23/09/2015
Sumário:
Esterilização de artigos hospitalares- breve introdução.
Estrutura funcional e organizacional de uma central de material
(CME).
Seleção e preparação do material para a esterilização.
Tipologia do material clínico próprio a cada serviço sujeito
a esterilização.
No começo da aula a professora ditou o sumário relativo à aula.
Após a escrita do sumário, começamos por ler a ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.
De seguida, visionamos e analizamos os diapositivos de um Power Point.
No começo da aula a professora ditou o sumário relativo à aula.
Após a escrita do sumário, começamos por ler a ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.
De seguida, visionamos e analizamos os diapositivos de um Power Point.
Ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.
Curso
Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas - 57 Tempos Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira
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ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS EM UNIDADES HOSPITALARES
Desde que existe uma associação importante entre o
uso de artigos de serviços de saúde e a ocorrência de infeções, é necessário
estabelecer medidas eficazes de processamento dos mesmos, visando à minimização
do risco de transmissão de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS). De
acordo com o seu uso, os artigos devem ser submetidos a processos eficazes de
limpeza, desinfeção ou esterilização para atingirem os objetivos necessários.
A qualidade do processamento de artigos de serviços
de saúde representa um dos pilares na prevenção de IRAS e relaciona-se tanto à
garantia de sua submissão a processos de redução ou destruição microbiana,
quanto a sua funcionalidade e integridade, a fim de evitar danos ao paciente na
sua utilização.
Para garantir e obter os melhores desfechos no
processamento dos artigos de serviços de saúde devem ser considerados diversos
fatores relacionados à qualidade do processo: o tempo de duração da aplicação
do processo; a temperatura e a pressão sob as quais o processo é aplicado; a
quantidade ou concentração de calor ou agentes químicos; a natureza do artigo
submetido ao processo; o tipo e a contagem de microrganismos, inclusive os
esporos; e se o artigo está contaminado com fluidos corporais que podem atuar
como um revestimento protetor para o microrganismo.
O processamento de artigos é uma das atividades
mais importantes em serviços de saúde e está associado diretamente a prevenção
das IRAS, a segurança e a qualidade de assistência ao paciente.
Esterilização é o processo que se utiliza
de agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida
microbiana. Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a
probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que os contamina é menor do
que 1: 1.000.000. Esse critério é o princípio básico dos testes biológicos
usualmente utilizados para controlar o processo de esterilização. É preciso que
se saiba que a definição dos processos de esterilização inclui parâmetros para
esterilização previamente definidos em condições laboratoriais. Um destes
parâmetros é a carga microbiana que é o termo utilizado para denominar a
quantidade de microrganismos presente no objeto a ser esterilizado. A limpeza
prévia é o principal fator que reduz a carga bacteriana dos artigos, e quanto
mais limpo estiver um artigo, menor as chances de haver falhas na
esterilização. A sobrevivência de microrganismos ao processo de esterilização
pode decorrer de falhas humanas e mecânicas. As principais falhas humanas, além
da limpeza deficiente, são emprego de invólucros inadequados, confeção de
pacotes demasiadamente grandes, posicionamento incorreto na câmara de
esterilização, tempo de exposição insuficiente ao agente esterilizante, entre
outras.
II – ESTRUTURA FUNCIONAL E ORGANIZACIONAL DA
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
A CME deve estar localizada próxima aos
serviços que supre, em local distante da circulação do público e que seja de
uso restrito aos funcionários que atuam na área. As paredes e pisos devem ser
de material resistente, lavável, de fácil limpeza, liso, sem frestas ou
saliências que propiciem o acúmulo de sujidade. As janelas amplas, altas e teladas.
Recomenda-se um sistema adequado de exaustão, ventilação e iluminação. A
disposição dos equipamentos, das pias e das bancadas de trabalho, deve permitir
um fluxo contínuo sem retrocesso e sem cruzamento de material limpo com
material contaminado. As dimensões da CME devem ser proporcionais ao tamanho e
complexidade da unidade de saúde. Deve ser dividida em:
a)
Área Contaminada – Local destinado a receber os artigos
contaminados e a executar os procedimentos de limpeza e secagem do material.
b)Área Limpa – Local destinado à execução dos
procedimentos de preparo, acondicionamento, esterilização, armazenamento e
distribuição do material.
Podem ser consideradas as seguintes subáreas:
Área para lavagem de materiais:
Área para receção e preparo de roupa limpa
Área de preparo de material
Área de esterilização – O tamanho depende
do nº de equipamentos utilizados. A distância mínima entre as
autoclaves é de 60cm;
Área para armazenagem e distribuição de
material estéril
FLUXO DO
MATERIAL NA CENTRAL DE MATERIAL
Área contaminada
⇓
Recebimento/ Limpeza, lavagem, secagem
⇓
Área Limpa
⇓
Preparação /Desinfeção ou Esterilização
⇓
Armazenamento
ATENÇÃO! Recomenda-se
que haja uma barreira física separando a área contaminada da área limpa.
O Enfermeiro deve ser o responsável pelo
setor, devendo investir em treinamento e reciclagem do pessoal auxiliar, na
elaboração de manuais operacionais, na supervisão e controlo das operações,
efetuar testes de controlo microbiológico e participar junto a CCIH de medidas
preventivas.
III –
SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO
As medidas relativas à esterilização devem
ser compreendidas e implementadas pela categorização dos graus de risco de
aquisição de infeção implicados com o uso destes artigos pelos pacientes.
Possibilita a aplicação correta e mais econômica dos meios de limpeza,
desinfecção e esterilização.
Artigos críticos – São todos os artigos que entram em
contato com tecidos subepiteliais, sistema vascular e em outros tecidos
estéreis. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.:cateteres cardíacos,
artigos cirúrgicos.
Artigos semicríticos – São todos os
artigos que entram em contato com a mucosa e pele não intacta. A desinfecção de
alto nível é suficiente. Ex.: tubo orotraqueal, equipamento respiratório.
Artigos não críticos – São todos os
artigos que entram em contato com a pele íntegra. Dependendo da particularidade
do artigo e grau de contaminação, poderá ser apenas lavado com água e sabão ou
receber desinfecção de nível intermediário ou baixo. Ex.: termómetro, arrastadeiras.
LIMPEZA
DOS ARTIGOS
Consiste na lavagem, enxague e secagem do material. Uma
limpeza eficiente consiste na retirada total de matéria orgânica e pirógenos
depositados em diversas partes do material. Pode ser:
Manual – Utilizando-se instrumentos
simples como escovas, estiletes.
Mecânica – Utilizando-se outros
equipamentos como máquinas lavadoras ou de ultrassom.
Para a maioria dos artigos, quando
utilizamos a limpeza mecânica é necessária uma inspeção após a lavagem,
verificando a presença de resíduos, funcionalidade e deterioração do material.
Os produtos na linha de limpadores enzimáticos são recomendados como uma opção
de limpeza, facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos
ocupacionais. Além de serem excelentes removedores de matéria orgânica, estes
limpadores enzimáticos não causam danos por corrosão aos instrumentais e
artigos médicos cirúrgicos, são atóxicos, biodegradáveis e de fácil
manipulação. A água p/ lavagem do material deve ser desmineralizada,
desionizada e dessalinizada.
ATENÇÃO! Ao
realizar esta etapa o profissional deve estar paramentado com os equipamentos
de proteção individual (EPI) – Luvas de
borracha antiderrapantes e de cano longo, avental impermeável, gorro, máscara e
óculos de proteção.
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