2º As - 2014/15

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Relatório nº 66_ 12º Ano _ 2015/2016

Lição nº 157 e 158
19/05/2016
Sumário:
Cuidados paliativos: visionamento de um vídeo.
Realização de uma ficha de trabalho .



Introdução
Nesta aula visionámos um video sobre os cuidados paliativos e seguidamente fizemos uma ficha relacionada com os mesmos.









LescolaEscola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
Módulo 10: Cuidados de saúde a pessoas em fim de vida e post mortem
Carga Horária: 17 horas-20 Tempos    Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira
Cuidados Paliativos - O que são?
Apesar de todos os progressos da Medicina na segunda metade do século XX, a longevidade crescente e o aumento das doenças crónicas conduziram a um aumento significativo do número de doentes que não se curam. O modelo da medicina curativa, agressiva, centrada no ataque à doença não se coaduna com as necessidades deste tipo de pacientes, necessidades estas que têm sido frequentemente esquecidas. 
A não-cura era (e frequentemente ainda continua a ser) encarada por muitos profissionais como uma derrota, uma frustração, uma área de não-investimento. A doença terminal e a morte foram hospitalizadas e a sociedade em geral aumentou a distância face aos problemas do final de vida. As questões em torno da morte - e que interessam a todos - constituem ainda hoje um tema tabu. 
O movimento moderno dos cuidados paliativos, iniciado em Inglaterra na década de 60, e que posteriormente se foi alargando ao Canadá, Estados Unidos e mais recentemente (no último quarteirão do século XX) à restante Europa, teve o mérito de chamar a atenção para o sofrimento dos doentes incuráveis, para a falta de respostas por parte dos serviços de saúde e para a especificidade dos cuidados que teriam que ser dispensados a esta população. 
Os cuidados paliativos definem-se como uma resposta ativa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e suas famílias. São cuidados de saúde ativos, rigorosos, que combinam ciência e humanismo.
Apesar da pertinência da resposta advogada pelos cuidados paliativos para as questões em torno da humanização dos cuidados de saúde e do seu inequívoco interesse público, o certo é que hoje, no início do século XXI, este tipo de cuidados não está ainda suficientemente divulgado e acessível àqueles que deles carecem. 
No nosso país, mais concretamente, podemos dizer que os serviços qualificados e devidamente organizados são escassos e insuficientes para as necessidades detetadas basta lembrar que o cancro é a segunda causa de morte em Portugal, com uma clara tendência a aumentar. Para além disso, importa reforçar que os cuidados paliativos são prestados com base nas necessidades dos doentes e famílias e não com base no seu diagnóstico. Como tal, não são apenas os doentes de cancro avançado que carecem destes cuidados: os doentes de SIDA em estádio avançado, os doentes com as chamadas insuficiências de órgão avançadas (cardíaca, respiratória, hepática, respiratória, renal) , os doentes com doenças neurológicas degenerativas e graves, os doentes com demências em estádio muito avançado. Não são apenas os idosos que carecem destes cuidados. o problema da doença terminal atravessa todas as faixas etárias, incluindo a infância.  Estamos , por isso, a falar de um grupo vastíssimo de pessoas,  dezenas de milhar, seguramente -  e de um problema que atinge praticamente todas as famílias portuguesas. 
Que pretendemos oferecer aos doentes na fase avançada e terminal das suas vidas, sobretudo quando temos presente que 90% das mortes ocorrem após doença crónica e avançada ? Como poderemos difundir e implementar cada vez mais a resposta-cuidados paliativos que, consensualmente, diminui bastante o sofrimento de doentes em fim de vida e seus familiares ? 
Os cuidados paliativos NÃO são cuidados menores no sistema de saúde, NÃO se resumem a uma intervenção caritativa bem intencionada, NÃO se destinam a um grupo reduzido de situações, NÃO restringem a sua aplicação aos moribundos nos últimos dias de vida e, pela especificidade dos cuidados, diferenciam-se dos cuidados continuados (cuidados aos doentes com perda de funcionalidade ou dependentes). Os cuidados paliativos NÃO são dispendiosos, NÃO encarecem os gastos dos sistemas de saúde, e tendem mesmo a reduzi-los pela melhor racionalização dos meios. 
Só poderemos combater estas conceções incorretas esclarecendo alguns conceitos:
·  Os cuidados paliativos deverão ser parte integrante do sistema de saúde, promovendo uma intervenção técnica que requer formação e treino específico obrigatórios por parte dos profissionais que os prestam, tal como a obstetrícia, a dermatologia, a cirurgia ou outra área específica no âmbito dos cuidados de saúde.
·  Os cuidados paliativos são cuidados preventivos: previnem um grande sofrimento motivado por sintomas ( dor, fadiga, dispneia ), pelas múltiplas perdas ( físicas e psicológicas ) associadas à doença crónica e terminal, e reduzem o risco de lutos patológicos. Devem assentar numa intervenção interdisciplinar em que pessoa doente e família são o centro gerador das decisões de uma equipa que idealmente integra médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais.
·  Os cuidados paliativos pretendem ajudar os doentes terminais a viver tão ativamente quanto possível até à sua morte ( e este período pode ser de semanas, meses ou algumas vezes anos ), sendo profundamente rigorosos, científicos e ao mesmo tempo criativos nas suas intervenções.
·  Os cuidados paliativos centram-se na importância da dignidade da pessoa ainda que doente, vulnerável e limitada, aceitando a morte como uma etapa natural da VIDA que, até por isso, deve ser vivida intensamente até ao fim.
Os cuidados paliativos constituem hoje uma resposta indispensável aos problemas do final da vida. Em nome da ética, da dignidade e do bem estar de cada Homem é preciso torná-los cada vez mais uma realidade.
 Responda às seguintes questões:
1-   Refira as razões que  conduziram à expansão dos cuidados paliativos  pelo mundo.

2-   Indique a sua origem.

3-   O que são cuidados paliativos?

4-   Comente a afirmação “o problema da doença terminal atravessa todas as faixas etárias, incluindo a infância.”

5-   Refira as patologias que são mais suscetíveis de  conduzir os utentes aos cuidados paliativos.

6-   Enumere, segundo o autor do texto, os conceitos que combatem os preconceitos que a sociedade  ainda tem contra o cuidados paliativos.


7-   Indique qual deverá  ser a finalidade dos cuidados paliativos?7



Conclusão
Nesta aula pudemos perceber como cuidamos de pessoas em cuidados paliativos de uma maneira mais profunda, o que nos vai ajudar a cuidar destes tipos de doentes na nossa vida profissional futura.

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