Lições nº 5 e 6
18.09.2013
Sumário: Continuação dos estudos dos conceitos relacionados
com a higienização de zonas hospitalares.
Realização de uma ficha de trabalho sobre produtos,
frequência e métodos de higienização.
A professora de HSCG começou a aula a explicar e a mandar os alunos a ler e analisar a ficha que a seguir se indica e responder as questões incluídas na mesma.:
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Curso Profissional Técnico Auxiliar
de Saúde
Módulo 4: Prevenção
e controlo da infeção na higienização de roupas, espaços, materiais e equipamentos
Ficha de
trabalho N.º1
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Lê o texto a seguir, adaptado de
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO E
LIMPEZA EM CONTROLO DE INFECÇÃO - GRUPO
DA GESTÃO DE RISCO CLÍNICO E DAS INTERVENÇÕES EM SAÚDE DO ACES PINHAL INTERIOR
NORTE 1”
e responde às perguntas apresentadas no final
“Implementar
uma cultura de segurança, de modo que a prevenção e controlo das infeções
associadas aos cuidados de saúde (IACS) seja vista como parte integrante das atividades
diárias dos profissionais de saúde, contribuindo para a qualidade dos cuidados
e para a segurança dos doentes/utentes.
Promover
uma boa higienização das instalações das Unidades de Saúde, de forma a prevenir
e/ou reduzir as IACS;
Definir
procedimentos e métodos de limpeza e de desinfeção para as Unidades de Saúde,
de acordo com a natureza das estruturas e o risco potencial de infeção;
Definir
formas de atuação e escolha dos antisséticos e desinfetantes;
Facilitar
a supervisão da higienização das instalações nas Unidades de Saúde.
Aplica-se
a todas as Unidades de Saúde do ACES do Pinhal Interior Norte 1
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DAS
UNIDADES DE SAÚDE EM FUNÇÃO DO RISCO DE INFEÇÃO
O
risco de infeção das diferentes áreas das Unidades de Saúde está relacionado
com a especificidade da atividade dos cuidados de saúde prestados e com a suscetibilidade
dos utentes. Cada área das Unidades de Saúde deverá ser identificada, área
critica, semi critica ou não- critica, de acordo com o quadro 1.
Quadro
1- Classificação das
áreas das Unidades de saúde de acordo com o risco de infeção

Fonte: Dos
autores com base em Yamaushi, N. I.; Lacerda, R.A.; Gabrielloni M.C. in
Fernandes A.T. (2000)
HIGIENIZAÇÃO
Quadro
1.1- Conceitos
de higienização





PROCESSO
DE HIGIENIZAÇÃO
Produtos
para higienização:
A
escolha dos produtos depende de:

Tipo
de procedimento que pretendemos realizar (se vamos lavar, ou se é
necessário lavar e posteriormente desinfetar).

Tipo
de superfície que vamos higienizar (equipamento, material clínico,
pavimento). Características do material (se é metálico ou não metálico,
inox ou outro tipo de material).
A
utilização desses mesmos produtos varia de acordo com a aplicação das
propriedades e concentração de cada um deles, conforme quadro apresentado no
final.
FREQUÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO
A
periodicidade de execução dos procedimentos de higienização de superfícies,
materiais e equipamentos, deverão ser adequados às necessidades, tendo em vista
a correcta higienização da unidade.
Neste
manual, será estipulada a frequência dos diversos procedimentos a realizar nos
vários locais da unidade de saúde: diariamente, semanalmente ou outra.
MÉTODO DE HIGIENIZAÇÃO
Tão
importante é o procedimento, como o modo como este se realiza. Para realizar a
higienização da unidade, o profissional deverá:

Usar equipamento de proteção
individual adequada;

Usar
material adequado ao procedimento e à área a higienizar (baldes, panos, rodo,
sacos e outros);

Remover
da unidade todo o material clínico, resíduos e roupas contaminados e/ou
desnecessários à continuidade do tratamento;

Preparar diluição correta para a
lavagem e substituir águas entre salas;

Iniciar
a lavagem pelas superfícies altas (de cima para baixo) e posteriormente os
pavimentos (da zona mais limpa para a mais suja), do fundo da sala para a
porta.

Superfícies altas e pavimentos
deverão ser desinfetados em situações de:
- Derrame de fluidos;
- Derrame de medicamentos;
- Desinfeção periódica/programada.

Lavar e desinfetar todo o
material utilizado, deixando-o a secar invertido.
Recomendações
... “Mais vale uma boa lavagem,
do que uma má desinfeção”...

Lavar antes de desinfetar.

Nunca juntar detergente e desinfetante.

Nunca
juntar água quente ao desinfetante pastilhas (Presept®). Nunca juntar água ao
Hipoclorito de Sódio a 1%.


Depois
de desinfetar com Hipoclorito de Sódio a 1%, de preferência deve passar a
superfície com água limpa.
Quadro 1.2 - Produtos de Higienização
CONHECIDO POR
|
PROPRIEDADES
|
APLICAÇÃO
|
CONCENTRAÇÃO
|
|
Bio SL Rosa
(Creme
das mãos)
|
Detergente
|
Lavagem higiénica
|
Puro + água
|
|
Quinapol
®
Detergente líquido do chão
|
Detergente
|
Lavagem de
pavimentos
|
50 ml por cada 5l de
água
|
|
Hipoclorito
de Sódio a 1%
|
Desinfetante
|
Superfícies
não metálicas
|
Puro
|
|
Presept ®
Trocloseno
2,5
|
Desinfetante
|
Superfícies e urinóis
|
1
past + 10 l água
|
|
Hibicet ®
Clorohexidine e cetrimida
|
Desinfetante
|
Materiais
|
Diluição conforme o
procedimento
|
|
Álcool a 70º
|
Desinfetante
|
Superfícies metálicas
|
Puro
|
|
Desinfetante das
mãos
|
Mãos
|
Puro
|
||
Desinfetante
das mãos de base Alcoólica
|
||||
Conceitos importantes:
1 – LIMPEZA
Processo
mecânico de remoção de sujidade, mediante o uso da água, sabão e detergente
neutro ou detergente enzimático para manter em estado de asseio os artigos e
superfícies. A limpeza constitui o primeiro passo nos procedimentos técnicos
de desinfeção .
2 – DESCONTAMINAÇÃO
É o
processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e
superfícies tornando-os aptos para o
manuseio seguro.
3 – DESINFEÇÃO
Destruição de microrganismos, exceto os esporulados, pela aplicação de
meios físicos ou químicos, em artigos ou superfícies.
4 – ESTERILIZAÇÃO
É o
processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, a tal
ponto que não seja mais possível detetá-los através de testes microbiológicos
padrão.
5 – ARTIGOS : Utensílios utilizados pelo paciente e
pelos profissionais de saúde em seu tratamento:
seringas, equipas
6 – SUPERFÍCIES:
Compreende mobiliários, pisos, paredes, portas, tetos, janelas, equipamentos e
demais instalações.
7-DESINFEÇÃO CONCORRENTE: É a desinfeção feita nas
dependências ,enquanto ocupadas por paciente e ao término de
procedimentos contaminados por matéria orgânica (sangue, secreções,
excrementos).
8- DESINFEÇÃO
TERMINAL: É a desinfeção feita ao final da
jornada de trabalhos.
Perguntas:
1.
Explica a importância da classificação das áreas
das unidades de saúde de acordo com o risco de infeção (críticas, semi-críticas
e não-críticas), tendo em conta o processo de higienização.
2. Explica os seguintes conceitos:
2.1.
Limpar
R: É importante definir os diversos tipos de área hospitalares pois facilita os procedimentos de limpeza e/ou desinfeção das mesas.
2.2.
Desinfetar
R: Processo mecânico de remoção de sujidade, mediante o uso da água, sabão e detergente neutro ou detergente enzimático para manter em estado de asseio os artigos e superfícies. A limpeza constitui o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfeção.
2.3.
Esterilizar
R: Destruição de microrganismos, exceto os esporulados, pela aplicação de meios físicos ou químicos, em artigos ou superfícies.
2.4-Distingue
limpeza de lavagem
R: A limpeza é efetuada com vassoura, e a lavagem é efetuada com panos húmidos.
3.
Indica a tipologia dos produtos/ métodos utilizados em:
3.1.
Lavagem
R: A tipologia dos produtos/ métodos utilizados na lavagem é o detergente e água/ dependendo das regras de cada lugar/ área que tivermos a limpar (baldes, panos, rodo, sacos e outros...)
3.2.
Desinfeção
R: A tipologia dos produtos/ métodos utilizados na desinfeção é o desinfetante/ dependendo das regras de cada lugar/ área que tivermos a limpar (baldes, panos, rodo, sacos e outros...)
4- Transcreve as principais regras
que um técnico auxiliar de saúde deve seguir para realizar a higienização da unidade.
R: Usar equipamento de proteção individual adequada;
Usar material adequado ao procedimento e à área a higienizar (baldes, panos, rodo, sacos e outros); Remover da unidade todo o material clínico, resíduos e roupas contaminados e/ou desnecessários à continuidade do tratamento;
Preparar diluição correta para a lavagem e substituir águas entre salas;
Iniciar a lavagem pelas superfícies altas (de cima para baixo) e posteriormente os pavimentos (da zona mais limpa para a mais suja), do fundo da sala para a porta.
As superfícies altas e pavimentos deverão ser desinfetados em situações de:
Usar material adequado ao procedimento e à área a higienizar (baldes, panos, rodo, sacos e outros); Remover da unidade todo o material clínico, resíduos e roupas contaminados e/ou desnecessários à continuidade do tratamento;
Preparar diluição correta para a lavagem e substituir águas entre salas;
Iniciar a lavagem pelas superfícies altas (de cima para baixo) e posteriormente os pavimentos (da zona mais limpa para a mais suja), do fundo da sala para a porta.
As superfícies altas e pavimentos deverão ser desinfetados em situações de:
- Derrame de fluidos;
- Derrame de medicamentos;
- Desinfeção periódica/programada.
Lavar e desinfetar todo o material utilizado, deixando-o a secar invertido.
Bom trabalho J
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