2º As - 2014/15

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Relatório N º81



Lição Nº 156 e 157
Sexta-Feira, 5 de Abril de 2013
                 
Sumário: Utilização de auxiliares de marcha: muletas, bengalas, Pirâmides e      andarilhos.
                  Sistematização das funções desempenhadas pelos auxiliares de marcha e mobilização


A aula dividiu-se em duas partes. Na primeira parte estivemos a ler e a analisar esta ficha de trabalho:


 


ESCOLA SECUNDÁRIA AFONSO LOPES VIEIRA
CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Higiene Segurança e Cuidados Gerais                   Ano Letivo: 2012/13 
M3 - Técnicas de posicionamento, mobilização, transferência e transporte
Muletas e canadianas
   O uso de canadianas ou muletas pode ser temporário, por exemplo numa lesão nos ligamentos do joelho. Contudo as canadianas podem ser permanentemente necessárias para um utente com plegia ou paralisia dos membros inferiores.
A  muleta  tem uma superfície curva almofadada no topo, que se ajusta à axila. Uma pega com a forma de uma barra transversal é fixa ao nível das mãos para suportar o corpo. É importante que as muletas  sejam para o comprimento adequado e que os utentes sejam ensinados a usá-las de forma segura, para realizarem uma marcha estável, subir e descer escadas e levantarem-se de uma posição sentada.
Os apoios devem ser posicionados para que o peso do utente não seja suportado pelas axilas. A pressão sobre as axilas aumenta o risco para os principais nervos, o qual pode resultar na plegia parcial dos extensores do cotovelo e punho. A posição correta dos apoios é determinada com o utente em pé, a suportar o peso nos apoios, com os cotovelos ligeiramente fletidos.
Antes de ter autorização para andar independentemente com muletas ou com canadianas, deve-se ensinar o utente as seguintes normas de segurança.
1.Os utentes com muletas têm de estar conscientes dos perigos da pressão sobre a axila. Portanto não devem usar canadianas que não se adaptem corretamente ou apoiarem-se para suportar o peso corporal.
2. Os utentes devem ser alertados para a necessidade de verificarem com regularidade as pontas de borracha das muletas  que devem estar bem encaixadas e quando estiverem as pontas gastas devem ser imediatamente substituídas.
3. As pontas de borracha devem estar secas.
4. A estrutura da canadiana ou da muleta deve ser examinada com regularidade pois estas alterações podem causar um maior risco de lesões para o sistema músculo-esquelético.
5. Os utentes que dependam das canadianas ou das muletas devem ter sempre um par a mais e pontas de borracha à mão.

Marcha com muletas ou canadianas:
A marcha sobre as canadianas ou muletas efetua-se suportando o peso sobre um ou ambos os membros inferiores e sobre as canadianas.
A postura básica é a posição de tripé, formada quando as muletas são colocadas 15cm à frente, e a 15cm de cada lado dos pés Fig. 1.

FIG. 1
 
Esta posição promove o equilíbrio porque aumenta a base de sustentação. A postura do utente na posição de tripé inclui a cabeça e o pescoço eretos alinhados com a coluna vertebral, com a anca e os joelhos em extensão. As axilas não devem suportar qualquer peso. A posição de tripé é usada antes da marcha.
A marcha com quatro pontos de apoio é usada para dar estabilidade ao utente, mas requer que o peso do corpo seja apoiado por ambos os membros inferiores. Cada membro inferior é movimentado alternadamente com a muleta oposta, para que estejam sempre três pontos de apoio no chão.
A marcha com três pontos de apoio requer que o utente transfira todo o peso para um pé. Neste tipo de marcha o peso é transferido para as muletas ou canadianas e depois para o membro inferior não afetado, repetindo-se a sequência. O membro inferior afetado não toca no chão durante a primeira fase da marcha com os três pontos de apoio. Gradualmente o doente vai progredindo até tocar no chão e todo o peso poder ser transferido para o membro inferior afetado.
A marcha com dois pontos de apoio requer, pelo menos o apoio parcial do corpo sobre cada pé. O doente movimenta a muleta e o membro inferior oposto ao mesmo tempo, de modo a que os movimentos das muletas sejam iguais ao movimento dos membros superiores durante a marcha normal.
FIG. 1 – Marcha com quatro 
pontos de apoio. 
Os pés e as pontas de borracha 
mostram o pé e
 a ponta de borracha da muleta 
movimentados em cada uma das 
quatro fases.











FIG. 2 – Marcha com três pontos de apoio, com o peso apoiado sobre o membro inferior não afetado. Os pés e as pontas de borracha das muletas mostram o peso apoiado em cada uma das fases.
















FIG. 3- Marcha com dois pontos de apoio, com o peso apoiado parcialmente sobre cada pé e cada muleta a avançar com o membro inferior oposto. As áreas sólidas indicam o membro inferior e as pontas de borracha das muletas a apoiarem o peso.














Andar de muletas em escadas:
Quando o utente sobe as escadas geralmente usa uma marcha de três pontos modificada. O utente coloca-se no fim das escadas e transfere o peso do corpo para as muletas. O membro inferior não afetado avança entre as muletas para as escadas. O doente transfere então o peso, das muletas para o membro inferior não afetado. Por fim são alinhadas ambas as muletas no chão. Esta sequência é repetida até o utente chegar ao cimo das escadas.

Para descer as escadas também se usa a sequência de três fases. O doente transfere o peso do corpo para o membro inferior não afetado. As muletas são colocadas sobre as escadas. Estas são colocadas na escada e o doente começa a transferir o peso do corpo para as muletas., movimentando o membro inferior afetado para a frente. Por fim, o membro inferior não afetado movimenta-se para a escada com as muletas. O doente repete novamente a sequência até chegar ao cimo da escada.

Sentar numa cadeira com muletas:
Tal como andar descer e subir escadas, o procedimento para sentar numa cadeira envolve fases e requer que o utente transfira o peso. Primeiro posiciona-se o utente no meio, em frente à cadeira com a face posterior dos membros inferiores a tocar na cadeira. Em seguida o utente segura ambas as muletas com a mão oposta ao membro inferior afetado. Com ambas as muletas numa mão, o doente suporta o peso do corpo no membro inferior não afetado e nas muletas. Enquanto as segura, o utente agarra o braço da cadeira com a outra mão e desce o corpo até à cadeira.
Para se por em pé, o processo é realizado ao contrário e o utente quando totalmente ereto deve assumir a posição de tripé antes de iniciar a marcha.





Como usar as canadianas?
O senso comum nem sempre é sinónimo de verdade e o exemplo do uso das canadianas é um desses casos. Muitas dúvidas surgem na altura de usarmos este auxiliar de marcha e as respostas geralmente não são as corretas. Vou falar-vos do tipo mais comum de canadianas existente no nosso país, com a tradicional pega e apoio de antebraço.
Vamos começar exatamente pelo ajuste destes dois componentes. O apoio de antebraço deve encontrar-se logo abaixo do cotovelo ao passo que a pega encontrar-se-á ao nível do grande trocanter, osso facilmente palpável na sua "anca". (ver imagem)
Depois de ajustar a altura da canadiana passamos à sua utilização propriamente dita. Numa fase inicial, em que o paciente não pode exercer carga no membro afetado, a utilização de duas canadianas é imperativa. Desta forma avançamos os dois auxiliares de marcha em simultâneo e de seguida o membro são, e assim sucessivamente. Quando é possível colocar alguma carga no membro afetado utilizamos igualmente dois auxiliares de marcha mas desta feita avançamos os dois em simultâneo seguidos do membro afetado e por ultimo o membro são. Sendo possível colocar mais de 50% de carga no membro afetado passamos a utilizar somente uma canadiana. Mas em que lado a colocamos? Antes de continuar faça o seu raciocínio e tente descobrir de que lado a devemos colocar...
Ao caminharmos normalmente, sem qualquer lesão, quando avançamos o membro inferior direito o braço esquerdo acompanha esse movimento. Quando movemos o membro inferior esquerdo é o braço direito que o acompanha e avança. Imagine um soldado a marchar. Desta forma colocamos o auxiliar de marcha do lado oposto ao membro afetado, não só pelo que vos acabo de explicar mas principalmente para retirarmos carga do lado afetado quando avançamos o membro são. Caso contrário quando avançássemos o lado são toda a carga ficaria do lado afetado.
Muletas:
As muletas devem ser usadas quando uma lesão ou procedimento cirúrgico  obriga a manter o peso apoiado fora da perna e do pé. 
A extremidade superior da muleta deve estar de 2 a 3 cm abaixo da axila, com  o debilitado em  pé. 
As manaplas das muletas devem estar no mesmo nível da parte superior do  quadril. Os cotovelos devem estar levemente flexionados quando as mãos seguram as manoplas. Deve-se pressionar a extremidade superior das muletas contra a parte lateral do tórax, e usar as mãos para absorver o peso. Não se deve deixar que as muletas pressionem contra  as axilas.
Andando
Incline-se levemente para frente e coloque suas muletas aproximadamente 30 cm à sua frente. 
Inicie o passo como se fosse pisar com a perna lesada, mas desloque o peso para as muletas ao invés da perna lesada. O seu corpo balança para frente entre as muletas. Termine o passo normalmente com  a sua perna não lesada. 
Quando a sua perna não lesada estiver apoiada no chão, coloque  as suas muletas para frente em preparação para o próximo passo. Mantenha atenção para onde  está andando e não para o seu pé. 
Sentando
Coloque a perna lesada à sua frente e ambas as muletas numa das mãos.
Use a outra mão para sentir o assento da cadeira. Lentamente baixe-se até o assento. 
Coloque suas muletas com as pontas para cima  numa localização de fácil acesso (muletas tendem a cair quando colocadas em pé sobre as suas pontas). 
Para ficar em pé, desloque seu corpo para a parte anterior do assento. Segure ambas as muletas na mão do lado da perna normal. Faça força para ficar em pé sobre a perna normal. 
Escadas
Para subir ou descer escadas com muletas, você precisa ser forte e flexível.
Olhando de frente a escada, segure o corrimão com uma das mãos e coloque ambas muletas sob a axila do outro lado. 
Se estiver a subir as escadas, inicie com a perna boa, mantendo a perna lesada para trás. Quando estiver  a descer, mantenha a perna lesada na sua frente e desça cada degrau com a sua perna boa. 
Desça um degrau de cada vez. Pode precisar de ajuda de alguém, pelo menos nas primeiras vezes. 
Se  estiver frente a uma escada sem corrimão, use as muletas sob os dois braços, e suba ou desça a escada, um degrau de cada  vez, usando a sua perna boa. Será necessário mais força. 
Outra forma fácil é sentar-se na escada e levar o corpo para cima ou para baixo em cada degrau. Comece sentando no degrau mais baixo com a sua perna lesada à frente. Segure ambas as muletas com a mão oposta, apoiadas na escada. Suba a nádega para o próximo degrau usando a mão livre e a perna boa como suporte. Vire para a mesma direção quando for descer a escada. 

Na segunda parte, visto não havia muito tempo, alguns alunos estiveram a utilizar auxiliares de marcha nomeadamente canadianas.
Figura 1 Posição de tripé
Primeiro fomos para a rua observar como se sobem as escadas quando se usa canadianas.
1.    Colocamo-nos em posição de tripé para maior base de sustentação (figura 1)
2.    Colocam-se as Canadianas bem assentes nas escadas
Figura 2 Repetição do processo até chegar ao topo
3.    Com o pé lesado para trás saltamos com o pé são para a escada de cima, fazendo força no pé são;
4.    Colocam-se as canadianas na escada em que estamos e repete-se o processo até chegarmos ao topo (figura 2).


















De seguida esses alunos mostraram como se descem as escadas:
1.     Colocam-se as canadianas  no degrau abaixo na escada;
2.    O pé lesado vem para a frente e fazendo força nas canadianas salta-se  com o pé são  para o degrau onde estão as canadianas;
3.    Repete-se o processo até chegar ao fundo das escadas.


Voltámos para a sala e a professora pediu a alguns alunos que estavam com as canadianas para se sentarem explicando como se deve fazer:
Figura 3 Utente sentado corretamente
1. O utente deve encaminhar-se para junto da cadeira de rodas, devendo senti-la com a parte posterior das pernas;
2. O utente deve colocar as canadianas numa das mão e com a mão livre deve-se apoiar no braço da cadeira;
3.Quando estiver sentado deve colocar as canadianas num dos lados ou entre as suas pernas (Figura 3).







  Para levantar o processo é o mesmo como para sentar.

  Quando já estava prestes a tocar para a saída, a professora pediu a duas alunas para praticar o posicionamento em decúbito dorsal e transferir o doente da cama para a cadeira de rodas usando o disco giratório,

Conclusão: A aula podia ter rendido mais se a professora não tivesse que interromper para mandar calar alguns dos alunos. O sumário foi cumprido mas a ficha não foi toda lida porque se assim fosse não sobrava tempo para a parte prática. A aula foi esclarecedora e interessante,



Diana Nº11




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