haver mais do que um
·
Temperatura de
esterilização
·
Prazo de validade
Esta identificação permite fazer a
rastreabilidade do material, isto é, saber o percurso e em quem foi utilizado
determinado dispositivo e também em caso de reclamação devido a dispositivos
deficientemente inspecionados após lavagem, saber quem foi o/a operador(a).
Permite também verificar se o material foi utilizado dentro do prazo de
validade estipulado.
12-
Refira a que
regras deve obedecer a entrega de material esterilizado.
R:. A
entrega de material esterilizado deverá obedecer às seguintes regras:
·
Ser entregue em caixa fechada, de cor branca ou
verde e devidamente identificada com a unidade
· A
entrega de uma caixa com material esterilizado implica a recolha da caixa vazia
e, na eventualidade de não se ter utilizado todo o material, a reposição apenas
do material de reposição
·
O material acondicionado nas caixas não pode ser
comprimido (risco de perfuração)
· Só é
permitida a colocação do material esterilizado nas caixas depois de estar
completamente frio (risco de condensados)
· Cabe à
Central de Esterilização a responsabilidade de preparar as caixas com o
material esterilizado, devidamente identificado por unidade, entregá-lo na
unidade onde está sedeada a Central de Esterilização e comunicar ao motorista
que o material das outras unidades está pronto para entrega.
13-
Indique em
que situações a esterilização por vapor não é aconselhável.
R:. A
esterilização por vapor não é aconselhável aos materiais termo sensíveis e
materiais com componentes eléctricos.
Conclusão:
A aula correu bem, conseguimos atingir todos os objetivos previstos.
A aula correu bem, conseguimos atingir todos os objetivos previstos.
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