2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Relatório nº1 - 11º ano - 2014/2015


Lições  1 e 2

Sumário:
  • Formas de funcionamento da disciplina;
  • Critérios de avaliação;
  • Objectivos do módulo 4;
  • Conteúdo do módulo 4;
  • Realização de uma ficha de trabalho sobre IACS.
 Os objectivos do módulo 4  da disciplina são:
·         Distinguir os conceitos de lavagem, desinfeção, esterilização e métodos e técnicas associadas.
·         Identificar a tipologia de produtos utilizados nos processos de lavagem e desinfeção: aplicação e recomendações associadas.
·         Identificar as diferentes etapas do processo de tratamento de roupas – recolha, triagem, transporte e acondicionamento, tendo em conta os procedimentos definidos e diferentes níveis de risco.
·         Identificar a tipologia de produtos de higiene e limpeza da unidade do utente: tipo de utilização, manipulação e modo de conservação.
·         Identificar as diferentes etapas do processo de lavagem e higienização de instalações e mobiliário da unidade do doente, bloco operatório, unidade de isolamento e outros serviços que tenham especificidades no controlo da infeção, tendo em conta os procedimentos definidos e diferentes níveis de risco.
·         Identificar os diferentes tipos e etapas do processo de lavagem e desinfeção de materiais: hoteleiro, apoio clínico e clínico tendo em conta os procedimentos definidos e diferentes níveis de risco.
·         Identificar os diferentes tipos e etapas do processo de lavagem e desinfeção de equipamentos, do serviço/unidade tendo em conta as instruções do fabricante, os procedimentos definidos e diferentes níveis de risco.
·         Identificar os diferentes tipos de tratamento e etapas do processo de lavagem de materiais e equipamentos utilizados na lavagem, higienização e desinfeção de instalações/superfícies do serviço/unidade tendo em conta os procedimentos definidos e diferentes níveis de risco.
·         Identificar os diferentes tipos de resíduos e tipologia de tratamento associado: recolha, triagem transporte e acondicionamento e manuseamento.
·         Explicar que as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde terão de ser sempre executadas com orientação e supervisão de um profissional de saúde.
·         Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde e aquelas que podem ser executadas sozinho.
·         Preparar e aplicar os diferentes tipos de produtos de lavagem, desinfeção e esterilização, utilizando o equipamento de proteção individual adequado, e cumprindo os procedimentos definidos para cada uma das etapas.
·         Aplicar os métodos e técnicas de lavagem e desinfeção, utilizando o equipamento de proteção individual adequado, e cumprindo os procedimentos definidos para cada uma das etapas.
·         Aplicar as técnicas de tratamento de roupa de acordo com a sua tipologia utilizando o equipamento de proteção individual adequado, e agindo de acordo com procedimentos definidos no tratamento de roupas: recolha, triagem, transporte e acondicionamento.
·         Aplicar técnicas de substituição de roupa em camas, berços e macas desocupadas mobilizando conhecimentos fundamentais sobre métodos, materiais e equipamentos de acordo com procedimentos definidos.
·         Substituir e proceder ao tratamento dos produtos de higiene pessoal da unidade do doente, de acordo com procedimentos definidos.
·         Aplicar as técnicas de tratamento de resíduos, de acordo com tipologia dos mesmos, cumprindo os procedimentos definidos para cada uma das etapas: receção, identificação, manipulação, triagem, transporte e acondicionamento.
·         Aplicar as técnicas de lavagem higienização das instalações e mobiliário da unidade do utente/serviço, utilizando equipamento de proteção individual adequado, cumprindo os procedimentos definidos.
·         Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfeção aos equipamentos do serviço, utilizando equipamento de proteção individual adequado, cumprindo as orientações dos fabricantes e os procedimentos definidos associados.
·         Aplicar as técnicas de tratamento, lavagem (manual e mecânica) e desinfeção aos equipamentos e materiais utilizados na lavagem e higienização das instalações/superfícies da unidade/serviço, utilizando equipamento de proteção individual adequado, cumprindo as orientações dos fabricantes e os procedimentos definidos associados.
·         Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfeção a material hoteleiro, material de apoio clínico e material clínico utilizando equipamento de proteção individual adequado e cumprindo os procedimentos definidos.
·         Aplicar técnicas de armazenamento e conservação de material de apoio clínico, material clínico desinfetado /esterilizado.
·         Explicar a importância de se atualizar e adaptar a novos produtos, materiais, equipamentos e tecnologias no âmbito das suas atividades.
·         Explicar a importância de manter autocontrolo em situações críticas e de limite.
·         Explicar o dever de agir em função das orientações do profissional de saúde.
·         Explicar o impacte das suas ações na interação e bem-estar emocional de terceiros.
·         Explicar a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidisciplinar.
·         Explicar a importância de assumir uma atitude pró-activa na melhoria contínua da qualidade, no âmbito da sua ação profissional.
·         Explicar a importância de cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho assim como preservar a sua apresentação pessoal.
·         Explicar a importância de agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no âmbito das suas atividades.
·         Explicar a importância de prever e antecipar riscos.
·         Explicar a importância de demonstrar segurança durante a execução das suas tarefas.
·         Explicar a importância da concentração na execução das suas tarefas.
·   Explicar a importância de desenvolver uma capacidade de alerta que permita sinalizar situações ou contextos que exijam intervenção.


Conteúdos do módulo 4
1- Conceitos associados à lavagem, desinfeção e esterilização
°         A lavagem
- Lavagem manual e mecânica
- Tipologia de produtos utilizados na lavagem manual
- Métodos de lavagem
°         A desinfeção
- Desinfeção
- Tipologia de produtos utilizados na desinfeção
- Métodos de desinfeção
°         A esterilização
- Esterilização e tipo de aplicação
- Métodos de esterilização: baixa temperatura e alta temperatura
2- Tipologia de produtos, aplicação e recomendações associadas
°         Produtos de lavagem
°         Produtos desinfetantes
3- Roupas
°         O tratamento de roupas tendo em conta os níveis de risco
- O equipamento de proteção individual
- As técnicas de manuseamento de roupa suja e lavada
- A recolha, o transporte, a triagem e o acondicionamento de roupa
- A recolha de roupa suja: procedimentos e normas associadas
- A triagem da roupa: tipo de roupa, tipo de procedimentos associados, identificação, selagem e rotulagem
- Os circuitos de transporte da roupa
°         O acondicionamento de roupa suja e lavada
°         A substituição de roupa e de produtos de higiene e conforto
- Técnicas de substituição de roupas em camas, berços e macas desocupadas
°         Normas e procedimentos de higiene, segurança e saúde no trabalho
4- Limpeza e higienização de instalações/ superfícies
°         A limpeza e higienização de instalações/ superfícies da unidade do utente e/ou serviços tendo em conta os níveis e zonas de risco
- O Equipamento de Proteção Individual
- Os Produtos de lavagem:
- Tipo de produtos
- Preparação de produtos: mistura, diluição e dosagem adequada
- As precauções a ter em conta
- Aplicação e utilização
- Os métodos e técnicas de lavagem associadas à higienização dos espaços
- Normas e procedimentos de Higiene, Segurança e Saúde no trabalho
°         A limpeza e higienização de instalações/ superfícies no post-mortem
°         A limpeza e higienização de instalações/ superfícies em unidades/ serviços específicos: Cuidados intensivos, bloco operatório, unidades de isolamento
5- Materiais
°         A lavagem e desinfeção dos materiais:
- O equipamento de proteção Individual
- A tipologia de materiais
- Os circuitos de entrega e recolha de material hoteleiro, material clínico e material de apoio clínico
- A lavagem e desinfeção de materiais: material hoteleiro, material clínico e material de apoio clínico
- Lavagem manual
- Lavagem mecânica e desinfeção térmica
- Desinfeção química de material de apoio clínico e de material clínico
°         Os Produtos de lavagem
- Tipo de produtos
- Aplicação e utilização
- Preparação de produtos: mistura, diluição e dosagem adequada
- As precauções a ter em conta
°         Armazenamento e conservação de materiais
°         Registos
6- Equipamentos
°         A lavagem e desinfeção química dos equipamentos:
- O equipamento de proteção Individual
- A tipologia de equipamentos
- Os produtos de lavagem
- Tipo de produtos
- Aplicação e utilização
- Preparação de produtos: mistura, diluição e dosagem adequada
- As precauções a ter em conta
- A lavagem e desinfeção de equipamentos
- Manual
- Mecânica
- Os métodos e técnicas de lavagem e desinfeção
- Manuais e normas de instruções do fabricante
- Manutenção preventiva
- Normas e procedimentos de higiene, segurança e saúde no trabalho
7- Materiais e equipamentos
°         A lavagem e desinfeção dos materiais e equipamentos de lavagem e higienização
- O equipamento de proteção Individual
- A tipologia de materiais e equipamentos de lavagem/higienização
°         Os Produtos de lavagem
- Tipo de produtos
- Aplicação e utilização
- Preparação de produtos: mistura, diluição e dosagem adequada
- As precauções a ter em conta
°         O tratamento, a lavagem e a desinfeção de materiais de lavagem
- Tratamento
- Lavagem manual
- Lavagem mecânica
°         O acondicionamento de produtos, materiais e equipamentos de lavagem e higienização
°         Registos
8- O tratamento de resíduos
°         A receção, a triagem o transporte e o acondicionamento de resíduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento
- Grupo I- resíduo que não apresentam exigências especiais no seu tratamento
- Grupo II- resíduos hospitalares não perigosos
- Grupo III- resíduos hospitalares de risco biológico
- Grupos IV- resíduos hospitalares específicos
°         O armazenamento de resíduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento
- Grupo I- resíduos que não apresentam exigências especiais no seu tratamento
- Grupo II- resíduos hospitalares não perigosos
- Grupo III- resíduos hospitalares de risco biológico
- Grupos IV -resíduos hospitalares específicos
9- Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde
°         Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
°         Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a,


Esta foi a nossa primeira aula de HSCG deste ano. A professora começou por falar sobre o que iríamos estudar no primeiro módulo e nada melhor do que realizarmos uma ficha sobre o assunto:

INFECÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE (IACS)
O que é a Infeção Associada aos Cuidados de Saúde e qual o seu impacto na segurança dos doentes?
A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS), anteriormente denominada de infeção nosocomial ou hospitalar – é definida como uma infeção que ocorre num doente durante a prestação de cuidados num hospital ou outra instituição prestadora de cuidados de saúde que não existia nem estava em incubação na altura da sua admissão. Inclui também infeções adquiridas no decurso da prestação de cuidados, mas que se manifestam após a suspensão dos mesmos, assim como infeções de natureza ocupacional que surgem nos profissionais da instituição. Esta designação (IACS) é mais envolvente e abrangente, no sentido em que engloba não só as infeções adquiridas em meio hospitalar mas também todas as infeções que surgem em consequência da prestação de cuidados de saúde, onde quer que os doentes se encontrem (lar, cuidados continuados, domicilio, etc.).
O aparecimento da infeção está ligado à prestação dos cuidados de saúde podendo surgir, embora nem sempre, como consequência da falha de sistemas e processos da prestação de cuidados, bem como do comportamento humano (profissionais, doentes e visitas). Deste modo, representa um problema maior da segurança dos doentes. (Direção Geral dos Hospitais, 2008)
A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde ocorre em todo o mundo, atingindo países desenvolvidos como países em desenvolvimento. O impacto das IACS é enorme, com centenas de milhares de doentes afetados anualmente em todo o mundo. Estas infeções contribuem para a morte e incapacidade dos doentes e levam á utilização de antibióticos de largo espectro, podendo contribuir para o aumento da resistência aos antibióticos.
A cada momento, mais de 1,4 milhões de pessoas sofrem infeções adquiridas no hospital. Estima-se
que, nos países desenvolvidos, 5 a 10% dos doentes admitidos em hospitais de cuidados agudos vêm a adquirir uma infeção; a proporção de doentes afetados pode ultrapassar os 25% nos países em desenvolvimento. Em locais de elevado risco, como unidades de cuidados intensivos, mais de um terço dos doentes pode ser afetado e a mortalidade atribuível pode atingir 44%. Nos EUA, as IACS são causa direta de aproximadamente 80 000 mortes por ano.
Como consequências das IACS observa-se agravamento do estado de saúde, aumento do tempo de internamento, sequelas e morte, custos económicos adicionais elevados no sistema de saúde, custos pessoais e sofrimento físico e emocional nos doentes e famílias.
Como são transmitidos os microrganismos durante a prestação de cuidados de saúde?
As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos e parasitas. No entanto, a maioria das infeções são causadas por bactérias e vírus. Os microrganismos encontram-se no ambiente das unidades de saúde e nos próprios doentes, na pele, vias respiratórias e trato gastrointestinal. Estes microrganismos são considerados parte da sua flora normal. Assim, a roupa dos doentes e da cama, o mobiliário e outros objetos no ambiente envolvente do doente ficam contaminados com a sua flora.
As infeções podem ser causadas tanto por microrganismos que fazem parte da flora da pele e mucosas do doente (endógenas), como por microrganismos transmitidos por outro doente ou do ambiente envolvente (exógenas). Os profissionais de saúde podem atuar como veículo transmissor.
As IACS surgem essencialmente como complicações decorrentes de um desequilíbrio entre a flora microbiana, considerada normal, e os mecanismos de defesa.
A transmissão dos microrganismos pode ocorrer através de contacto (direto e indireto), via aérea (gotículas) e veículos comuns e vetores.
A transmissão por contacto ocorre quando o doente contacta com a fonte e pode acontecer por:
·         Contacto direto - Contacto físico direto entre a fonte e o doente, por exemplo, contacto pessoa-pessoa.
·         Contacto indireto - A transmissão do agente infecioso da fonte para o doente ocorre de modo passivo através de um objeto (habitualmente inanimado), por exemplo, transferência de microrganismos entéricos para um hospedeiro suscetível através de um endoscópio que foi previamente contaminado por um doente colonizado/infetado.
A transmissão por via aérea refere-se a microrganismos cuja disseminação passa pela suspensão no ar e que então podem ser inalados por um hospedeiro suscetível dentro da mesma sala ou a longa distância do doente contaminado. A passagem transitória do agente infecioso acontece através de gotículas (partículas com dimensões superiores a 5µm) quando a fonte e o doente estão próximos, por exemplo, por espirros e tosse
Na transmissão por veículos comuns, um material contaminado, por exemplo, alimentos, água ou medicamentos, pode ser o ponto de partida para a transmissão do agente microbiano aos doentes.
A transmissão por vetores, como por exemplo mosquitos, pulgas, ratos, carraças, não tem grande expressão nas IACS.
O risco de transmissão existe em todos os momentos da prestação de cuidados, especialmente em doentes imunodeprimidos e/ou na presença de dispositivos invasivos (como catéter vesical, catéter intravenoso, tubo endotraqueal, etc.).
Nos hospitais concentram-se doentes infetados e colonizados por microrganismos, que são fontes de infeção e que podem contaminar outros doentes e profissionais. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento de infeções, incluem-se a sobrelotação, a não afetação de profissionais exclusivos para cuidar dos doentes infetados e colonizados, transferências frequentes de doentes de uma enfermaria para outra e a aglomeração de doentes imunodeprimidos em unidades específicas (unidades de cuidados intensivos e intermédios).
Na maioria dos casos, as mãos dos profissionais de saúde constituem o veículo mais comum para a transmissão de microrganismos da pele do doente para as mucosas (como no trato respiratório) ou para locais do corpo habitualmente estéreis (sangue, líquido céfalo-raquidiano, líquido pleural, etc.) e de outros doentes ou do ambiente contaminado.
É importante referir que as mãos dos profissionais são progressivamente colonizadas durante a prestação de cuidados com microrganismos, incluindo agentes potencialmente patogénicos (colonização transitória).
Na ausência de cuidados de higiene das mãos, quanto maior a duração da prestação de cuidados, maior o grau de contaminação das mesmas.
É possível prevenir a Infeção Associada aos Cuidados de Saúde?
Vários estudos demonstram claramente que a implementação de programas de controlo de infeção bem estruturados reduz as IACS e é uma medida custo-efetiva. Um estudo realizado entre 1974 e 1983, nos Estados Unidos – estudo SENIC – conclui que é possível prevenir cerca de 30% de todas as infeções nosocomiais.
As bases do controlo de infeção assentam em precauções simples e bem estabelecidas, comprovadamente eficazes e globalmente aceites.
As Precauções Básicas, implementadas em 1988, pelo CDC (Centers for Disease Control), englobam todos os princípios essenciais de controlo de infeção que são obrigatórios em qualquer estabelecimento de prestação de cuidados de saúde. Estas aplicam-se a todos os doentes hospitalizados, independentemente do seu diagnóstico, fatores de risco e presumível estado infecioso, de modo a diminuir o risco tanto de doentes como de profissionais de contraírem uma infeção.
A higiene das mãos está no cerne das Precauções Básicas e é indiscutivelmente a medida isolada mais eficaz no controlo de infeção.
Na presença de doentes com suspeita ou confirmação de infeção ou colonização por agentes patogénicos altamente transmissíveis, ou epidemiologicamente significativos, os cuidados requerem a implementação de medidas especiais baseadas nas vias de transmissão. As precauções baseadas nas vias de transmissão incluem precauções relativas à transmissão por via aérea, por gotícula e por contacto.
Além das Precauções Básicas e das baseadas na transmissão, foi demonstrado que algumas medidas específicas são muito eficazes na prevenção de infeções específicas de um local, ou relacionadas com dispositivos, nomeadamente infeções do trato urinário, infeções do local cirúrgico, pneumonia e infeção da corrente sanguínea. Assim, devem ser tomadas medidas para criar e implementar orientações de boas práticas, de modo a minimizar o risco de desenvolver infeção relacionada com procedimentos ou dispositivos invasivos.
Segundo as Precauções Básicas todos os doentes devem ser considerados como potencialmente infeciosos, assumir que todo o sangue e outros fluidos corporais podem estar contaminados e assumir que todos os objetos cortantes, usados, estão contaminados.
Assim as estratégias de prevenção das IACS, baseadas nas Precauções Básicas, devem constar de:
·         Higiene das mãos;
·         Boas práticas nos procedimentos invasivos, como utilização de técnica asséptica;
·         Limpeza, desinfeção e esterilização dos dispositivos médicos;
·         Uso racional de antimicrobianos;
·         Administração segura de injetáveis;
·         Descontaminação dos equipamentos;
·         Higiene ambiental hospitalar;
·         Uso racional do equipamento de proteção individual;
·         Uso correto e rejeição de cortantes e ou perfurantes;
·         Encaminhamento correto após exposição;
·         Correto programa de vacinação;
·         Boas práticas no transporte de espécimes;
·         Precauções com doentes com infeções epidemiologicamente importantes;
·         Isolamento e colocação dos doentes colonizados / infetados conforme a via de transmissão.
·         Higiene respiratória / etiqueta da tosse.
Todos os profissionais de saúde devem cumprir as normas e orientações, na sua prática, de forma a prevenir e reduzir a incidência de infeções. Devem conhecer as Precauções Básicas de prevenção e controlo de infeção a serem aplicadas em todas as situações. Da intervenção correcta dos profissionais depende a real prevenção das IACS e a segurança dos doentes. A informação e a formação aos profissionais de saúde são fundamentais para esse efeito. Segundo Ferreira, citado por Rebelo (2007), a ignorância obstaculiza e bloqueia o desenvolvimento de estratégias e medidas racionais e eficazes no combate das infeções hospitalares.
O profissional de saúde deve saber avaliar os riscos para os doentes e para si próprio sobre a transmissão das IACS e atuar de acordo. A par do rápido desenvolvimento técnico e farmacológico e de ferramentas importantes para o entendimento das IACS, é o elemento fundamental na prevenção e controlo deste tipo de infeção.
A prevenção é sem dúvida, a melhor forma de combater este problema!
O envolvimento dos Profissionais de Enfermagem e dos Técnicos Auxiliares de Saúde é crucial e decisivo. No decorrer da sua atividade diária, detêm imensa responsabilidade para evitar as Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, implementando procedimentos adequados, que minimizem a disseminação de microrganismos. Desempenham assim papel chave na prevenção e controlo de infeção. Neste sentido o objetivo será caminhar para a excelência na prestação de cuidados e ter sempre em conta a pessoa que acorre aos serviços de saúde, que tem direito a ser protegida e defendida na sua integridade.
1-      Indique:
1.1   as principais consequências das IACS para um doente;
1.2   como são transmitidos os microrganismos durante a prestação de cuidados de saúde?;
1.3   o veículo mais comum para a transmissão de microrganismos da pele do doente para as mucosas ou para locais do corpo habitualmente estéreis e de outros doentes ou do ambiente contaminado.

2-      Selecione das estratégias de prevenção das IACS, baseadas nas Precauções Básicas aquelas que estão relacionadas com a atividade de um técnico auxiliar de saúde.
3-      Indique qual a melhor forma de combate às IACS.

As respostas à ficha  ficaram por dar por falta de tempo.

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