2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Relatório nº7_12ºAno_2015/2016

Lição nº 14 e 15
1 de outubro de 2015
Sumário: Métodos de técnicas de esterilização:
                 - Realização de uma ficha de trabalho.
                Análise de diapositivos sobre esterilização de material médico.


Começámos a aula a fazer uma pequena observação da ficha indicado em baixo. Lemos o enunciado da ficha com a professora da disciplina. Realizámos a ficha em grupo.

Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas-57 Tempos    Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira








Métodos e técnicas de esterilização
Empacotamento dos kits de material clínico

TIPOS DE INVÓLUCROS E PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO COMPATÍVEIS


Tipo de invólucro

autoclaves a vapor

Calor seco

Óxido de etileno

Peróxido de hidrogénio


















Tecido de algodão

Sim

Não

Não

Não


















Papel Grau cirúrgico

Sim

Não

Sim

Não









Papel crepado

Sim

Não

Sim

Não









Papel kraft

Sim

Não

Não

Não









Filmes transparentes

Sim

Não

Sim

Não









Lâmina de alumínio

Não

Sim

Não

Não









Caixas metálicas

Sim

Sim

Sim

Sim









Vidro refratário

Sim

Sim

Não

Não









Tyvec

Sim

Não

Sim

Sim









Não-tecido

Sim

Não

Sim

Sim

       PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO

        ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO - AUTOCLAVES 

      Empregada na esterilização de artigos resistentes ao calor e à humidade. É realizado em vasos de pressão     denominados autoclaves, onde os microrganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da               pressão e da humidade, que promovem a Termo coagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular. Portanto, os fatores críticos são: o calor, a humidade, o tempo, a pressão e a qualidade do vapor. Quando há aumento da temperatura, o tempo necessário para esterilização diminui e vice-versa e não se pode obter uma redução na temperatura do vapor saturado sem correspondente diminuição da pressão e vice-versa. Quanto à qualidade do vapor, nas autoclaves mais utilizadas é o vapor saturado seco, por ser a forma mais efetiva de vapor para a esterilização. Nesta forma o vapor é capaz de circular por convecção. Este processo permite a sua penetração em objetos porosos. O ciclo de esterilização inclui:

      Drenagem do ar – Condição necessária para que o vapor admitido entre em contato com todos os artigos colocados na câmara de esterilização. O tamanho dos pacotes, a sua distribuição na câmara e a sobrecarga desta podem prejudicar a exaustão e, consequentemente, comprometer a qualidade da esterilização. 

       Admissão do vapor – A esterilização inicia-se após a retirada do ar e a admissão do vapor, quando a              câmara atinge a temperatura previamente estabelecida. O período de exposição compreende três fases:
             (a)   Tempo de penetração do vapor: período de tempo necessário para que a carga atinja a temperatura da           câmara.
           
(b)                            Tempo de esterilização: período de tempo considerado necessário para destruição de todas as formas de       vida microbiana.                                                                                                                                     

(c)                       Intervalo de confiança: período de segurança adicional que se acrescenta ao ciclo, geralmente  

Metade do tempo de esterilização.

O tempo de exposição começa a ser marcado no instante em que a câmara atinge a temperatura da esterilização previamente estabelecida, demonstrada pelo termómetro.
Exaustão do vapor – Inicia-se após o término do período de exposição e é executada por uma válvula ou condensador. Existem dois tipos de exaustão:

I.                    Exaustão rápida: Adequada na exaustão de artigos sólidos como roupas e instrumentos.

II.                  Exaustão lenta: adequada na esterilização de substâncias líquidas, para evitar a ebulição, extravasamento ou rutura do recipiente.


Secagem da carga – É obtida pelo calor das paredes da câmara em atmosfera rarefeita. Nas autoclaves convencionais a carga é seca a uma pressão negativa de 2 a 10 mm de Hg entre 15 e 45 minutos. Nas autoclaves de auto vácuo a secagem é feita a uma pressão negativa de 50mmHg em apenas 5 minutos.


As autoclaves podem ser divididas em dois tipos básicos:


1)      Autoclaves gravitacionais - Neste modelo o ar é removido por gravidade. Este processo é relativamente lento e permite a permanência de ar residual. Em geral, são adequados para esterilização de materiais desempacotados. Para materiais porosos ou densos, esse tipo de equipamento é menos eficaz do que outros métodos de remoção de ar. Alguns materiais podem não sofrer exposição suficiente ao tempo e temperatura adequados para esterilização.

Autoclaves pré-vácuo - Neste modelo o ar é removido previamente, com formação de vácuo, quando o vapor é admitido penetra instantaneamente nos pacotes, com pouca chance de ar residual. Devido a este mecanismo o processo é mais rápido e eficiente. O vácuo pode ser obtido através de uma bomba de sucção com formação de vácuo num único pulso (alto vácuo) ou através de seguidas injeções e retiradas rápidas de vapor em temperaturas ligeiramente inferior à do processo (pulsos de pressurização). O segundo sistema é mais eficiente.
OBSERVAÇÃO

Esterilização ultrarrápida(flash sterilization) pode ser realizada em autoclaves específicas, de pequeno porte, programadas para operar sem o ciclo de secagem e com o material desempacotado, foi proposta para resolver problemas emergências de contaminação acidental de instrumentos essenciais durante as cirurgias. Os artigos processados desta maneira devem ser utilizados imediatamente. Existem autoclaves fabricadas para artigos empacotados, porém estes também saem húmidos e, portanto após o ciclo devem ser manuseados de forma asséptica. As próteses não podem ser esterilizadas por este método. O controle da esterilização deve ser realizado com testes físicos, químicos e biológicos, de acordo com orientações do fabricante. O indicador biológico deve ser realizado diariamente.


Limpeza das autoclaves


Realizar a limpeza do equipamento diariamente.

Humedecer o pano e passá-lo no sabão neutro. Não ensaboar o pano e nem formar espumas; Iniciar a limpeza pelo interior do equipamento. Paredes laterais, suportes, fundo e porta;
Enxaguar o pano e retirar o sabão, voltando a passar no equipamento. Secar com pano limpo e seco

Repetir o procedimento no lado de fora;

Nas autoclaves flash seguir as orientações do fabricante.

Incluir: empacotamento do material

ATENÇÃO: Os artigos articulados devem ser empacotados abertos e o mais desmontados possível.

Disposição dos Artigos Dentro da Câmara

Nas autoclaves gravitacionais, artigos de superfícies como bandejas, bacias, e instrumentais não devem ser esterilizados com artigos de espessura como campo cirúrgico, aventais, compressas e outros. Os pacotes devem ser posicionados para que o vapor possa fluir por todos os itens. As autoclaves devem ser carregadas observando que haja um espaçamento de 25 a 50mm entre todos os pacotes e entre eles e as paredes da câmara, sendo que o volume do material não deve exceder 80% da capacidade do aparelho. O tempo de penetração do agente esterilizante é menor quando os pacotes são colocados corretamente dentro da câmara. Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior da câmara e os menores, por cima para facilitar o fluxo do vapor através dos espaços entre os pacotes menores. Os jarros, bacias frascos, e outros artigos que apresentam concavidade devem ser colocados com sua abertura para baixo, para facilitar o escoamento de água resultante da condensação do vapor. Os pacotes não devem exceder 30cm/30cm/50cm.
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO (OE)

É uma alternativa de processo de esterilização para artigos sensíveis ao calor.
Da mesma forma que para os outros métodos de esterilização, o material deve estar limpo e seco antes do empacotamento. A sujidade impede a esterilização e a humidade pode produzir resíduos tóxicos que não são removidos pela aeração. O óxido de etileno irrita a pele e mucosas. A exposição ao gás pode resultar em cancro, anormalidades do sistema reprodutor incluindo alterações genéticas e doenças neurológicas. Porém pode ser utilizado com segurança sob condições controladas.

ESTERILIZAÇÃO POR PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO

Devido à sua inativação pela presença da catalase na matéria orgânica, só pode ter aplicações em artigos previamente limpos e secos. Esterilizadores que operam a baixa temperatura utilizando-se tanto peróxido de hidrogénio como ácido peracético como substrato para formação de plasma vêm sendo estudados como alternativa ecologicamente viável para esterilização de artigos termossensíveis. O plasma tem sido chamado como o 4° estágio da matéria, diferente dos outros estados: líquido, sólido e gás. A AORN (1997) considera que a esterilização pelo plasma de peróxido de hidrogénio pode ser utilizada em serviços de esterilização, de acordo com as recomendações do fabricante, sendo que estes equipamentos devem ser monitorizados tanto química quanto microbiologicamente. É uma alternativa interessante na esterilização de artigos sensíveis ao calor e a humidade. Este processo também pode ser considerado uma alternativa viável na substituição ao sistema de esterilização pelo vapor, pois não oxida, não degrada o fio, pontas ou sulcos de instrumentos cirúrgicos. Para esterilização de instrumentos com lumes longos (>31cm) e estreitos (< 6mm de diâmetro) são necessários adaptadores de peróxido de hidrogênio, os quais ainda não foram aprovados pelo FDA. Instrumentos com lumes estreitos e fundo fechado não devem ser esterilizados por este processo. O processo requer embalagens que não contenham em sua composição materiais derivados de celulose. Tais embalagens são compostas de Tyvek siliconizado e Mylar (polietileno em uma tripla camada). É indicado também o uso de um não tecido constituído de polipropileno 100%, repelente a líquidos, com grau de permeabilidade e resistência adequados. O ciclo de esterilização é realizado em aproximadamente em 75’. As exigências para instalação do equipamento e o risco de toxicidade para o profissional de saúde são infinitamente menores que as do óxido de etileno.





Depois de leres e analisares o texto, responde às seguintes questões:

1-      Enumera os tipos de invólucros que existem para empacotamento de materiais médicos  a esterilizar.
R:
Tecido de algodão


Papel Grau cirúrgico

Papel crepado

Papel kraft

Filmes transparentes

Lâmina de alumínio

Caixas metálicas

Vidro refratário

Tyvec

Não-tecido

2-      Enumera os fatores críticos a considerar na  responsabilidade da esterilização a vapor.
R: Os fatores criticos são: o calor, a humidade, o tempo, a pressão e a qualidade do vapor.


3-      Indica as fases do ciclo de esterilização a vapor.
R: Drenagem do ar, admissão do vapor, exaustão a vapor e secagem da carga.


4-      O período de exposição compreende três fases. Indica essas fases .
R:Tempo de penetração do vapor;
    Tempo de esterilização;
     Intervalo de confiança.


5-       Diz o que é  a Esterilização ultrarrápida(flash sterilization) e quando é admissível fazê-la.
R: É a esterilização realizada em autoclaves especificas, de pequeno porte, programadas para operar o ciclo de secagem e com o material desempacotado.
     Destina-se a resolver problemas emergências de contaminação acidental de instrumentos.


6-      Descreve o procedimento de limpeza de autoclaves.
R: Iniciar a limpeza pelo interior do equipamento,começando pelo fundo, topo, laterais, suportes, base e porta.
     Enxaguar o pano, voltando a passar no equipamento. 
     Secar com um pano limpo e seco.
     Repetir o procedimento do lado de fora- Cima, trás, laterais, base e porta.
7-      Indica quatro regras a seguir quando se coloca o material na autoclave.
R: - Artigos de superficies como bacias, não devem ser esterilizadas com artigos de espessura como um campo cirurgico.
     - Posicionar os pacotes para que o capor possa fluir por todos os intens;
     - Deve-se carregar observando que exista um espaçamento de 25 a 50 mm entre todos os pacotes.
     - Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior da câmara, e os menos, por cima para facilitar o fluxo do vapor.

8-      Apresenta vantagens e desvantagens da utilização dos processos de esterilização POR PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO e ÓXIDO DE ETILENO quando comparados com a esterilização a vapor

Vantagens:
¢Não apresenta resíduo tóxico;
¢Ciclos mais rápidos;
¢ O Plasma remove os resquícios de Peróxido de Hidrogênio dos materiais e artigos esterilizados;
¢ Não causa a degradação significante dos materiais;
¢ Segurança para o meio ambiente, pacientes e trabalhadores.

Desvantagens:
¢Alto custo do equipamento;
¢Câmara pequena;

¢Incompatível com celulose.







   nota:  A aula correu bem, fizemos a realização da ficha, esclarecemos todas as dúvidas, a correção das perguntas estará presente no relatório seguinte.









Sem comentários:

Enviar um comentário