2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Relatório nº_5_12ºano 2015/2016

Lições 10 e 11
2015/09/29
Sumário:  Correção da ficha de trabalho iniciada na aula anterior;
                  Transporte de materiais esterilizados para os diversos serviços e dos materiais contaminados para a CME.

- Iniciámos a aula por conversar acerca das distribuições dos orientadores dos grupos da Prova de Aptidão Profissional (PAP);
             Prof. Leonor Silva- Sofia Lopes;
                                               Evelise Silva;
                                               Jéssica Oliveira;
                                               Joel Ferreira.
         
            Prof. Teresa Tábuas- Andreia Feteira;
                                                 Nágila Silva;
                                                 Rachida Moujoud;
                                                 Silvia Pereira.
             
             Prof's. Bernardete Lago e- Diana Sousa;
                       Anabela Jordão-        Carolina Carvalho;
                                                            Sara Silva.

- De seguida iniciámos a correção da ficha de trabalho sobre o funcionamento da CME do centro Hospitalar da Cova da Beira;

Correção da ficha de trabalho:

      Enumera:
1.1-   as funções de uma CME num centro hospitalar.
    R: As funções de uma CME num centro hospitalar são :
  • Recolha e transporte de dispositivos médicos contaminados nas unidades;
  • Lavagem, desinfeção e inspeção de dispositivos médicos reutilizáveis;
  • Preparação e embalagem de têxteis e dispositivos médicos;
  • Esterilização por vapor saturado e óxido de etileno;
  • Armazenamento de materiais processados no Serviço central Esterilização;
  • Supervisão dos serviços utilizadores quanto às condições de armazenamento de materiais estéreis. 


            1.2- As áreas funcionais de uma CME.
R: As diversas áreas funcionais de uma CME são:
    • Descontaminação;
    • Triagem;
    • Preparação e embalagem;
    • Preparação de têxteis;
    • Esterilização;
    • Armazém de estéreis


1.3- Indica os EPI  que consideras adequados para usar em cada uma dessas áreas funcionais
R: Para cada uma das áreas funcionais temos certos tipos de equipamento de proteção individual.
     Na seguinte tabela está todos os equipamentos de proteção individual em cada uma das áreas funcionais.


2.       Identifica os vários procedimentos da responsabilidade de uma CME.
R:  Os vários procedimentos da responsabilidade de uma CME são:
  • O transporte do material contaminado e processado das unidades para a central;
  • A lavagem e a descontaminação de utensílios;
  • A inspeção e montagem para distribuição ou caso necessário esterilização;
  • O empacotamento para posterior esterilização;
  • E o armazenamento de produtos estéreis e têxteis. 

3.       Indica os tipos de esterilização utilizados na CME do Centro Hospitalar da Cova da Beira
R; Os tipos de esterilização utilizados na CME do Centro Hospitalar da Cova da Beira sao: a Vapor  e com Óxido Etileno.


4.       Indica os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas.
R: Os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas são:
  • Registo do esterilizador
  • Teste de Bowie e Dick
  • Registo de parâmetros físicos
  • Ciclo de esterilização selecionado
  • Nome ou código do Operador
  • Especificação ou código de carga
  • Registo dos restantes testes utilizados (indicadores químicos, integrados ou outros). 


5.       Indica as áreas de apoio de carácter especifico e carácter geral que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais da CME-
     R: As áreas de apoio de carácter especifico e carácter geral que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais da CME são:

Carácter Especifico
  • Apoio às tarefas de limpeza e arrumação;
  • Apoio à higienização do pessoal e vestiário

  • Carácter Geral
  • Aprovisionamento do material de consumo e matérias-primas;
  • Apoio administrativo
6.       Indica como é efetuada  a vigilância de saúde dos profissionais  que trabalham na CME
           R: A vigilância de saúde dos profissionais que trabalham na CME é efetuada através:
  •      Exame médico antes de iniciarem funções; 
  • (São contra indicadas as situações ou histórias de alergias respiratórias, dermatoses, limitações locomotoras entre outras)
  • Exames médicos periódicos;
  • Deve ainda existir um programa de vacinação contra a hepatite B e a prova de mantoux (com vista á vacinação por BCG).

- Depois do intervalo visualizamos um power-point de como é feito o transporte e distribuição de materiais esterilizados.



E por fim visualizamos um video sobre a Esterilização de material odontológico.



Nesta aula concluímos a correção da ficha de trabalho sobre o funcionamento da CME do centro Hospitalar da Cova da Beira; 
Ainda pudemos aprender os vários setores de transporte que dizem respeito à esterilização.
E por fim aprendemos ainda o modo de fazer a pré-lavagem de material odontológico.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Relatório nº_4 _12ºano 2015/2016

lição nº 8 e 9
25/09/2015



Sumário:     - As fases do processo de esterilização,  Triagem de material clínico.
Equipamento de proteção individual a utilizar.
                -   Analise do funcionamento de CME do Centro Hospitalar  da Cova da Beira
Realização de uma ficha de trabalho.


No inicio da aula estivemos a falar sobre as fases do processo de esterilização  e sobre  a triagem de material clínico  e o equipamento individual que devemos utilizar , também estivemos a analisar uma ficha  sobre o funcionamento   de CME do centro Hospitalar da Cova da Beira  e ainda iniciamos uma ficha de trabalho .

Ficha de trabalho

Funcionamento   da CME do centro Hospitalar da Cova da Beira 

Objetivo
·      Estabelecer normas para o processamento dos dispositivos médicos, baseadas em padrões de qualidade.
·    o   Estabelecer condições de segurança para os profissionais envolvidos no processamento dos dispositivos médicos.

Aplicação
Este procedimento aplica-se ao Serviço Central de Esterilização, do Centro Hospitalar Cova da Beira.

Definições
O Serviço central de Esterilização é uma unidade funcional de apoio clínico, dotada de autonomia técnica, de recursos materiais e humanos próprios de forma a realizar centralizadamente, isto é, para todos os Serviços do estabelecimento de saúde em que se integra, as inerentes ao processamento dos dispositivos médicos reutilizáveis, quer sejam desinfetados ou esterilizados.

Finalidades do serviço:

Assegurar o processamento dos dispositivos médicos reutilizáveis necessários à prestação de cuidados ao utente, segundo normas que garantam a qualidade técnica e a otimização dos recursos;
Assegurar a distribuição dos dispositivos médicos desinfetados ou esterilizados aos serviços utilizadores;
Promover as ações de formação necessárias à correta circulação, manipulação e tratamento dos dispositivos contaminados;
Colaborar com a Comissão de Controlo da Infeção na prevenção e controlo de Infeções Nosocomiais.

Funções do serviço:

Recolha e transporte de dispositivos médicos contaminados nas unidades;
Lavagem, desinfeção e inspeção de dispositivos médicos reutilizáveis;
Preparação e embalagem de têxteis e dispositivos médicos;
Esterilização por vapor saturado e óxido de etileno;
Armazenamento de materiais processados no Serviço central Esterilização;
Supervisão dos serviços utilizadores quanto às condições de armazenamento de materiais estéreis.


Áreas funcionais:
Descontaminação;
Triagem;
Preparação e embalagem;
Preparação de têxteis;
Esterilização;
Armazém de estéreis

Procedimento
Recolha e transporte de material sujo.
O transporte do material, quer contaminado, quer processado, é da responsabilidade do Serviço Central de Esterilização, que deverá definir e exigir requisitos de segurança.
O Transporte é realizado em carros fechados.

Os carros de transporte devem ser:

De fácil limpeza
Adequados aos requisitos de proteção da carga
De fácil condução
Resistentes ao choque.

Considerando que os Dispositivos médicos usados estão contaminados, estes devem ser manuseados, recolhidos e transportados para a zona de descontaminação, de forma a evitar a infeção cruzada em qualquer área do estabelecimento de saúde.
O serviço utilizador deve fazer uma triagem eliminando todos os dispositivos de uso único, bem como solutos e desinfetantes utilizados. Os dispositivos médicos corto/perfurantes devem ser separados e colocados em contentores apropriados.
O restante material é recolhido em saco e colocados dentro de contentores e transportados em carro fechado.
Ao chegar à área de descontaminação é efetuado o registo em impresso próprio, do material de cada serviço.

Descontaminação

A zona em que se realiza o processo de descontaminação é conservada e controlada de modo a constituir um apoio à eficiência do processo de descontaminação e a proteger os profissionais contra a exposição a agentes infeciosos e a substâncias Tóxicas/Perigosas. É nesta área que se recebem e desinfetam instrumentos, utensílios e equipamentos reutilizáveis, bem como os respetivos carros de transporte.

Ambiente da zona de descontaminação:

A área está separada fisicamente das outras zonas de trabalho com acesso a partir de um corredor de serviço;
A área tem ventilação mecânica adequada de modo a criar um ambiente de trabalho confortável;
Possui iluminação adequada;
Existem instalações para lavagem de mãos e mudança da roupa perto da zona de descontaminação.
Equipamento
Tem equipamento e materiais próprios para garantir a sua limpeza e desinfecção;
As máquinas de lavagem estão instaladas, montadas em conformidade com a norma ISO 15883;
A situação ideal será ter máquinas de 2 portas com lado dos “limpos” a abrir para a zona de triagem;
Possui meios de limpeza ultrassónica de dispositivos, para lavagem/desinfeção de materiais sensíveis;
Tem instalações apropriadas para a limpeza manual de dispositivos / equipamentos;
Possui equipamentos de limpeza exclusivos para esta zona;
O pessoal adstrito, está protegido com:
Bata
Máscara
Touca
Luvas resistentes

Inspeção / Montagem

Após a descontaminação os dispositivos médicos são inspecionados, testados e montados. Para garantir a segurança da sua utilização é indispensável que os dispositivos médicos estejam limpos, funcionais e seguros.
A inspeção consiste fundamentalmente na observação do estado de limpeza e das condições de funcionamento dos dispositivos médicos.
O talão de identificação do material é incluído em cada embalagem de modo a permitir identificar o seu conteúdo.

Empacotamento
Área de produção de limpos
A embalagem destina-se a constituir uma barreira positiva contra a contaminação, bem como a oferecer proteção do respetivo conteúdo até à sua utilização;
Para que se possam cumprir todas as exigências da esterilização é indispensável que os dispositivos médicos sejam adequadamente colocados em embalagens de acordo com os requisitos da EN 868;
Os materiais das embalagens são selecionados de acordo com as características e objetivos da utilização;
Os Dispositivos médicos podem ser empacotados numa combinação de material (liso ou contentores) de forma a manter a integridade do produto;
A limpeza da zona é realizada diariamente, sendo o material de limpeza de uso exclusivo da zona;
Todo o pessoal usa roupa apropriada:
Farda/Bata;
Touca;
Calçado próprio;
NOTA: antes do inicio da atividade e sempre que se justifique, deve-se lavar as mãos.

Preparação de Têxteis

Esta zona destina-se à preparação dos materiais (roupa, compressas, ligaduras, etc.) que pela sua composição libertam um grande número de partículas.
Atualmente destinam-se essencialmente à inspeção e empacotamento de compressas, uma vez que cada vez menos se utiliza a roupa 100% algodão nos Blocos Operatórios por não conferirem de facto barreira antimicrobiana.

Esterilização

O método de eleição para esterilização nos Serviços de Saúde é o da esterilização por vapor.
A NPEN 556 define conceito estéril como sendo estado de um dispositivo médico que está isento de microrganismos viáveis.

Processos de esterilização:
Alta temperatura – vapor
Baixa temperatura – óxido de etileno
O vapor é um esterilizador eficaz por duas razões:
É um portador eficaz de energia térmica
Destrói por coagulação, as porções sensíveis internas de microrganismos penetrando facilmente a sua camada resistente de proteção exterior.

As condições necessárias à esterilização por calor húmido devem ser:
Contacto
Temperatura
Tempo
Humidade

O óxido de etileno é um agente eficaz de esterilização, destruindo microrganismos por um processo de aniquilação das proteínas e ácidos nucleicos. É um gás com alto poder de difusão e penetração.

Já estão em vigor as normas europeias para validação e controlo da rotina da esterilização de dispositivos médicos por vapor e óxido de etileno.
Um processo de esterilização corretamente controlado e validado não significa que o produto final esteja estéril.

Deve ter-se em conta outros fatores nomeadamente a carga microbiana das matérias primas e outros componentes necessários à embalagem, as condições de armazenamento e o controlo do ambiente onde os dispositivos médicos são preparados e embalados e ainda as condições de funcionamento dos equipamentos de esterilização.
Os responsáveis pela esterilização devem assegurar que, antes da libertação de carga para os serviços utilizadores, o ciclo de esterilização foi validado.

Os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas são guardados durante um (1) ano e, são os seguintes:

Registo do esterilizador
Teste de Bowie e Dick
Registo de parâmetros físicos
Ciclo de esterilização selecionado
Nome ou código do Operador
Especificação ou código de carga
Registo dos restantes testes utilizados (indicadores químicos, integrados ou outros).

Armazenamento e distribuição

Esta zona destina-se a receber as cargas após serem esterilizadas.
Depois de verificadas e inspecionadas estas cargas ou são enviadas para os serviços utilizadores ou ficam em stock ou ainda em quarentena caso tenham sido esterilizadas com óxido de etileno.
O espaço de armazenamento deve permitir a segurança do pessoal, a proteção dos artigos estéreis contra danos e contaminação, a visibilidade e a eficiência de distribuição.

A zona de armazenamento deve ser mantida em segurança e ter o acesso limitado a um número restrito de pessoas autorizadas.
Os níveis de Stock são adequados às necessidades dos utilizadores.
É feita uma avaliação contínua e um ajustamento de acordo com as necessidades.
Os Dispositivos médicos esterilizados são distribuídos e transportados em carros limpos e fechados.
A limpeza do espaço é feita regularmente e o material utilizado é específico da sala.

Áreas de Apoio

São consideradas áreas de apoio as que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais: Carácter especifico e carácter geral.
Carácter Especifico
Apoio às tarefas de limpeza e arrumação;
Apoio à higienização do pessoal e vestiário.
Carácter Geral
Aprovisionamento do material de consumo e matérias-primas;
Apoio administrativo.
Garantia de Qualidade

As instalações e máquinas são submetidas a ações regulares de manutenção.
Todos os registos são legíveis e arrumados em condições adequadas para fácil consulta e para reduzir ao mínimo a sua deterioração
Os esterilizadores, máquinas de lavagem, desinfecção e outros equipamentos designados, são submetidos a um programa de manutenção.

É obrigatório o cumprimento dos procedimentos de qualidade.
A chefia do serviço central de esterilização, é responsável pela implementação e manutenção de normas que previnam a infeção cruzada, quer do pessoal que transporta e manuseia os dispositivos médicos contaminados, quer dos utentes junto de quem posteriormente irão ser utilizados esses dispositivos médicos.

As normas são discutidas e redigidas em conjunto com a Comissão de Controlo da Infeção.
Qualidade em esterilização significa produzir dispositivos médicos seguros para os utilizadores, e clientes mediante critérios de qualidade, tempo quantidade e custos.
O controlo de qualidade é um processo contínuo, em que todos os intervenientes estão envolvidos (qualidade total).

Educação e Formação

A educação e formação contínua dos profissionais que produzem dispositivos esterilizados e desinfetados para uso no doente, são essenciais para a manutenção de padrões aceitáveis de gestão, serviço e produtividade.
A formação deste pessoal é fundamentalmente em serviço, com programas que promovem a sua compreensão sobre as variadas tarefas executadas nas diferentes zonas do Serviço central de Esterilização e sobre a importância do seu papel na globalidade do funcionamento deste
serviço e sentido amplo no programa de controlo da infecção do estabelecimento de saúde em que estão inseridos.

Vigilância da Saúde

A vigilância de saúde dos profissionais é efetuada mediante:

Exame médico antes de iniciarem funções;
São contra indicadas as situações ou histórias de alergias respiratórias, dermatoses, limitações locomotoras entre outras;
Exames médicos periódicos;
Deve ainda existir um programa de vacinação contra a hepatite B e a prova de mantoux (com vista á vacinação por BCG).

Referências Bibliográficas

Direção Geral da Saúde (2001) – Manual de Normas e procedimentos para um Serviço Central de Esterilização em Estabelecimentos de saúde; Lisboa: Direção Geral de Saúde, pag. 88.
Pina, Elaine e Contente, Fátima. (1998) – Normas de Qualidade e Práticas recomendadas para Serviços de Estilização. Lisboa.


Depois de ler e analisar o texto apresentado, responda às questões apresentadas na página seguinte.




1-      Enumera:
1.1-   as funções de uma CME num centro hospitalar.
R:



1.2- As áreas funcionais de uma CME.
R:

1.3- Indica os EPI  que consideras adequados para usar em cada uma dessas áreas funcionais
R:

2.       Identifica os vários procedimentos da responsabilidade de uma CME.
R:


3.       Indica os tipos de esterilização utilizados na CME do Centro Hospitalar da Cova da Beira
R;



4.       Indica os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas.
R:




5.       Indica as áreas de apoio de carácter especifico e carácter geral que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais da CME.
R:





6.       Indica como é efetuada  a vigilância de saúde dos profissionais  que trabalham na CME.





Conclusão: Não conseguimos  cumprir  com o que estava previsto, ficando a ficha por corrigir.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Relatório nº3 12ºano 2015/2016

Lições 6 e 7
24/09/2015
Sumário:  Conclusão do estudo da tipologia dos materiais clínicos próprio a cada serviço sujeito a esterilização.
                  Analise dos procedimentos internos e caracterização da central materiais de esterilizarão do centro hospitalar da Cova da Beira.



Começamos a aula com uma breve revisão do PowerPoint visualizado na aula anterior. Iniciamos depois a visualização de um novo PowerPoint .











































quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Relatório nº2 12ºano 2015/2016

Lições 4 e 5
23/09/2015
Sumário:                 
                 Esterilização de artigos hospitalares- breve introdução.

                 Estrutura funcional e organizacional de uma central de material (CME).

                 Seleção e preparação do material para a esterilização.

                Tipologia do material clínico próprio a cada serviço sujeito a esterilização.




               No começo da aula a professora ditou o sumário relativo à aula.
              Após a escrita do sumário, começamos por ler a ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.

               De seguida, visionamos e analizamos os diapositivos de um Power Point.
              



 Ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.






Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
     Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas - 57 Tempos    Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira










  
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS EM UNIDADES HOSPITALARES
Desde que existe uma associação importante entre o uso de artigos de serviços de saúde e a ocorrência de infeções, é necessário estabelecer medidas eficazes de processamento dos mesmos, visando à minimização do risco de transmissão de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS). De acordo com o seu uso, os artigos devem ser submetidos a processos eficazes de limpeza, desinfeção ou esterilização para atingirem os objetivos necessários.
A qualidade do processamento de artigos de serviços de saúde representa um dos pilares na prevenção de IRAS e relaciona-se tanto à garantia de sua submissão a processos de redução ou destruição microbiana, quanto a sua funcionalidade e integridade, a fim de evitar danos ao paciente na sua utilização.
Para garantir e obter os melhores desfechos no processamento dos artigos de serviços de saúde devem ser considerados diversos fatores relacionados à qualidade do processo: o tempo de duração da aplicação do processo; a temperatura e a pressão sob as quais o processo é aplicado; a quantidade ou concentração de calor ou agentes químicos; a natureza do artigo submetido ao processo; o tipo e a contagem de microrganismos, inclusive os esporos; e se o artigo está contaminado com fluidos corporais que podem atuar como um revestimento protetor para o microrganismo.
O processamento de artigos é uma das atividades mais importantes em serviços de saúde e está associado diretamente a prevenção das IRAS, a segurança e a qualidade de assistência ao paciente.
Esterilização é o processo que se utiliza de agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida microbiana. Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que os contamina é menor do que 1: 1.000.000. Esse critério é o princípio básico dos testes biológicos usualmente utilizados para controlar o processo de esterilização. É preciso que se saiba que a definição dos processos de esterilização inclui parâmetros para esterilização previamente definidos em condições laboratoriais. Um destes parâmetros é a carga microbiana que é o termo utilizado para denominar a quantidade de microrganismos presente no objeto a ser esterilizado. A limpeza prévia é o principal fator que reduz a carga bacteriana dos artigos, e quanto mais limpo estiver um artigo, menor as chances de haver falhas na esterilização. A sobrevivência de microrganismos ao processo de esterilização pode decorrer de falhas humanas e mecânicas. As principais falhas humanas, além da limpeza deficiente, são emprego de invólucros inadequados, confeção de pacotes demasiadamente grandes, posicionamento incorreto na câmara de esterilização, tempo de exposição insuficiente ao agente esterilizante, entre outras.

II – ESTRUTURA FUNCIONAL E ORGANIZACIONAL DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
A CME deve estar localizada próxima aos serviços que supre, em local distante da circulação do público e que seja de uso restrito aos funcionários que atuam na área. As paredes e pisos devem ser de material resistente, lavável, de fácil limpeza, liso, sem frestas ou saliências que propiciem o acúmulo de sujidade. As janelas amplas, altas e teladas. Recomenda-se um sistema adequado de exaustão, ventilação e iluminação. A disposição dos equipamentos, das pias e das bancadas de trabalho, deve permitir um fluxo contínuo sem retrocesso e sem cruzamento de material limpo com material contaminado. As dimensões da CME devem ser proporcionais ao tamanho e complexidade da unidade de saúde. Deve ser dividida em:
a)                 Área Contaminada – Local destinado a receber os artigos contaminados e a executar os procedimentos de limpeza e secagem do material.
b)Área Limpa – Local destinado à execução dos procedimentos de preparo, acondicionamento, esterilização, armazenamento e distribuição do material.
Podem ser consideradas as seguintes subáreas:
Área para lavagem de materiais:
Área para receção e preparo de roupa limpa
Área de preparo de material
Área de esterilização – O tamanho depende do nº de equipamentos utilizados. A distância mínima entre as autoclaves é de 60cm;
Área para armazenagem e distribuição de material estéril
FLUXO DO MATERIAL NA CENTRAL DE MATERIAL
Área contaminada
Recebimento/ Limpeza, lavagem, secagem
Área Limpa
Preparação /Desinfeção ou Esterilização
Armazenamento
ATENÇÃO! Recomenda-se que haja uma barreira física separando a área contaminada da área limpa.
O Enfermeiro deve ser o responsável pelo setor, devendo investir em treinamento e reciclagem do pessoal auxiliar, na elaboração de manuais operacionais, na supervisão e controlo das operações, efetuar testes de controlo microbiológico e participar junto a CCIH de medidas preventivas.
III – SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO
As medidas relativas à esterilização devem ser compreendidas e implementadas pela categorização dos graus de risco de aquisição de infeção implicados com o uso destes artigos pelos pacientes. Possibilita a aplicação correta e mais econômica dos meios de limpeza, desinfecção e esterilização.
Artigos críticos – São todos os artigos que entram em contato com tecidos subepiteliais, sistema vascular e em outros tecidos estéreis. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.:cateteres cardíacos, artigos cirúrgicos.
Artigos semicríticos – São todos os artigos que entram em contato com a mucosa e pele não intacta. A desinfecção de alto nível é suficiente. Ex.: tubo orotraqueal, equipamento respiratório.
Artigos não críticos – São todos os artigos que entram em contato com a pele íntegra. Dependendo da particularidade do artigo e grau de contaminação, poderá ser apenas lavado com água e sabão ou receber desinfecção de nível intermediário ou baixo. Ex.: termómetro, arrastadeiras.
LIMPEZA DOS ARTIGOS
Consiste na lavagem, enxague e secagem do material. Uma limpeza eficiente consiste na retirada total de matéria orgânica e pirógenos depositados em diversas partes do material. Pode ser:
Manual – Utilizando-se instrumentos simples como escovas, estiletes.
Mecânica – Utilizando-se outros equipamentos como máquinas lavadoras ou de ultrassom.
Para a maioria dos artigos, quando utilizamos a limpeza mecânica é necessária uma inspeção após a lavagem, verificando a presença de resíduos, funcionalidade e deterioração do material. Os produtos na linha de limpadores enzimáticos são recomendados como uma opção de limpeza, facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos ocupacionais. Além de serem excelentes removedores de matéria orgânica, estes limpadores enzimáticos não causam danos por corrosão aos instrumentais e artigos médicos cirúrgicos, são atóxicos, biodegradáveis e de fácil manipulação. A água p/ lavagem do material deve ser desmineralizada, desionizada e dessalinizada.
ATENÇÃO! Ao realizar esta etapa o profissional deve estar paramentado com os equipamentos de proteção individual (EPI) – Luvas de borracha antiderrapantes e de cano longo, avental impermeável, gorro, máscara e óculos de proteção.


 Power Point.