2014/11/24
Sumário: Preparação de produtos a aplicar nos processos de higienização:
-Mistura, diluição e dosagem adequada.
As precauções a ter em conta.
Tarefas que sob-orientação de um profissional de saúde que o técnico auxiliar de saúde terá de realizar sobre os temas abordados no módulo 4.
A aula começou pela entrega das fichas, e explicação de resolução de algumas perguntas, por causa da realização do teste que se ia realizar dia 1 de dezembro. As fichas serviram de auxilio para o teste.
ESCOLA SECUNDÁRIA AFONSO LOPES VIERIRA
CURSO
PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Higiene Segurança e Cuidados Gerais
Ano Letivo: 2013/14
M4: Prevenção e
controlo da infeção na higienização de roupas, espaços, materiais e
equipamentos
EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Os profissionais
de saúde estão expostos a diversos riscos ocupacionais. A adoção de medidas de
precauções-padrão ou universais, medidas básicas de prevenção e adotadas
indistintamente em todos os atendimentos em saúde, são normas de biossegurança
que impedem que os profissionais se infetem ou sirvam como vetor de
microrganismos patogênicos para outros pacientes ou seus familiares. Dentre
essas medidas estão o uso de equipamento de proteção individual (EPI), a
imunização dos profissionais de saúde e
a lavagem criteriosa das mãos.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Compreende
um ou mais dispositivos utilizados para proteção dos profissionais das diversas
áreas, da contaminação por microrganismos patogênicos. O EPI também protege os
pacientes de contaminação por patogénios oriundos da equipe profissional e de
outros pacientes (contaminação cruzada).
Avental
|
Protege contra o contato com sangue e outros
fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e respingos
provenientes do atendimento ao paciente e dos procedimentos térmico, mecânico
e químico. Recomenda-se o de mangas longas, descartável. O impermeável deve
ser usado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e
superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade. O avental plumbífero protege profissional e pacientes de exposição
radiológica.
|
Máscara
|
Deve cobrir boca e nariz, permitindo respiração
normal sem irritar a pele. Deve ser descartável, com tripla camada de
proteção, sendo trocada no final de cada período de trabalho ou se ficar
umedecida ou quando observar-se contaminação.
No atendimento a pacientes com tuberculose ativa
e no manuseio de produtos químicos, utilizar máscaras especiais.
|
Gorro
|
É barreira mecânica contra a contaminação por
secreções e aerossóis, além de impedir a queda de cabelo nas áreas de
procedimento. Preferencialmente descartável, trocado a cada turno de
trabalho.
|
Protetor
Ocular
|
Utilizado nos procedimentos de limpeza e
desinfecção de artigos e superfícies, bem como no atendimento aos pacientes
quando houver risco de contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos.
Protege os olhos do impacto de partículas volantes, de luminosidade intensa,
de radiação ultravioleta e de respingos de produtos químicos e material
biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir
lavagem com água e sabão líquido e desinfecção quando indicada. Recomendado
ao paciente quando houver possibilidade de acidente físico, químico ou
biológico. O protetor ocular pode ser substituído pelo protetor facial,
fabricado em policarbonato.
|
Luvas
|
Indispensáveis para proteger o profissional em
suas atividades de contato direto ou indireto com matéria orgânica (sangue,
secreções, tecidos). Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os
procedimentos. São barreiras físicas contra a contaminação cruzada e dos
profissionais da saúde, reduzindo severamente os riscos ocupacionais.
Protegem as mãos contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes,
perfurantes, químicos, biológicos, térmicos e elétricos.
|
Calçados
|
Para proteção
dos pés contra acidentes com eletricidade e contra agentes químicos,
térmicos, cortantes, escoriantes, além de proteger da umidade quando da
execução de ações que utilizem água. Devem ser fechados e com sola do
antiderrapante. Os calçados de proteção utilizados pelos profissionais de
limpeza, são utilizados para proteger os pés em locais húmidos ou com
quantidade significativa de material infetante; devem ser de PVC,
impermeáveis, resistentes, de cor clara, com cano ¾ e solado antiderrapante.
|
Tipos
de luvas
|
1. Luvas de
procedimentos: normalmente de látex; indicadas para proteção
profissional durante procedimentos clínicos de rotina, em situações onde não
haja risco de contaminação para o paciente. Não são estéreis. Devem ser
descartadas a cada atendimento. As de vinil são recomendadas aos
profissionais alérgicos ao látex.
|
2. Luvas
cirúrgicas: são estéreis e indicadas para procedimentos cirúrgicos,
curativos, suturas, ordenha e outros procedimentos invasivos. Devem ser
descartadas a cada atendimento
|
|
3. Luvas grossas de PVC: utilizadas nos
procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies. Ideal para o
processamento de instrumental contaminado. Dá maior proteção nos períodos de
longo contato com produtos químicos. São indispensáveis para proteger o
profissional de limpeza em suas atividades e de qualquer contato direto ou indireto
com material orgânico (sangue, secreções, excretas, tecidos). Devem ser de PVC,
impermeáveis, resistentes, de cor clara, antiderrapantes e de cano longo.
Admite-se, também, o uso de luvas de borracha que são mais flexíveis.
|
|
4. Luvas de plástico: usadas como sobre luvas
para manuseio de artigos fora do campo de trabalho.
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5. Luvas antitérmicas: usadas na Central de
Material Esterilizado (CME), protegem de acidentes no manuseio de embalagens
aquecidas durante o processo de esterilização.
|
Responde
ás seguintes questões:
1-Define
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ou EPI
2-Seleciona
os EPI a utilizar nas seguintes situações:
2.1Limpeza
de instalações sanitárias
2.2
Substituir a roupa de cama num quarto de isolamento com doente com tuberculose.
2.3
Fazer a cama de lavado de um doente no pós operatório
2.4
Substituir roupa de cama sem qualquer contaminação orgânica.
2.5
Higienização diária de mobiliário de paciente
2.6
Limpeza terminal programada de enfermaria
2.7
colocação de roupa suja na máquina de lavar na lavandaria
2.8
Dobragem e passagem de
ESCOLA
SECUNDÁRIA AFONSO LOPES VIERIRA
CURSO
PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Higiene Segurança e Cuidados Gerais
Ano Letivo: 2014/15
|
Módulo 4: Prevenção e controlo da infeção na
higienização de roupas, espaços, materiais e equipamentos
Nome: _____________________________________________________________________em __/__/__
HIGIENE
GERAL DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS- Produtos utilizados na higiene
dos espaços e equipamentos- - Os produtos de lavagem e desinfeção: - Tipo
de produtos; - Aplicação e utilização; - Preparação de produtos: mistura,
diluição e dosagem adequada; - As precauções a ter em conta.
Métodos de Descontaminação:
1- LIMPEZA - Remoção da matéria
orgânica/inorgânica por ação mecânica da água e de um detergente ou sabão,
reduzindo em mais de 80% os microrganismos existentes. Pré-requisito para a
desinfeção e esterilização visto que a presença de matéria orgânica e
inorgânica interfere com a efetividade destes processos.
2- DESINFEÇÃO - Destruição da maior
parte ou da totalidade dos microrganismos patogénicos, excetuando as
formas esporuladas. Pode ser:
2.1.Química
- através da utilização de desinfetantes
2.2.Física
- pela utilização de temperaturas elevadas (termodesinfeção)
3-ESTERILIZAÇAO - Destruição total dos
microrganismos existentes nos materiais e equipamentos, incluindo as formas
esporuladas. Pode ser por:
3.1.
Métodos Químicos - desinfetantes alta potência
3.2.
Métodos Físicos - calor húmido, calor seco, radiações ionizantes
3.3.
Métodos Físico - químicos - esterilizadores de baixa temperatura associados a químicos.
Produtos utilizados na higiene dos
espaços e equipamentos:
DETERGENTE - Substância que atua por
efeito mecânico e não tem efeito antimicrobiano direto. Eficaz na remoção de80 %dos
microrganismos.
1-Devem
ser adequados às áreas e equipamentos a limpar/lavar.
1.1.Materiais
e equipamentos
.Uso
geral
.Desincrustantes
.Enzimáticos
1.2.Higienização
das mãos
.Lavagem
com água e sabão
.Lavagem
com água e sabão antimicrobiano
.Cloro-hexidina
.Iodopovidona
4% solução detergente
DESINFECTANTE
- Substância química capaz de eliminar por ação direta os microrganismos
indesejáveis, inativando-os ou reduzindo-os para um nível não prejudicial à
saúde.
ANTISSETICO - É um
desinfetante químico que pode ser aplicado em tecidos vivos EX: Álcool, Água
oxigenada, Betadine, Cloro-hexidina
Potência antibacteriana
|
Espetro/atividade
|
Exemplo
|
Baixa
|
Bactericida
|
Derivados
de amónio quaternário
|
Média
|
Tuberculocida, virucida,
Fungicida, bactericida
|
Etanol
e álcool isopropílico
|
Elevada
|
Esporicida, micobactericida, virucida, Fungicida, bactericida
|
Formol,
gluteraldeido, hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogénio
|
PRINCIPIOS BÁSICOS NA UTILIZAÇAO DE DESINFECTANTES
A limpeza precede
sempre a desinfeção
A desinfeção não pode
substituir a limpeza
.Respeitar o tempo de atuação
Utilizar diluições corretas.
Indicações para utilização
de desinfetantes:
Nome
|
Indicações
|
Modo
de utilização
|
|
Etanol ou álcool etílico a 70º
|
Desinfeção de materiais, equipamentos
e pequenas superfícies
|
Depois de bem lavado, enxaguado e
seco, passar com álcool a 70º e deixar secar
|
|
Hipoclorito de sódio ou lixívia
|
1% de cloro ativo – aplicação direta
em salpicos e derrames de matéria orgânica
|
Absorver a matéria orgânica com
toalhetes, aplicar o hipoclorito de sódio e deixar atuar 2 minutos. Lavar de seguida com água e
detergente
|
|
0,05 e 0,1 de cloro ativo – desinfeção
de materiais e equipamentos
|
Depois de bem lavado, enxaguado e
seco, passar com pano embebido em solução, deixar atuar durante 10 minutos,
enxaguar e secar
|
||
Volume de lixívia
|
|||
0,05%
|
0,1%
|
0,5%
|
1%
|
Colchões almofadas e cadeirões
|
Camas, mesas de cabeceira e de
refeições, cadeiras de rodas
|
Desinfeção de unidades de isolamento
|
Aplicação direta em matéria orgânica
|
Fatores interferem na eficácia dos
desinfetantes:
.A concentração
.Tempo de contacto
.Temperatura
.Presença de matéria orgânica
.pH
Preparação de soluções:
É por vezes necessário obter
diferentes concentrações a partir de uma solução-mãe inicial mais concentrada,
ou seja, proceder a diluições. O volume da solução-mãe que é necessário
utilizar pode calculado recorrendo à fórmula.
C1V1=C2V2
Onde C1 representa a concentração da solução-mãe e C2 a concentração que se pretende na nova solução. V1 e V2 representam, respetivamente, o volume
necessário da solução-mãe e o volume da solução a preparar.
Exemplo:
Imagine-se que a partir
de uma solução de glicose a 10% se pretende preparar 10ml de uma solução de
glicose a 2%. Assim, substituindo os valores da fórmula, vem:
10V1=2x10
V1=2 ml
Serão então necessários 2ml da
solução da glicose a 10% (solução-mãe), aos quais se adiciona água destilada
até perfazer um volume de 10ml.
Nota: A lixívia doméstica tem uma concentração de cerca de 5%
hipoclorito sódio.
Exercícios:
1. Imagina que pretendes proceder
à limpeza, com uma solução de lixivia, de colchões, almofadas e cadeirões. Para
tal prevês utilizar um litro de solução
de hipoclorito de sódio.
1.1. Indica qual a
concentração da solução de hipoclorito de sódio que deves utilizar.
Resposta: 0.05%
1.2. Calcula a quantidade de
lixívia de deves adicionar a 1 litro de água para preparares a solução com a
concentração adequada.
Resposta: C1=0.05% C2=5% V1=1L V2=x
0.05*1=5*x
0.05*1=5x
0.05=5x(=)x=0.05/5(=)x=0.01l
2. Imagina que terás de proceder
à desinfeção de unidades de isolamento. Para tal vais utilizar um balde que já contém 5l de
água.
2.1. Indica qual a
concentração da solução de hipoclorito de sódio que deves utilizar.
Resposta:0.5%
Resposta: C1=5% V1=x V2=5L C2=0.5%
5*x=0.5*5
5x=0.5*5
5x=2.5(=)5x=2.5/5(=)x=0.5
Resposta:C1*V1=C2*V2
96*x=70*200
96x=14000(=)x=14000/96(=)x=145.8ml
Bibliografia:
GONÇALVES,S; AMARAL, C; “A vida
ao microscópio-Técnicas laboratoriais de biologia, bloco I”, Guia do
professor, Porto Editora, 1999.
Para concluir, a aula decorreu bem, apesar de não termos tido tempo de corrigir a 1 ficha colocada no relatório 31.