2º As - 2014/15

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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Relatório nº2 12ºano 2015/2016

Lições 4 e 5
23/09/2015
Sumário:                 
                 Esterilização de artigos hospitalares- breve introdução.

                 Estrutura funcional e organizacional de uma central de material (CME).

                 Seleção e preparação do material para a esterilização.

                Tipologia do material clínico próprio a cada serviço sujeito a esterilização.




               No começo da aula a professora ditou o sumário relativo à aula.
              Após a escrita do sumário, começamos por ler a ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.

               De seguida, visionamos e analizamos os diapositivos de um Power Point.
              



 Ficha da esterilização de artigos em unidades hospitalares.






Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde – 3º ano
     Módulo 7:Prevenção e controlo da infeção: esterilização
Carga Horária: 47 horas - 57 Tempos    Ano letivo 2015/16
A docente: Teresa Cunha Pereira










  
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS EM UNIDADES HOSPITALARES
Desde que existe uma associação importante entre o uso de artigos de serviços de saúde e a ocorrência de infeções, é necessário estabelecer medidas eficazes de processamento dos mesmos, visando à minimização do risco de transmissão de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS). De acordo com o seu uso, os artigos devem ser submetidos a processos eficazes de limpeza, desinfeção ou esterilização para atingirem os objetivos necessários.
A qualidade do processamento de artigos de serviços de saúde representa um dos pilares na prevenção de IRAS e relaciona-se tanto à garantia de sua submissão a processos de redução ou destruição microbiana, quanto a sua funcionalidade e integridade, a fim de evitar danos ao paciente na sua utilização.
Para garantir e obter os melhores desfechos no processamento dos artigos de serviços de saúde devem ser considerados diversos fatores relacionados à qualidade do processo: o tempo de duração da aplicação do processo; a temperatura e a pressão sob as quais o processo é aplicado; a quantidade ou concentração de calor ou agentes químicos; a natureza do artigo submetido ao processo; o tipo e a contagem de microrganismos, inclusive os esporos; e se o artigo está contaminado com fluidos corporais que podem atuar como um revestimento protetor para o microrganismo.
O processamento de artigos é uma das atividades mais importantes em serviços de saúde e está associado diretamente a prevenção das IRAS, a segurança e a qualidade de assistência ao paciente.
Esterilização é o processo que se utiliza de agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida microbiana. Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que os contamina é menor do que 1: 1.000.000. Esse critério é o princípio básico dos testes biológicos usualmente utilizados para controlar o processo de esterilização. É preciso que se saiba que a definição dos processos de esterilização inclui parâmetros para esterilização previamente definidos em condições laboratoriais. Um destes parâmetros é a carga microbiana que é o termo utilizado para denominar a quantidade de microrganismos presente no objeto a ser esterilizado. A limpeza prévia é o principal fator que reduz a carga bacteriana dos artigos, e quanto mais limpo estiver um artigo, menor as chances de haver falhas na esterilização. A sobrevivência de microrganismos ao processo de esterilização pode decorrer de falhas humanas e mecânicas. As principais falhas humanas, além da limpeza deficiente, são emprego de invólucros inadequados, confeção de pacotes demasiadamente grandes, posicionamento incorreto na câmara de esterilização, tempo de exposição insuficiente ao agente esterilizante, entre outras.

II – ESTRUTURA FUNCIONAL E ORGANIZACIONAL DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
A CME deve estar localizada próxima aos serviços que supre, em local distante da circulação do público e que seja de uso restrito aos funcionários que atuam na área. As paredes e pisos devem ser de material resistente, lavável, de fácil limpeza, liso, sem frestas ou saliências que propiciem o acúmulo de sujidade. As janelas amplas, altas e teladas. Recomenda-se um sistema adequado de exaustão, ventilação e iluminação. A disposição dos equipamentos, das pias e das bancadas de trabalho, deve permitir um fluxo contínuo sem retrocesso e sem cruzamento de material limpo com material contaminado. As dimensões da CME devem ser proporcionais ao tamanho e complexidade da unidade de saúde. Deve ser dividida em:
a)                 Área Contaminada – Local destinado a receber os artigos contaminados e a executar os procedimentos de limpeza e secagem do material.
b)Área Limpa – Local destinado à execução dos procedimentos de preparo, acondicionamento, esterilização, armazenamento e distribuição do material.
Podem ser consideradas as seguintes subáreas:
Área para lavagem de materiais:
Área para receção e preparo de roupa limpa
Área de preparo de material
Área de esterilização – O tamanho depende do nº de equipamentos utilizados. A distância mínima entre as autoclaves é de 60cm;
Área para armazenagem e distribuição de material estéril
FLUXO DO MATERIAL NA CENTRAL DE MATERIAL
Área contaminada
Recebimento/ Limpeza, lavagem, secagem
Área Limpa
Preparação /Desinfeção ou Esterilização
Armazenamento
ATENÇÃO! Recomenda-se que haja uma barreira física separando a área contaminada da área limpa.
O Enfermeiro deve ser o responsável pelo setor, devendo investir em treinamento e reciclagem do pessoal auxiliar, na elaboração de manuais operacionais, na supervisão e controlo das operações, efetuar testes de controlo microbiológico e participar junto a CCIH de medidas preventivas.
III – SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO
As medidas relativas à esterilização devem ser compreendidas e implementadas pela categorização dos graus de risco de aquisição de infeção implicados com o uso destes artigos pelos pacientes. Possibilita a aplicação correta e mais econômica dos meios de limpeza, desinfecção e esterilização.
Artigos críticos – São todos os artigos que entram em contato com tecidos subepiteliais, sistema vascular e em outros tecidos estéreis. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.:cateteres cardíacos, artigos cirúrgicos.
Artigos semicríticos – São todos os artigos que entram em contato com a mucosa e pele não intacta. A desinfecção de alto nível é suficiente. Ex.: tubo orotraqueal, equipamento respiratório.
Artigos não críticos – São todos os artigos que entram em contato com a pele íntegra. Dependendo da particularidade do artigo e grau de contaminação, poderá ser apenas lavado com água e sabão ou receber desinfecção de nível intermediário ou baixo. Ex.: termómetro, arrastadeiras.
LIMPEZA DOS ARTIGOS
Consiste na lavagem, enxague e secagem do material. Uma limpeza eficiente consiste na retirada total de matéria orgânica e pirógenos depositados em diversas partes do material. Pode ser:
Manual – Utilizando-se instrumentos simples como escovas, estiletes.
Mecânica – Utilizando-se outros equipamentos como máquinas lavadoras ou de ultrassom.
Para a maioria dos artigos, quando utilizamos a limpeza mecânica é necessária uma inspeção após a lavagem, verificando a presença de resíduos, funcionalidade e deterioração do material. Os produtos na linha de limpadores enzimáticos são recomendados como uma opção de limpeza, facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos ocupacionais. Além de serem excelentes removedores de matéria orgânica, estes limpadores enzimáticos não causam danos por corrosão aos instrumentais e artigos médicos cirúrgicos, são atóxicos, biodegradáveis e de fácil manipulação. A água p/ lavagem do material deve ser desmineralizada, desionizada e dessalinizada.
ATENÇÃO! Ao realizar esta etapa o profissional deve estar paramentado com os equipamentos de proteção individual (EPI) – Luvas de borracha antiderrapantes e de cano longo, avental impermeável, gorro, máscara e óculos de proteção.


 Power Point.





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