Lições nº 57 e 58
19.11.2012
Sumário: O técnico auxiliar de saúde como
potencial hospedeiro e/ou vector de infeções.
Situações de risco de potenciadoras de infeções: os contextos de prestação de cuidados na área de prevenção e controlo da infeção.
Situações de risco de potenciadoras de infeções: os contextos de prestação de cuidados na área de prevenção e controlo da infeção.
Começamos
por continuar a falar do preservativo, tanto feminino como masculino.
Preservativo:
·
Ter sempre um preservativo
disponível.
·
Utilizar um preservativo para
cada ato sexual. Este deve ser colocado antes da penetração, mesmo que não haja
ejaculação.
·
Manipular o preservativo com cuidado de modo a não danificar o
látex. Colocar o preservativo sobre o pénis ereto, segurando no reservatório de
modo a evitar a acumulação de ar.
·
Utilizar um lubrificante adequado (hidrossolúvel) ou pomada
espermicida, disponíveis nas farmácias. Não usar vaselina, óleos solares ou
gorduras alimentares, todos estes produtos degradam o látex.
·
Não usar um preservativo danificado - seco, que cole ou com cor
não uniforme.
·
Ter o cuidado de retirar o
preservativo, segurando na sua base, depois da ejaculação e antes do fim da
ereção, para evitar
derramamento do esperma
derramamento do esperma
·
Não utilizar um preservativo já
usado.
·
Conservar os preservativos ao abrigo do calor, da luz e da
humidade.
·
Verificar regularmente a data de validade dos preservativos. Não
usar um preservativo fabricado há mais de cinco anos.
Depois a professora entregou-nos uma ficha
sobre potenciais alvos de infecções e fizemos a leitura da mesma, sublinhando
os pontos mais importantes.
°
Potenciais
alvos da infeção
°
O/A Técnico/a Auxiliar de Saúde
como potencial hospedeiro e/ou vetor de infeção
Durante
o desenvolvimento do trabalho na área da saúde, tanto no atendimento direto ao
paciente ou nas atividades de apoio, os profissionais de saúde entram em
contato com material biológico. Como material biológico, referimo-nos a sangue,
secreções e excreções tipo vómito, urina, fezes, sémen, leite materno, escarro,
saliva e outros fluidos corporais. Estes materiais biológicos podem estar
alojando microrganismos, por isso consideram-se estes fluidos de pacientes ou
os equipamentos e ambiente que estiveram em contato com eles, como
potencialmente contaminados por germes transmissíveis de doenças. Por não se
saber se os micróbios estão ou não presentes nestes equipamentos, deve-se
sempre considerá-los contaminados. Desta forma, na rotina de trabalho deve-se
sempre estar consciente da importância de proteção ao manipular-se materiais,
artigos, resíduos e ambiente sujos de sangue e/ou secreções.
Assim,
o Técnico Auxiliar de Saúde como profissional de saúde é um potencial
hospedeiro e/ou vetor de infeção: pode ser infetado ou servir de vetor para
levar a infeção a outros doentes, colegas de trabalho e até para a comunidade.
Segundo
as Precauções Básicas todos os doentes devem ser considerados como
potencialmente infeciosos, assumir que todo o sangue e outros fluidos corporais
podem estar contaminados e assumir que todos os objetos cortantes, usados,
estão contaminados.
Assim as estratégias de prevenção das IACS,
baseadas nas Precauções Básicas, devem constar de:
Higiene das mãos;
Boas práticas nos procedimentos invasivos, como utilização de técnica
asséptica;
Limpeza, desinfeção e esterilização dos dispositivos médicos;
Uso racional de antimicrobianos;
Administração segura de injetáveis;
Descontaminação dos equipamentos;
Higiene ambiental hospitalar;
Uso racional do equipamento de proteção individual;
Uso correto e rejeição de cortantes e ou perfurantes;
Encaminhamento correto após exposição;
Correto programa de vacinação;
Boas práticas no transporte de espécimes;
Precauções com doentes que estão contaminados.
Precauções com doentes com infeções epidemiologicamente importantes;
Isolamento e colocação dos doentes colonizados / infetados conforme a via de
transmissão.
Higiene respiratória
Todos
os profissionais de saúde devem cumprir as normas e orientações, na sua
prática, de forma a prevenir e reduzir a incidência de infeções. Devem conhecer
as Precauções Básicas de prevenção e controlo de Infecção a serem aplicadas em
todas as situações. Da intervenção correta dos profissionais depende a real
prevenção das IACS e a segurança dos doentes.
Apresenta-se,
a seguir a Norma 2- Precauções Básicas - do HOSPITAL DE SANTA MARIA,
emanada da COMISSÃO DE CONTROLO DA INFEÇÃO HOSPITALAR
1-
Norma 2 - Precauções
básicas
Estas regras
pretendem prevenir a transmissão de infeções e proteger os profissionais de
saúde. Devem ser aplicadas a todos os doentes atendidos nas instituições
de saúde, independentemente do seu diagnóstico, situação clínica ou idade.
Esta
norma deve ser afixada em local visível de modo a que possa ser seguida por
todo o pessoal hospitalar.
A
lavagem correta das mãos e/ou a sua desinfeção (consoante os procedimentos
a realizar) é a precaução fundamental.
Usar luvas
quando se manipulam fluidos orgânicos (exceto suor), material
contaminado, ao tocar em mucosas ou pele não intacta e lavar as mãos
após as retirar.
Usar máscara
adequada ao tipo de risco durante procedimentos que possam provocar
aerossóis ou gotículas de fluidos orgânicos. Além da máscara, usar proteção
ocular quando se preveja a ocorrência de salpicos.
Usar bata
ou avental para proteger a pele e a roupa sempre que se preveja a sua
contaminação com fluidos orgânicos.
Manipular
a roupa suja de modo a prevenir a contaminação do pessoal que a manipula
e do ambiente.
Proteger
com pensos impermeáveis a pele do pessoal que se apresente com soluções de
continuidade.
Manipular
os objetos cortantes e perfurantes de forma a prevenir acidentes:
➔ Não recapsular agulhas.
➔ As agulhas não devem ser retiradas das seringas manualmente nem
ser dobradas ou partidas.
➔ Os materiais
cortantes e perfurantes usados devem ser colocados em contentores apropriados,
localizados o mais perto possível da área de utilização, devendo ser
inutilizados logo que se encontrem preenchidos até 3/4. Devem ficar afastados
de locais onde circulem crianças e indivíduos com perturbações do
comportamento.
Remover os
derramamentos de fluidos orgânicos o mais rapidamente possível e limpar
a superfície com água e detergente. Em caso de derramamento de sangue, deve
usar-se de preferência, grânulos de dicloroisocianurato de sódio (NaDCC), ou em
alternativa, desinfetar com hipoclorito de sódio. Ter em atenção que se houver
vidros ou outros cortantes, estes terão que ser retirados previamente com uma
pinça e colocados nos recipientes para cortantes e perfurantes. Devem usar-se
luvas durante todo o procedimento e os resíduos devem ser colocados em saco
apropriado para lixo contaminado.
Colocar em
quartos individuais, sempre que possível, os doentes com alterações de
comportamento que torne difícil a manutenção dos níveis mínimos de higiene.
Concluímos
o sumário todo. Conseguimos tirar bastantes conclusões nesta aula, como por
exemplo, os cuidados que temos a ter a partir do momentos em que iniciamos a
nossa vida sexual.
Bruna
Sobreira, nº7
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