2º As - 2014/15

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Relatório nº38


Lição nº 71 e nº 72                                                                                                2012/12/03
Sumário
Precauções de infecção associadas ao transporte de doentes e de amostras biológicas.
Prevenção da infecção associada à utilização do equipamento de protecção individual.

A professora Teresa começou a aula por abordar e finalizar um assunto da aula anterior, fazendo no fundo uma síntese sobre a infeção invasiva que tínhamos analisado através da ficha “O utente submetido a intervenção invasiva”, onde se tratava das regras de precaução básicas que se tem que ter cada vez que um utente é sujeito a uma intervenção cirúrgica. A ficha também fazia referência às precauções de isolamento, como minimizar o aparecimento de batérias e os vários tipos de mecanismos invasivos para além da cirurgia
. De seguida continuámos a analisar a mesma ficha:


Prevenção da Bacteremia Associada ao uso de Cateter Venoso Central (CVC)
§  Higienização das mãos
§  Manter técnica asséptica durante a coloração do CVC
§  Uso de solução de clorhexidina na preparação cutânea
§  Uso de barreiras de protecção máxima e campos grandes
§  Evitar a colocação de cateter na veia femoral
§  Manipulação adequada do CVC
§  Remover o uso de cateteres não necessários
§  Educar e treinar adequadamente os profissionais.
Prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação
§  Não substituir os circuitos do ventilador por rotina (só se especificamente indicado)
§  Higienização das mãos com solução alcoólica
§  Protocolos de sedação e desmame (minimizar a necessidade de ventilação invasiva)
§  Usar soluto de clorhexidina na higiene oral
§  Educar e treinar adequadamente os profissionais.

Prevenção da Infeção Urinária
§  Manter técnica asséptica durante a algaliação
§  Usar sistema de drenagem de urina fechado e estéril
§  Higienização adequada do meato urinário antes da algaliação
§  Manipulação adequada da algália e sistema de drenagem
§  Educar e treinar adequadamente os profissionais.
Analisámos de seguida uma lista de recomendações para a prevenção da infeção associada à utilização de dispositivos invasivos:

§  Necessidade de questionarmos diariamente a sua indicação, procurando alternativas e minimizando o seu uso desnecessário.
§  Respeitar as medidas globais de controlo de infecção, (higienização adequada das mãos no tratamento dos doentes com dispositivos invasivos)
§  Manipular adequadamente esses dispositivos
§  Educar e treinar adequadamente os profissionais - estabelecendo programas educativos com informação sobre a base racional destas medidas e treino adequado da sua utilização
§  Monitorizar a incidência da infecção associada a estes procedimentos ajustada ao seu uso, reconhecer os problemas e identificar oportunidades de melhoria
§  Estabelecer estratégias de implementação das medidas de prevenção com base em medidas simples e focalizada nos problemas identificados
§  Estabelecer um plano de auditoria antes e após a intervenção que permita monitorizar os resultados e evolução do processo
§  Informar os profissionais desses resultados e evolução da estratégia.
No decorrer da aula, começámos por analisar uma outra ficha ”Transporte de doentes”, a professora começou então por explicar a norma que se seguia.

Utilização de Equipamento Protetor Individual (EPI) no transporte de doentes dentro do Hospital
 1. O Enfermeiro responsável pelo doente, deve informar o Serviço para onde é transportado, com vista a permitir a programação do procedimento a realizar, de modo a que permaneça junto dos outros doentes o menor tempo possível e que possam ser tomadas outras medidas visando a prevenção da transmissão dos microrganismos em causa.
2. Os doentes colonizados/infetados com microrganismos transmissíveis por contacto, devem ser transportados sempre que possível com roupa limpa de modo a minimizar a quantidade de microrganismos presentes.
3. Durante o transporte, não está indicado o uso de equipamento de proteção individual (luvas, máscara, bata) por parte do profissional que acompanha os doentes. No final do transporte é imprescindível a higienização das mãos.
4. No caso da situação clínica do doente justificar cuidados diretos durante o transporte (p ex. uso de “Ambu”) o profissional que presta os cuidados poderá equipar-se com avental, se necessário luvas e deve evitar tocar nas superfícies exteriores à unidade do doente.

5. Os doentes colonizados/infetados com microrganismos transmissíveis por gotículas (por exemplo Meningococcus) ou por via aérea, (por exemplo Mycobacterium tuberculosis) devem colocar máscara cirúrgica. Explicar ao doente a necessidade da utilização da máscara e a importância de a não retirar em momento algum durante o transporte. O profissional que faz o transporte não deve utilizar proteção respiratória.

6. No final do transporte é imprescindível a higienização das mãos. Na maioria das vezes, se as mãos não apresentarem sujidade visível, é suficiente a higiene das mãos com soluto antisséptico alcoólico (Sterillium ®). Em situações particulares de risco aumentado de contaminação das mãos por agentes com fácil transmissão por contacto, (por exemplo: doentes infetados com microrganismos que provocam diarreia) as mãos devem ser lavadas com água e sabão. O profissional que faz o transporte deve ser esclarecido sobre a situação. “
Depois de dar como terminada a análise da ficha, a professora apresentou um power point sobre: Precauções básicas e o equipamento de proteção individual, mais propriamente do equipamento de proteção individual (qual, quando e como usar), da higiene das mãos (conceito, técnicas, procedimentos), do uso adequado e seguro das barreiras protectoras, dos cuidados de higiene pessoal, da vacinação e do fardamento.
Ø  Ações preventivas para a manutenção da saúde
      1- Medidas de proteção de saúde para profissionais e sua equipa:
§  exame médico periódico
§  imunização 
§   desparasitação

      2- Medidas que evitam contato direto com a matéria orgânica:
§  uso de barreiras protetoras – EPI (Equipamento de proteção individual) 

     3- Limitação da propagação de microorganismos:
§  barreiras de superfícies (ex. isolamento)
§  4 - Limpeza, desinfecção dos artigos e das superfícies
§  limpeza, desinfeção, esterilização, antissepsia
§   deitar fora o lixo contaminado e não contaminado

Ø  Uso de barreiras protetoras – EPI (Equipamento de proteção individual)
Ø  Higienização das mãos
5 momentos para a higienização das mãos:
1º Antes de entrar em contato com o paciente
2º Antes da realização de procedimentos assépticos
3º Após o risco de exposição a fluídos corporais
4º Após o contato com o paciente
5º Após o contato com as áreas próximas ao paciente.
Ø  Máscara Cirúgica
O uso de máscara cirúrgica é uma necessidade para muitos médicos, incluindo dentistas e cirurgiões e para todos os profissionais de saúde em determinadas situações.
Uma máscara cirúrgica tem dois objetivos:
§  Impedir que os micróbios do profissional de saúde ameacem o sensível sistema imunológico do paciente;
§  Manter o profissional de saúde livre das doenças.
Como utilizar a máscara cirúrgica:
1. Lave as suas mãos. Certifique-se que lava as mãos cuidadosamente com água e sabão antes de pegar na sua máscara cirúrgica.
2.Siga as instruções disponibilizadas pela marca da máscara cirúrgica. Não use a máscara se esta tiver sido previamente usada ou retirada da embalagem. Deve ser usada uma máscara nova em cada utilização.
3.Coloque a máscara cirúrgica com as mãos limpas. Uma tira de metal irá dobrar-se para se ajustar ao seu nariz; certifique-se que esta tira de metal está cobrindo o nariz e não a boca. Se a tira estiver cobrindo a boca, então a máscara está colocada ao contrário.
4.Ate os elásticos para prender a máscara no rosto. Certifique-se que os elásticos estão bem atados, mas não de forma desconfortável. Depois de atar os elásticos, a máscara deve cobrir a boca, o nariz e o queixo.
5. Não toque na máscara novamente até que precise retirá-la, mas deve lavar as mãos antes de tirá-la ou tocar na máscara por qualquer razão. Não toque no lado exterior da máscara; tente mexer apenas no interior ou os elásticos. Lave novamente as suas mãos depois de retirar a máscara.
6. Para deitar fora a máscara, enrole -a num saco plástico fechando-o de forma segura. Lave as mãos uma última vez depois de deitar fora a máscara cirúrgica.
Seja máscara ou respirador não se deve tocar na parte da frente, pois está contaminada!
Ø  Óculos de protecção ou protector facial
Agarre sempre a parte posterior  do equipamento ou a que está sobre as orelhas para retirá-las, não tocando na parte exterior estando esta contaminada. Coloque-as em local apropriado para higienização ou no recipiente de lixo adequado.

Ø  Bata
Deve cobrir integralmente o tronco, do pescoço aos joelhos, e os braços até ao pulso e apertar atrás. Aperte atrás do pescoço e na cintura.

Como despir a bata:
§  A parte da frente e as mangas estão contaminadas!
§  Proceda como indica a figura para despir a bata.
§  Coloque-a em local apropriado para higienização.

Ø  Luvas
Utilização de luvas:
Sendo uma das barreiras de proteção mais utilizadas nas instituições de saúde, as luvas quando usados indevidamente, podem, ser um veículo importante da transmissão de microrganismos.
Ø  Regras Básicas:
§  Usar sempre que se prevê contacto com produtos biológicos exceto o suor, e em contacto com pele não íntegra e mucosas.
§  Escolher o tipo de luvas adequadas ao procedimento e ao utilizador.
§  Lavar as mãos, antes e depois do procedimento.
Ø  Mudar de Luvas:
§  Entre procedimentos;
§  Entre o contacto com uma zona contaminada e uma zona limpa, no mesmo doente;
§  Sempre que no decorrer duma técnica haja rutura das luvas com contaminação das mãos;
§  Sempre que no decorrer duma técnica asséptica haja contaminação das luvas.
Ø  Objetivos da utilização:
§  Para proteção do doente: Geralmente implica o uso de luvas esterilizadas.
§  Para proteção do pessoal: Implica o uso de luvas não esterilizadas, com o objetivo de cumprir as “Precauções Básicas”.
§  Para proteção simultânea do pessoal e do doente: Pode implicar o uso de luvas esterilizadas ou não, consoante se trate, de uma técnica asséptica ou de uma técnica limpa.

Ø  Como tirar as luvas
Lave as mãos imediatamente a seguir ao tirar qualquer tipo de EPI!

Ø  Fardamento
§  A roupa de uso exterior terá que ser substituída por uma farda apropriada e exclusiva do local de trabalho.
§  A troca de roupa exterior pela farda de trabalho (fato, bata, touca, avental, sapatos, etc.), deve ser realizada apenas nas instalações próprias para o efeito. A farda deve ser de cor clara, lavável e apresentar-se em boas condições de higiene.


Ø  Higiene corporal
§  A nossa pele deve permanecer adequadamente limpa e hidratada, uma vez que esta é uma barreira que nos protege de possíveis infeções.
§   Para que seja feita uma adequada higiene corporal devemos lavar todas as partes do nosso corpo, tomando atenção a todas elas, pois todas são importantes.
§   Devemos evitar todos os produtos que possam ser agressivos para a nossa pele, provocando irritações. O mais recomendado é o uso de um sabão de pH neutro, pois este mantém corretamente o equilíbrio da pele ao respeitar o nosso próprio pH.
Ø  Medidas Preventivas
Vacinação
§  Vacinação contra o tétano e difteria (Td)
§  Vacinação contra a hepatite B (VHB)
§  Vacinação contra a gripe sazonal
Ø  Conclusão
Na minha opinião correu de forma tranquila e foi uma aula bastante produtiva porque permitiu aos alunos ficarem a conhecer as várias precauções que devem tomar como profissional de saúde, e as recomendações que temos que cumprir para o bem dos doentes, do hospital e dos profissionais de saúde. Poderemos através destes conhecimentos e normas adquiridos aplicá-los um dia mais tarde, no estágio e em toda a nossa carreira. É sempre uma mais-valia.

Mafalda Mendes

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