2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

segunda-feira, 11 de março de 2013

relatorio 62

Liço nº 115 e 116                                                                06/02/2013
Sumario:


Começamos por falar sobre a visita de estudo ao Lar Emanuel, e as diferenças do plano de emergência da nossa escola e do lar. Normas de como estar na visita de estudo e sobre o que íamos visitar. Depois passamos a analisar a seguinte ficha :


Verifica-se  algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados às características do operador, quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer no espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais que utiliza nas suas funções.
Para estudar as implicações destes problemas existe uma ciência que avalia as condições de trabalho do operador, quanto ao esforço que o mesmo realiza para executar as suas tarefas.
Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de trabalho.
Segundo um conceito Ergonómico a execução de tarefas deve ser feita com o mínimo de consumo energético de modo a sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos, assim como para a proteção do próprio trabalhador.
Um dos aspetos mais curiosos da Ergonomia está relacionado com a indústria automóvel em que muitas vezes o dimensionamento do habitáculo do condutor, varia consoante o país onde o veículo é comercializado.
Entretanto, se não existir esse ajuste, teremos a presença de agentes ergonómicos que causam doenças e lesões no trabalhador.
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
·               exigência de esforço físico intenso,
·               levantamento e transporte manual de pesos,
·               postura inadequada no exercício das atividades,
·               exigências rigorosas de produtividade,
·               períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
·               atividades monótonas ou repetitivas
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos. As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos atingidos. Há registos de que essas doenças já atacavam os escribas e notários, há séculos. Hoje afetam diversas categorias de profissionais como funcionários bancários, metalúrgicos, costureiras, pianistas, telefonistas, operadores informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais que realizam movimentos automáticos e repetitivos.
Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção, o que pode ser conseguido a partir de:
·               Rotação do Pessoal
·               Intervalos mais frequentes
·               Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos;
·               Exames médicos periódicos
·               Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres
·               Postura correta sentado, em pé, ou carregando e levantando pesos
Outros fatores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis , como :
·               falhas de projeto de máquinas,
·               equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
·               deficiências de layout ;
·               iluminação excessiva ou deficiente;
·               uso inadequado de cores;
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente às dimensões e capacidades humanas onde máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia.
A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:
·               Melhores condições de trabalho
·               Menores riscos de incidente e acidente
·               Menores custos humanos
·               Formação com o objetivo de prevenir
·               Maior produtividade
·               Otimizar o sistema homem / máquina
Algumas medidas da Ergonomia
o      Corpo em Movimento
Tornar os movimentos compatíveis com a ação. Reduzir o esforço de músculos e Tendões.
o      Precisão de movimentos
Ter em atenção a sua amplitude, posição e quais os membros a utilizar.
o      Rapidez dos movimentos
Salientar sinais visuais ou auditivos.
o      Esforço estático
Uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo humano. Altura do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter apoio para os pés sempre que necessário, etc...
o      Rampas e Escadas
Para rampas a inclinação deve ser entre 0 e 20 º. Para escadas a inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 Cm. Largura mínima do degrau é de 51 Cm. Etc...
o      Portas e Tetos
Altura mínima de uma porta é de 200 Cm. Altura mínima de um tecto é de 200 Cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152 Cm.
Requisitos mínimos de segurança na movimentação manual de cargas
Por movimentação manual de cargas entende-se qualquer operação de movimentação ou deslocamento voluntário de cargas, compreendendo as operações fundamentais de elevação, transporte e descarga.
A ocorrência de acidentes neste tipo de operação é consequência de movimentos incorretos ou esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem como de períodos insuficientes de repouso, pois estamos em presença, por vezes, de cargas volumosas.
Riscos
·               Queda de objetos sobre os pés;
·               Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada por objetos penetrantes;
·               Sobre esforços ou movimentos incorretos (de que pode resultar hérnia discal, rotura de ligamentos. lesões musculares e das articulações);
·               Choque com objetos;
·               Queda de objetos;
·               Entalamento.
Prevenção
·               Utilizar de preferência chariots:
·               Não transportar em carro de mão cargas longas ou que impeçam a visão;
·               Manter as zonas de movimentação arrumadas;
·               Sinalizar as zonas de passagem perigosas;
·               Utilizar ferramentas que facilitem o manuseamento da carga;
·               Tomar precauções na movimentação de cargas longas;
·               Adotar uma posição correta de trabalho, tendo em atenção os seguintes aspetos:
a)             O centro de gravidade do trabalhador deve estar o mais próximo possível e por cima do centro de gravidade da carga;
b)            O equilíbrio do trabalhador que movimenta uma carga depende essencialmente da posição dos pés, que devem enquadrar a carga;
c)             O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polígono de sustentação;
d)            Adotar um posicionamento correto. Para tal, o dorso deve estar direito e as pernas fletidas;
e)             Usar a força das pernas. Os músculos das pernas devem ser usados em primeiro lugar em qualquer ação de elevação;
f)             Fazer trabalhar os braços em tração simples, isto é, estendidos. Devem, acima de tudo, suster a carga e não levantá-la;
g)             Usar o peso do corpo para reduzir o esforço das pernas e braços;
h)            Orientar os pés. Quando uma carga é levantada e em seguida deslocada, é preciso pôr os pés no sentido que se vai efetuar a marcha, a fim de encadear o deslocamento com o levantamento;
i)              Escolher a direção de impulso da carga. O impulso pode ser usado para ajudar a deslocar ou empilhar uma carga;
j)              Garantir uma posição correta das mãos. Para manipular objetos pesados ou volumosos, devem usar-se a palma das mãos e a base dos dedos. Quanto maior for a superfície de contacto das mãos com a carga, maior segurança existirá. Para favorecer um bom posicionamento das mãos, colocar calços sob as cargas.
Trabalho em Equipa
Deve ser designado um responsável pela manobra, que tem como atribuições:
·               Avaliar o peso da carga para determinar o número de trabalhadores necessários;
·               Prever o conjunto das operações;
·               Explicar a operação;
·               Colocar os trabalhadores numa boa posição de trabalho;
·               Repartir os trabalhadores por ordem de estatura, o mais baixo à frente.
Equipamento de Proteção Individual
·               Luvas de proteção mecânica;
·               Calçado de segurança com proteção;
·               Capacete de proteção.
Considerações Importantes
Existe uma formação deficiente acerca dos movimentos. Os operários que executam estas operações nunca foram ensinados corretamente.



As vértebras L4-L5 ou L5-S1 (L4,L5 vértebras lombares e S1 vértebra sagrada) são sujeitas a pressões elevadas quando curvamos o dorso.
Regra de ouro
Manter a coluna vertebral sempre em linha reta; deste modo, não será exercida pressão naquelas vértebras. A aproximação à carga deve ser feita o mais próximo do centro de gravidade.
Ergonomia hospitalar
A análise ergonómica do trabalho (AET), também em unidades de saúde, tem permitido o reconhecimento das variáveis humanas e ambientais. Essa variabilidade é gerida, com maior ou menor sucesso e eficácia, pelos responsáveis (seres humanos) que asseguram o funcionamento desses sistemas complexos, de acordo com os meios humanos, tecnológicos e organizacionais que cada instituição de saúde dispõe.
A utilização da Ergonomia e da sua abordagem sistémica e integrada das situações de trabalho em meio hospitalar ou em outras unidades de saúde, assume um contributo decisivo para as organizações de saúde e, por consequência para todos os envolvidos, incluindo as administrações hospitalares, os gestores operacionais, e, naturalmente, os profissionais de saúde, os doentes e seus acompanhantes. Nesse contexto, é esperável que a Segurança do Doente integre a perspetiva ergonómica, nomeadamente:
 (1) os contributos do design ergonómico, entre outros, na concepção dos serviços de saúde e respetivos postos de trabalho e na prevenção da infeção hospitalar;
 (2) o conhecimento sobre as características, capacidades e limitações humanas, em particular na adequação das exigências de carga física e mental do trabalho;
(3) os processos de funcionamento do homem em sistemas complexos, em situações reais de trabalho, valorizando, nessa perspetiva, a componente humana e, em particular, a sua fiabilidade na deteção, controlo, antecipação e prevenção de acidentes, erros e respetivos acontecimentos adversos;
 (4) o reconhecimento da existência do erro que, na maioria dos casos, é consequência, entre outros, de uma má organização, de condições inadequadas de trabalho, de uma cadeia de incompatibilidades e da ausência dos necessários apoios tecnológicos, informacionais ou de recursos humanos;
 (5) a harmonização psicossocial entre o homem e o trabalho, permitindo diminuir efeitos como o stress e o burn out. Atualmente são reconhecidas as convergências entre a Ergonomia e a Segurança do Doente e, apesar de ainda pouco divulgadas, destacam-se, nesse contexto, áreas e exemplos concretos de inovação e desenvolvimento no sentido da prevenção e harmonia entre o homem e o envolvimento hospitalar.
Como exemplos da intervenção ergonómica nos hospitais e em unidades de saúde, e da necessidade de harmonia entre o homem e o envolvimento podem-se, entre outros, referir:
1. Nos serviços de urgência:
 a.  a concepção de sistemas decisionais, por exemplo, no diagnóstico médico e na mobilização de doentes;
 b.  a introdução de sistemas de monitorização da prescrição, de diferenciação, de caracterização de embalagens e de colocação/armazenamento de medicamentos;
2. Nos serviços de cuidados intensivos:
 a.  concepção de alarmes diferenciados, apoiados em software lógico e intuitivo, em sistemas de segurança para o doente, como vigilância ativa e sistemas de posicionamento com apoio de infravermelhos;
 b.  utilização de sistemas de confirmação (necessariamente, redundantes) em todas as acções na prestação de
cuidados;
3. Nos serviços de cirurgia:
 a.  utilização de sistemas de confirmação cirúrgica da zona de intervenção e de outros elementos, por exemplo, através de listas de verificação;
 b.  concepção de utensílios/ferros (seguros, ergonómicos e de fácil utilização);
 c.  adequação dos espaços, circuitos e equipamentos à prestação de cuidados e, principalmente, às características dos utilizado 4. Nos serviços de radiologia:
 a.  concepção de equipamentos que permitam a introdução de ajudas técnicas na realização dos exames e de barreiras para proteção radiológica, quer do doente, quer dos profissionais;
 b.  utilização de sistemas sonoros de confirmação da colocação da ampola de raios X (alinhamento com o potter).
A Ergonomia hospitalar pretende, acima de tudo, contribuir para uma sociedade que invista na proteção e na promoção da saúde nos hospitais e outras unidades de saúde. Para tal, é fundamental uma forte aposta na interação harmoniosa entre o homem e o envolvimento, onde a escolha e a adaptação da tecnologia ao coletivo (antropotecnologia) possibilite, a uma população determinada, ter melhores condições de trabalho e, em geral, melhor qualidade de vida. Essa intervenção ergonómica contribuirá para a Segurança do Doente e dos profissionais de saúde.


Concluímos que aula decorreu normalmente falando sobre a visita e de ergonomia .


Sem comentários:

Enviar um comentário