11 de novembro 2015
Sumário: Continuação do estudo sobre a variação do tipo de alimentação de acordo com a fase da vida.
Subnutrição. - Realização de uma ficha de trabalho.
Começámos a aula a falar dos assuntos falados e tratados na reunião intercalar da turma. De seguida continuámos o PPT da aula anterior, como poderão ver nas imagens em baixo.
Realizámos uma ficha sobre desnutrição, a ficha irá como sempre ser colocada.
Ficha sobre desnutrição :
Escola Secundária Afonso Lopes
Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar
de Saúde – 3º ano
Módulo 8: Cuidados na alimentação e hidratação
Carga Horária: 47 horas-57 Tempos Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira
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Desnutrição
A desnutrição pode ser definida como uma
condição clínica decorrente de uma deficiência ou excesso, relativo ou
absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais.
A desnutrição pode apresentar caráter primário
ou secundário, dependendo da causa que a promoveu.
Causas
primárias: A pessoa come pouco ou “mal”, ou seja, tem uma alimentação
quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes.
Causas secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque
as necessidades energéticas aumentaram ou por qualquer outro fator não
relacionado diretamente ao alimento. Exemplos: presença de verminoses, cancro,
anorexia, alergia ou intolerância alimentares, digestão e absorção deficiente
de nutrientes.
Fatores relacionados às causas da desnutrição
Desmame
precoce : A desnutrição também pode ser causada por desmame precoce que
pode causar desnutrição em crianças entre 0 e 2 anos de idade. De um modo
geral, o desmame no Brasil dá-se em torno de duas semanas ou num período menor
do que três meses de idade. A alimentação introduzida normalmente é
insuficiente para satisfazer as necessidades dos lactentes entre famílias de
baixo poder aquisitivo. Além disso, as condições sanitárias insatisfatórias e
práticas inadequadas de higiene acompanham a desnutrição, o que favorece a ocorrência
de parasitoses, infeções e diarreia. O apetite diminui por causa das dores
abdominais e às vezes da febre.
A criança passa a comer menos do
que o normal e provavelmente menos do que precisa para ter um crescimento e
desenvolvimento normais.
Socioeconómicos: Crianças provenientes de famílias de baixa renda
apresentam um risco maior relacionado a deficiências alimentares. Além disso,
condições sanitárias precárias contribuem para o aparecimento de infeções,
parasitoses e da desnutrição.
Culturais: Fatores culturais influenciam muito o consumo de
alimentos. Mitos, crenças e tabus podem interferir negativa ou positivamente
nos aspetos nutricionais, sendo mais comuns os prejuízos que os benefícios.
Renda e disponibilidade de alimentos: Quanto mais alta a renda,
maior é o gasto com hortaliças, frutas e outros elementos variados. A dieta, é
claro, tem melhor qualidade. Quanto menor a renda, maior o comprometimento
tanto da qualidade quanto da quantidade de alimentos consumidos.
Métodos de Diagnóstico:
Existem diversos métodos de
diagnosticar a desnutrição. Eles vão desde uma avaliação clínica (observação de
características como peso, altura e idade) até a uma completa avaliação do
estado nutricional do paciente, incluindo, além da análise clínica, dados sobre
alimentação, avaliação bioquímica e imunológica, avaliação metabólica e
diagnóstico nutricional. Os profissionais capacitados para fazer tal diagnóstico
são o nutricionista e o médico.
Epidemiologia: A desnutrição
é observada em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Mas o problema é
mais grave na África, Ásia e América Latina. No Brasil, foram feitas várias
pesquisas para avaliar o estado nutricional da população.
Consequências: A desnutrição
leva a uma série de alterações na composição corporal e no funcionamento normal
do organismo. Quanto mais grave for o caso, maiores e também mais graves serão
as repercussões orgânicas. As principais alterações são:
■ Grande perda muscular e dos depósitos de
gordura, provocando debilidade física.
■ Emagrecimento: peso inferior a 60% ou
mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal (crianças).
■ Desaceleração, interrupção ou até mesmo
involução do crescimento.
■ Alterações psíquicas e psicológicas: a
pessoa fica retraída, apática, estática, triste.
■ Alterações de cabelo e de pele: o cabelo
perde a cor (fica mais claro), a pele descasca e fica enrugada.
■ Alterações sanguíneas, provocando, dentre
elas, a anemia.
■ Alterações ósseas, como a má formação.
■ Alterações no sistema nervoso: estímulos
nervosos prejudicados, número de neurónios diminuídos, depressão, apatia.
■ Alterações nos demais órgãos e sistemas
respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal etc.
A pessoa desnutrida
fica mais sujeita a infeções, por causa da perda muscular e, especialmente, da
queda nas defesas corporais. Todos esses problemas são mais graves nas crianças
de 0 a 5 anos de idade, porque elas são mais vulneráveis biologicamente e mais
dependentes do ponto de vista social e económico. Convém lembrar ainda que
nesse período da vida o crescimento e desenvolvimento físico e mental são muito
acentuados. Outros efeitos da desnutrição são o aumento da morbidade e da
mortalidade, além de hospitalização e convalescença prolongadas. Uma população
desnutrida representa também maiores gastos em saúde para o país, desde os
cuidados primários até a internação. Além disso, é mais difícil para essa
população conseguir emprego, o que acarreta problemas socioeconômicos que podem
agravar ainda mais o quadro da desnutrição em todo o país, gerando um ciclo
vicioso.
Tratamento: O tratamento da desnutrição varia de acordo com a
gravidade da doença. Os principais objetivos do tratamento são:
■ Recuperar o estado nutricional.
■ Normalizar as alterações orgânicas
ocasionadas pela desnutrição.
■ Promover o crescimento (no caso das
crianças) e o ganho de peso.
Existem recomendações gerais que
ajudam no tratamento de desnutridos:
·
uma dieta específica para o caso, aliada a uma
educação (ou reeducação) alimentar; orientações sobre higiene alimentar e
pessoal;
·
a participação familiar e comunitária nesse
processo.
Responda às seguintes
questões:
1. 1. Defina
desnutrição
2. 2. Indique
as duas causas principais da desnutrição.
2.1. Apresente as diferenças existentes entre essas
duas causas.
2.2. Indique os
fatores relacionados com essas causas.
2.3. Identifique,
justificando qual desses fatores afeta mais as crianças de 0 a 6 messes. Justifique
a sua opinião.
3 3 . Indique
os métodos de diagnóstico da desnutrição e quem está capacitado para os
aplicar.
4. 4. Indique
todas as consequências da desnutrição.
5. 5. Refira
em que idade os problemas de nutrição podem ser mais graves. Explique esse
facto
6. 6. Indique
que tratamentos são aplicáveis aos desnutridos
7. 7. Apresente
as recomendações feitas no final do texto.
Para uma breve conclusão, tenho a dizer que a aula correu no seu funcionamento normal, realizámos a análise e as perguntas da ficha ( a correção estará no blogger seguinte), fizemos o que estava estipulado no sumário.
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