2º As - 2014/15

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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Relatório nº_4 _12ºano 2015/2016

lição nº 8 e 9
25/09/2015



Sumário:     - As fases do processo de esterilização,  Triagem de material clínico.
Equipamento de proteção individual a utilizar.
                -   Analise do funcionamento de CME do Centro Hospitalar  da Cova da Beira
Realização de uma ficha de trabalho.


No inicio da aula estivemos a falar sobre as fases do processo de esterilização  e sobre  a triagem de material clínico  e o equipamento individual que devemos utilizar , também estivemos a analisar uma ficha  sobre o funcionamento   de CME do centro Hospitalar da Cova da Beira  e ainda iniciamos uma ficha de trabalho .

Ficha de trabalho

Funcionamento   da CME do centro Hospitalar da Cova da Beira 

Objetivo
·      Estabelecer normas para o processamento dos dispositivos médicos, baseadas em padrões de qualidade.
·    o   Estabelecer condições de segurança para os profissionais envolvidos no processamento dos dispositivos médicos.

Aplicação
Este procedimento aplica-se ao Serviço Central de Esterilização, do Centro Hospitalar Cova da Beira.

Definições
O Serviço central de Esterilização é uma unidade funcional de apoio clínico, dotada de autonomia técnica, de recursos materiais e humanos próprios de forma a realizar centralizadamente, isto é, para todos os Serviços do estabelecimento de saúde em que se integra, as inerentes ao processamento dos dispositivos médicos reutilizáveis, quer sejam desinfetados ou esterilizados.

Finalidades do serviço:

Assegurar o processamento dos dispositivos médicos reutilizáveis necessários à prestação de cuidados ao utente, segundo normas que garantam a qualidade técnica e a otimização dos recursos;
Assegurar a distribuição dos dispositivos médicos desinfetados ou esterilizados aos serviços utilizadores;
Promover as ações de formação necessárias à correta circulação, manipulação e tratamento dos dispositivos contaminados;
Colaborar com a Comissão de Controlo da Infeção na prevenção e controlo de Infeções Nosocomiais.

Funções do serviço:

Recolha e transporte de dispositivos médicos contaminados nas unidades;
Lavagem, desinfeção e inspeção de dispositivos médicos reutilizáveis;
Preparação e embalagem de têxteis e dispositivos médicos;
Esterilização por vapor saturado e óxido de etileno;
Armazenamento de materiais processados no Serviço central Esterilização;
Supervisão dos serviços utilizadores quanto às condições de armazenamento de materiais estéreis.


Áreas funcionais:
Descontaminação;
Triagem;
Preparação e embalagem;
Preparação de têxteis;
Esterilização;
Armazém de estéreis

Procedimento
Recolha e transporte de material sujo.
O transporte do material, quer contaminado, quer processado, é da responsabilidade do Serviço Central de Esterilização, que deverá definir e exigir requisitos de segurança.
O Transporte é realizado em carros fechados.

Os carros de transporte devem ser:

De fácil limpeza
Adequados aos requisitos de proteção da carga
De fácil condução
Resistentes ao choque.

Considerando que os Dispositivos médicos usados estão contaminados, estes devem ser manuseados, recolhidos e transportados para a zona de descontaminação, de forma a evitar a infeção cruzada em qualquer área do estabelecimento de saúde.
O serviço utilizador deve fazer uma triagem eliminando todos os dispositivos de uso único, bem como solutos e desinfetantes utilizados. Os dispositivos médicos corto/perfurantes devem ser separados e colocados em contentores apropriados.
O restante material é recolhido em saco e colocados dentro de contentores e transportados em carro fechado.
Ao chegar à área de descontaminação é efetuado o registo em impresso próprio, do material de cada serviço.

Descontaminação

A zona em que se realiza o processo de descontaminação é conservada e controlada de modo a constituir um apoio à eficiência do processo de descontaminação e a proteger os profissionais contra a exposição a agentes infeciosos e a substâncias Tóxicas/Perigosas. É nesta área que se recebem e desinfetam instrumentos, utensílios e equipamentos reutilizáveis, bem como os respetivos carros de transporte.

Ambiente da zona de descontaminação:

A área está separada fisicamente das outras zonas de trabalho com acesso a partir de um corredor de serviço;
A área tem ventilação mecânica adequada de modo a criar um ambiente de trabalho confortável;
Possui iluminação adequada;
Existem instalações para lavagem de mãos e mudança da roupa perto da zona de descontaminação.
Equipamento
Tem equipamento e materiais próprios para garantir a sua limpeza e desinfecção;
As máquinas de lavagem estão instaladas, montadas em conformidade com a norma ISO 15883;
A situação ideal será ter máquinas de 2 portas com lado dos “limpos” a abrir para a zona de triagem;
Possui meios de limpeza ultrassónica de dispositivos, para lavagem/desinfeção de materiais sensíveis;
Tem instalações apropriadas para a limpeza manual de dispositivos / equipamentos;
Possui equipamentos de limpeza exclusivos para esta zona;
O pessoal adstrito, está protegido com:
Bata
Máscara
Touca
Luvas resistentes

Inspeção / Montagem

Após a descontaminação os dispositivos médicos são inspecionados, testados e montados. Para garantir a segurança da sua utilização é indispensável que os dispositivos médicos estejam limpos, funcionais e seguros.
A inspeção consiste fundamentalmente na observação do estado de limpeza e das condições de funcionamento dos dispositivos médicos.
O talão de identificação do material é incluído em cada embalagem de modo a permitir identificar o seu conteúdo.

Empacotamento
Área de produção de limpos
A embalagem destina-se a constituir uma barreira positiva contra a contaminação, bem como a oferecer proteção do respetivo conteúdo até à sua utilização;
Para que se possam cumprir todas as exigências da esterilização é indispensável que os dispositivos médicos sejam adequadamente colocados em embalagens de acordo com os requisitos da EN 868;
Os materiais das embalagens são selecionados de acordo com as características e objetivos da utilização;
Os Dispositivos médicos podem ser empacotados numa combinação de material (liso ou contentores) de forma a manter a integridade do produto;
A limpeza da zona é realizada diariamente, sendo o material de limpeza de uso exclusivo da zona;
Todo o pessoal usa roupa apropriada:
Farda/Bata;
Touca;
Calçado próprio;
NOTA: antes do inicio da atividade e sempre que se justifique, deve-se lavar as mãos.

Preparação de Têxteis

Esta zona destina-se à preparação dos materiais (roupa, compressas, ligaduras, etc.) que pela sua composição libertam um grande número de partículas.
Atualmente destinam-se essencialmente à inspeção e empacotamento de compressas, uma vez que cada vez menos se utiliza a roupa 100% algodão nos Blocos Operatórios por não conferirem de facto barreira antimicrobiana.

Esterilização

O método de eleição para esterilização nos Serviços de Saúde é o da esterilização por vapor.
A NPEN 556 define conceito estéril como sendo estado de um dispositivo médico que está isento de microrganismos viáveis.

Processos de esterilização:
Alta temperatura – vapor
Baixa temperatura – óxido de etileno
O vapor é um esterilizador eficaz por duas razões:
É um portador eficaz de energia térmica
Destrói por coagulação, as porções sensíveis internas de microrganismos penetrando facilmente a sua camada resistente de proteção exterior.

As condições necessárias à esterilização por calor húmido devem ser:
Contacto
Temperatura
Tempo
Humidade

O óxido de etileno é um agente eficaz de esterilização, destruindo microrganismos por um processo de aniquilação das proteínas e ácidos nucleicos. É um gás com alto poder de difusão e penetração.

Já estão em vigor as normas europeias para validação e controlo da rotina da esterilização de dispositivos médicos por vapor e óxido de etileno.
Um processo de esterilização corretamente controlado e validado não significa que o produto final esteja estéril.

Deve ter-se em conta outros fatores nomeadamente a carga microbiana das matérias primas e outros componentes necessários à embalagem, as condições de armazenamento e o controlo do ambiente onde os dispositivos médicos são preparados e embalados e ainda as condições de funcionamento dos equipamentos de esterilização.
Os responsáveis pela esterilização devem assegurar que, antes da libertação de carga para os serviços utilizadores, o ciclo de esterilização foi validado.

Os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas são guardados durante um (1) ano e, são os seguintes:

Registo do esterilizador
Teste de Bowie e Dick
Registo de parâmetros físicos
Ciclo de esterilização selecionado
Nome ou código do Operador
Especificação ou código de carga
Registo dos restantes testes utilizados (indicadores químicos, integrados ou outros).

Armazenamento e distribuição

Esta zona destina-se a receber as cargas após serem esterilizadas.
Depois de verificadas e inspecionadas estas cargas ou são enviadas para os serviços utilizadores ou ficam em stock ou ainda em quarentena caso tenham sido esterilizadas com óxido de etileno.
O espaço de armazenamento deve permitir a segurança do pessoal, a proteção dos artigos estéreis contra danos e contaminação, a visibilidade e a eficiência de distribuição.

A zona de armazenamento deve ser mantida em segurança e ter o acesso limitado a um número restrito de pessoas autorizadas.
Os níveis de Stock são adequados às necessidades dos utilizadores.
É feita uma avaliação contínua e um ajustamento de acordo com as necessidades.
Os Dispositivos médicos esterilizados são distribuídos e transportados em carros limpos e fechados.
A limpeza do espaço é feita regularmente e o material utilizado é específico da sala.

Áreas de Apoio

São consideradas áreas de apoio as que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais: Carácter especifico e carácter geral.
Carácter Especifico
Apoio às tarefas de limpeza e arrumação;
Apoio à higienização do pessoal e vestiário.
Carácter Geral
Aprovisionamento do material de consumo e matérias-primas;
Apoio administrativo.
Garantia de Qualidade

As instalações e máquinas são submetidas a ações regulares de manutenção.
Todos os registos são legíveis e arrumados em condições adequadas para fácil consulta e para reduzir ao mínimo a sua deterioração
Os esterilizadores, máquinas de lavagem, desinfecção e outros equipamentos designados, são submetidos a um programa de manutenção.

É obrigatório o cumprimento dos procedimentos de qualidade.
A chefia do serviço central de esterilização, é responsável pela implementação e manutenção de normas que previnam a infeção cruzada, quer do pessoal que transporta e manuseia os dispositivos médicos contaminados, quer dos utentes junto de quem posteriormente irão ser utilizados esses dispositivos médicos.

As normas são discutidas e redigidas em conjunto com a Comissão de Controlo da Infeção.
Qualidade em esterilização significa produzir dispositivos médicos seguros para os utilizadores, e clientes mediante critérios de qualidade, tempo quantidade e custos.
O controlo de qualidade é um processo contínuo, em que todos os intervenientes estão envolvidos (qualidade total).

Educação e Formação

A educação e formação contínua dos profissionais que produzem dispositivos esterilizados e desinfetados para uso no doente, são essenciais para a manutenção de padrões aceitáveis de gestão, serviço e produtividade.
A formação deste pessoal é fundamentalmente em serviço, com programas que promovem a sua compreensão sobre as variadas tarefas executadas nas diferentes zonas do Serviço central de Esterilização e sobre a importância do seu papel na globalidade do funcionamento deste
serviço e sentido amplo no programa de controlo da infecção do estabelecimento de saúde em que estão inseridos.

Vigilância da Saúde

A vigilância de saúde dos profissionais é efetuada mediante:

Exame médico antes de iniciarem funções;
São contra indicadas as situações ou histórias de alergias respiratórias, dermatoses, limitações locomotoras entre outras;
Exames médicos periódicos;
Deve ainda existir um programa de vacinação contra a hepatite B e a prova de mantoux (com vista á vacinação por BCG).

Referências Bibliográficas

Direção Geral da Saúde (2001) – Manual de Normas e procedimentos para um Serviço Central de Esterilização em Estabelecimentos de saúde; Lisboa: Direção Geral de Saúde, pag. 88.
Pina, Elaine e Contente, Fátima. (1998) – Normas de Qualidade e Práticas recomendadas para Serviços de Estilização. Lisboa.


Depois de ler e analisar o texto apresentado, responda às questões apresentadas na página seguinte.




1-      Enumera:
1.1-   as funções de uma CME num centro hospitalar.
R:



1.2- As áreas funcionais de uma CME.
R:

1.3- Indica os EPI  que consideras adequados para usar em cada uma dessas áreas funcionais
R:

2.       Identifica os vários procedimentos da responsabilidade de uma CME.
R:


3.       Indica os tipos de esterilização utilizados na CME do Centro Hospitalar da Cova da Beira
R;



4.       Indica os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilização foi produzido de acordo com todas as especificações requeridas.
R:




5.       Indica as áreas de apoio de carácter especifico e carácter geral que se destinam a providenciar as condições necessárias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais da CME.
R:





6.       Indica como é efetuada  a vigilância de saúde dos profissionais  que trabalham na CME.





Conclusão: Não conseguimos  cumprir  com o que estava previsto, ficando a ficha por corrigir.


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