2º As - 2014/15

2º As - 2014/15

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Relatório nº52

Lições nº 106 e 107                                                                                           07/02/2014

Sumário: Auto e hetro avaliação do módulo 5.
              Início do módulo 6: objetivos e conteúdos.
              Conceitos de demografia e envelhecimento demográfico.



A professora começou a aula por fazer a chamada de seguida passou por ditar o sumário.
Depois de escrever o sumário a professora deu  uma ficha sobre o comportamento e atitudes para os alunos preencherem, depois de preenchido a professora recolheu e fizemos a avaliação do módulo 5.
De seguida a professora distribuiu duas fichas do módulo 6 onde só começamos a ler uma ficha que falava da apresentação do módulo. A outra ficha de trabalho ficou para explorar na aula seguinte

                   
   ESCOLA SECUNDÁRIA AFONSO LOPES VIERIRA
CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Higiene Segurança e Cuidados Gerais Ano Letivo: 2013/14 
M5: Prevenção e controlo da infeção na higienização de roupas, espaços, materiais e equipamentos
 Nome________________________________________________________Nº___ EM___/___/__
 Autoavaliação da componente sócioafetiva

Assiduidade:
Já faltei a _____tempos letivos de 50minutos nesta disciplina.
Faltas injustificadas (tempos de 50mln.) ____
Faltas justificadas (tempos de 50mln.) ____

De acordo com a avaliação que fiz do meu saber ser e saber estar, relativamente à disciplina de HSCG, proponho, para o 4º módulo, a classificação de ____valores na componente sócio-afetiva.


              Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
         Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde
Lescola
Higiene, Segurança e Cuidados Gerais – 11.ºano

Módulo 6Lescola– Cuidados na saúde do idoso
                         Carga Horária: 50 horas - Ano letivo 2013/14         



1. Apresentação
Devido ao envelhecimento demográfico e às alterações no padrão e estruturas sociais e familiares das populações das sociedades ocidentais, e em particular da sociedade portuguesa, são necessárias respostas emergentes adaptadas às necessidades atuais dos respetivos perfis clínicos, sociais e culturais.
Pretende-se sensibilizar os alunos para o trabalho do assistente social e para a problemática do acompanhamento psicossocial das unidades de internamento e em ambulatório.
Este módulo apresenta o ambiente e as vivências próprias da geriatria, as suas características e autuações específicas. Pretende-se a aprendizagem na área da prestação de cuidados diretos a idosos no domicílio e em contexto institucional, zelando pelo seu bem-estar físico, psicológico e social.
Faz-se igualmente o estudo dos aspetos biomédicos, psicológicos e sociais do envelhecimento e da velhice e a aquisição de conhecimentos básicos sobre as patologias mais frequentes nesta faixa etária.
2. Objetivos de Aprendizagem
• Identificar características básicas associadas ao envelhecimento demográfico e ao processo de envelhecimento;
• Caracterizar as novas estruturas de apoio à saúde do idoso emergentes no mercado e despectiva oferta de serviços;
• Caracterizar os princípios fundamentais do processo de envelhecimento, tendo em conta as dimensões biofisiológicas, psicológicas e sociais;
• Identificar as principais características das situações de doença mais frequentes na pessoa idosa;
• Identificar as especificidades a ter em conta nas atividades diárias do idoso;
• Reconhecer os fatores que contribuem para a promoção da saúde na pessoa idosa;
• Executar as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do Auxiliar de Saúde com orientação e supervisão de um profissional de saúde;
• Distinguir as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde das que podem ser executadas sozinho;
• Demonstrar interesse e disponibilidade na interação com utentes;
• Manter autocontrolo em situações críticas e de limite;
• Agir em função das orientações do profissional de saúde;
• Reconhecer o impacte das suas ações na interação e bem-estar emocional de terceiros;
• Reconhecer a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidisciplinar;
• Assumir uma atitude pró-ativa na melhoria contínua da qualidade, no âmbito da sua ação profissional;
• Cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho assim como preservar a sua apresentação pessoal;
• Agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no âmbito das suas atividades;
• Adequar a sua ação profissional a diferentes públicos e culturas;
• Prever e antecipar riscos;
• Demonstrar segurança durante a execução das suas tarefas;
• Reconhecer a importância da concentração na execução das suas tarefas;
• Reconhecer a importância de desenvolver as suas atividades, promovendo a humanização do
serviço.
3. Âmbito dos Conteúdos
1. Análise demográfica
1.1. Conceito e características
1.2. Envelhecimento demográfico
2. A problemática da prestação de cuidados ao idoso
2.1. A família como cuidadora informal
2.2. O isolamento
3. Serviços de apoio à saúde do idoso emergente no mercado
3.1. Tipologia de serviços
3.2. Redes de suporte e recursos da comunidade (cuidados domiciliários)
3.3. O voluntariado e as redes informais de apoio
4. O processo de envelhecimento
4.1. Teorias do envelhecimento
4.2. Dimensões biofisiológicas do envelhecimento humano
4.3. Dimensões psicológicas do envelhecimento
4.4. Contexto social do envelhecimento
4.5. Preconceitos, mitos e estereótipos associados ao processo de envelhecimento
4.5.1. Comportamentos e atitudes
4.5.2. Estereótipos
5. Alterações na saúde do idoso
5.1. Alterações fisiológicas
5.2. Alterações psicossociais
5.3. Alterações nos hábitos de higiene
5.4. Alterações nos cuidados de alimentação
5.5. Alterações na mobilidade
6. Características das situações de doença mais frequentes na pessoa idosa
6.1. Doenças físicas
6.2. Alterações de comportamento
6.3. Doenças degenerativas (demências)
7. Acompanhamento do idoso nas atividades diárias, promovendo a autonomia / independência
da pessoa idosa
7.1. Alimentação
7.2. Eliminação fisiológica
7.3. Higiene e hidratação
7.4. Sono e repouso
7.5. Controlo da dor e outros sintomas
7.6. A relação com o idoso (estratégias de comunicação)
7.7. A promoção da autonomia e independência
7.8. A prevenção de acidentes: quarto, cozinha, casa de banho, escadas
7.9. A importância da ocupação dos tempos livres e do ócio
7.10. A higienização em casa
8. O âmbito de intervenção do/a Auxiliar de Saúde
8.1. Tarefas a executar sob a supervisão direta de um enfermeiro
8.2. Tarefas a executar sozinho/a, sob orientação e supervisão de um Enfermeiro



Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde
Lescola
Higiene, Segurança e Cuidados Gerais – 11.ºano

Módulo 6Lescola– Cuidados na saúde do idoso
                         Carga Horária: 50 horas - Ano letivo 2013/14         
ALTERAÇÕES COMUNS NO ENVELHECIMENTO: DOENÇAS MAIS COMUNS
Envelhecer diz respeito às perdas das funções normais que ocorrem com o passar dos anos. Estas perdas de funções começam a ficar mais evidentes após os 60 anos, no entanto, o que mais afeta as pessoas idosas são as mudanças de papel na sociedade.
Envelhecer é diferente de adoecer. O envelhecimento “normal” (senescência) inclui eventos “normais”/naturais que ocorrem através do tempo e que levam a um declínio funcional, aumentando a nossa vulnerabilidade e a probabilidade de ficarmos doentes. A senescência tem características particulares, e mesmo entre indivíduos da mesma idade pode haver grandes diferenças nas reservas funcionais: há idosos bem-dispostos e em boas condições de saúde; há também idosos cansados e com muitos problemas de saúde.
Vários fatores influenciam no quanto vivemos (a expectativa de vida) e em como envelhecemos. Entre eles podemos citar a herança genética, o acesso a tratamento médico e medidas preventivas, a exposição a agentes ambientais e o estilo de vida. Por exemplo, um idoso de 72 anos acostumado a realizar atividade física, que não fuma e não bebe, terá provavelmente uma capacidade cardiovascular, osteoarticular e respiratória muito melhor do que aqueles com um estilo de vida sedentário. Para um idoso acostumado a se exercitar as alterações normais do envelhecimento tendem a ser mais suaves. Ou seja, as “perdas” relacionadas ao envelhecimento podem ser minimizadas pelo investimento pessoal em funções e atividades em idades mais precoces.
Entre as alterações normais do envelhecimento podemos citar (Um ano antes do acidente ou doença):
·      A pele perde a elasticidade e fica mais fina, sua menos e produz menos sebo. Por isso é comum que ela fique mais fina, seca e áspera, sendo mais fácil coçar e mais fácil abrir feridas com pequenos traumas;
·      O andar fica mais lento, a flexibilidade e os reflexos diminuem, tornando mais fáceis as quedas e mais difícil proteger-se delas.
·      A saliva diminui, os movimentos de deglutição são mais lentos; é mais fácil engasgar-se e sentir a boca ressecada e a saliva grossa;
·       O sistema imunológico, que defende o indivíduo contra infeções, é menos ativo, e o idoso normal tem uma suscetibilidade maior a algumas infeções como pneumonia e tuberculose;
·       O sistema de adaptação de pressão arterial e temperatura também muda, sendo comuns: a deficiência na resposta ao calor ou frio intenso; a ausência de febre nas infeções; as quedas de pressão em mudanças rápidas de posição e a má adaptação da pressão arterial a perdas de líquidos (desidratação);
·       O conteúdo de cálcio dos ossos, a massa e força muscular diminuem;
·      O cérebro diminui de tamanho, porém preserva as suas funções, como capacidade de aprender e memória; existe uma diminuição de memória em idades muito avançadas, mais relacionadas à falta de estímulo e atividade do que à incapacidade de lembrar; mantendo o estímulo e a atividade mental, os idosos preservam a capacidade de exercer as suas funções intelectuais habituais com agilidade e experiência.
·       O coração pode bater mais lento, mesmo em situações em que deveria acelerar, e diminui sua capacidade de adaptação ao "stress";
·       Há uma diminuição da capacidade do pulmão ventilar e da habilidade de tossir;
·       Os rins diminuem a sua reserva funcional, tornando-se mais sensíveis aos medicamentos;
·       O sono altera-se, sendo comum o idoso dormir menos à noite, e ter períodos de sonolência (cochilos) durante o dia, principalmente quando não tem atividade nenhuma.
Resumindo, ser idoso não é uma doença, mas é uma fase da vida caracterizada por diminuição das reservas funcionais e da capacidade do organismo em se adaptar a mudanças bruscas, tornando-o mais suscetível a infeções, quedas, desidratação, efeito colateral de medicamentos, entre outros. O idoso doente tem sinais e sintomas de doença, e deve receber tratamento.
DOENÇAS MAIS COMUNS NO ENVELHECIMENTO
Geralmente, os problemas de saúde mais comuns entre os idosos p o d e m  s e r  b e m controlados e muitas v e z e s p o d e m s e r prevenidos através de uma melhoria no estilo de vida. O idoso não está condenado a ficar doente apenas por ter mais idade.
Dentre as doenças mais c o m u n s n o e n v e l h e c i m e n t o podemos citar:
·      Osteoporose - é a perda anormal de osso, que o torna mais fraco, com maior facilidade para quebrar, e mais difícil de “colar” (recuperar-se de fraturas);
·       Hipertensão arterial - a pressão sanguínea não deve aumentar com a idade, mas é uma doença comum da terceira idade e deve ser tratada;
·      Diabetes (altos níveis de açúcar no sangue) - também é doença que aumenta com a idade;
·      Acidente vascular cerebral - também conhecido como derrame cerebral, é uma obstrução súbita da circulação do cérebro; manifesta-se frequentemente pela perda de força muscular (paralisia) de metade do corpo. A prevenção inclui o tratamento da hipertensão arterial, do diabetes e do excesso de colesterol;
·      Demência - popularmente conhecida como esclerose, inclui doenças como a Demência de Alzheimer e a Demência Vascular. Afeta a capacidade de memória, fala, escrita. Os doentes esquecem de coisas importantes como comer, ir ao WC, o caminho de casa; ocorre dificuldade em achar as palavras (“como se chama àquilo com o que se come”, para definir garfo), o nome dos filhos e parentes; podem se tornar agressivos ou apáticos (muito quietos), e geralmente lembram-se bem das coisas muito antigas e esquecem as atuais (lembram-se da infância, mas não se lembram do nome dos filhos). A fase final da doença é no leito, com incapacidade para se mobilizar, comunicar, alimentar. A demência de Alzheimer ainda não tem prevenção. A demência vascular é causada por áreas de ausência de circulação no cérebro, e pode ser prevenida com o bom controlo da pressão, do diabetes, do colesterol, dos excessos de fumo e bebidas alcoólicas.
·       Cancro de mama - 45% dos casos diagnosticados são em mulheres com mais de 65 anos; por isso são importantes os exames preventivos (como o autoexame e a mamografia) na terceira idade.
·      Cancro de próstata - é doença comum no idoso;
·      Cancro do cólon e reto (intestino) são doenças comuns em idosos, principalmente naqueles com obstipação crônica (intestino preso), consumidores de alimentos pobres em fibras e fumantes.
·      Osteoartrose - é um desgaste das articulações, que acomete 70% dos idosos; pode acometer a coluna, joelhos, quadril e mãos, e a manifestação principal é dor crónica; não tem cura mas as complicações podem ser prevenidas com ginásticas de alongamento, fortalecimento dos músculos e orientação de postura (como andar, dormir, pegar pesos).
·      Cancro de pele: muito comum em idosos, principalmente naqueles de pele clara e expostos muito ao sol durante a vida; geralmente é de fácil tratamento, se diagnosticado precocemente;
·      Catarata: doença na vista, que prejudica a visão, facilmente tratada com cirurgia.


Precisamos de uma atenção especial para distinguir entre alterações normais do envelhecimento e doenças do idoso, para não atribuirmos erroneamente ao envelhecimento natural doenças que são passíveis de prevenção e tratamento, ou mesmo cura; de outro lado, alterações do envelhecimento normal podem ser atribuídas a doenças, e exames e tratamentos podem ser erroneamente realizados.


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